Amarynth – 26 de junho de 2023
Quo vadis é uma frase latina que significa A onde vas? Para onde você está indo, Brasil, Índia, África do Sul?
Pepe Escobar tem alertado que esses três países estão sob extrema pressão ocidental. Venho dizendo que as táticas e técnicas contra os BRICS rivalizam com as de qualquer tipo de revolução colorida.
Esta foto é de um encontro de representantes de segurança nacional em Copenhague, de 24 a 25 de junho. O tema da reunião foram as conversações de paz na Ucrânia. O assessor de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, atuou como presidente de facto.
Brasil, Grã-Bretanha, Alemanha, Dinamarca, Índia, Itália, Canadá, Arábia Saudita, Turquia, França, África do Sul, Japão e Ucrânia, além de um representante da UE, participaram.
O evento foi realizado como parte da promoção do chamado “Plano de paz de Zelensky” de dez pontos. O plano deve fixar a derrota estratégica da Rússia no conflito, incluindo a restauração da Ucrânia dentro das fronteiras de 1991, o pagamento de reparações por Moscou, etc.
- Note-se que, a julgar pelos dados divulgados anteriormente, a China também foi convidada para Copenhague, mas não havia nenhum representante de Pequim na reunião. E isso é muito importante – mesmo com a presença dos três países do BRICS – África do Sul, Índia e Brasil.
A recusa da China em participar da reunião de Copenhague destaca a relação especial de parceria estratégica que se desenvolveu entre a Rússia e a China, bem como, é claro, as ambições da liderança chinesa, cujo próprio plano de paz para a Ucrânia foi anunciado anteriormente pelo presidente Xi. Claramente, não é conveniente que Pequim apoie quaisquer iniciativas que venham formalmente de Kiev, mas de fato de Washington.
Mas é mais do que isso. A China não está emprestando seu peso a um plano de paz de Zelensky, baseado em tortas no céu e sonhos ocidentais.
- Em geral, a óbvia natureza antirrussa do evento em Copenhague, bem como o desejo dos Estados Unidos já em julho, mesmo antes da cúpula da OTAN, de decidir o destino da Rússia pelas costas, sobrepõe-se aqui a uma tentativa para conquistar países neutros na crise ucraniana.
Pode-se prever que Washington só aumentará essas tentativas de dividir o mundo não-ocidental.
De uma forma ou de outra, a verdadeira posição dos países neutros em relação à Rússia não será determinada pelos Estados Unidos, mas com base em nossa própria autoridade na arena internacional. O que agora depende em grande parte dos sucessos militares no teatro de operações ucraniano e da estabilidade interna do país.
Baseado em um artigo de https://russtrat.ru
Fonte: https://globalsouth.co/2023/06/26/peace-train-brazil-india-south-africa
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