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Mudança de Valores Culturais

 Por LARRY ROMANOFF – September 19, 2020

Tradução: Leonardo 

ENGLISH    PORTUGUÊS

A maioria dos bens domésticos é produto de, e contém grande parte, da herança cultural e de valores de uma nação. Pode ser difícil encontrar muita cultura em uma caneta esferográfica, mas os bolos lunares chineses são todos cultura. Marcas e produtos que se tornam famosos, populares e até amados em uma nação ganham essa posição devido à herança cultural intrínseca neles embutida. Eles ressoam com a cultura, as tradições e os valores do povo. E na compra e venda do comércio internacional, essa miríade de produtos cruza os oceanos e percorre os continentes do mundo carregando sua bagagem cultural, com essa bagagem descarregada em uma e outra nação e assimilada em parte ou no todo por essas sociedades em uma adoção consciente ou inconsciente de seus valores culturais inerentes.

Grande parte dessa bagagem cultural é neutra, pois não diminui os elementos culturais indígenas, mas pode ser adicionada, talvez até em um sentido positivo. Os ocidentais abraçaram os hashi, dim sum e corridas de barcos-dragão, enquanto os chineses abraçaram o Dia dos Namorados e os enfeites das decorações de Natal, mas essas são adaptações superficiais de costumes estrangeiros charmosos e atraentes que não substituem a cultura local e, de fato, as tradições culturais subjacentes nem mesmo são compreendidas, muito menos adotadas. Os americanos podem gostar de assistir a danças do leão chinesas e fogos de artifício durante um festival de ano novo chinês, mas são apreciados apenas por seu apelo visual colorido, com os valores embutidos eliminados, com a cultura e filosofia subjacentes sem significado. É semelhante ao Natal na China, apreciado apenas por seu apelo visual colorido e pela oferta de presentes para amigos, com as vastas tradições culturais e religiosas subjacentes eliminadas e irrelevantes. A inserção desses itens em uma cultura local é apenas superficial e tem sido realizada instintivamente pela sociedade local de uma forma não intrusiva, que não causa danos e não pretende substituir a cultura local.

Valores e atitudes estrangeiras às vezes são adotados localmente se forem reconhecidos pela população como superiores de alguma forma ou oferecedores de utilidade prática adicional. O ioga pode ser um exemplo de um produto estrangeiro adotado voluntariamente por pessoas de muitas culturas, e pelo menos incorporando parcialmente a filosofia e os valores subjacentes, um processo realizado por assimilação natural em vez de promoção. O mesmo ocorre com a adoção da Medicina Tradicional Chinesa no Ocidente. Mas a entrada de empresas estrangeiras nos mercados de uma nação também contém riscos, pois esses elementos culturais possuem uma capacidade poderosa de alterar e controlar os valores sociais domésticos, muitas vezes de forma prejudicial. Como tantas vezes dizemos, ‘o diabo está nos detalhes’, neste caso no marketing.

Existem três grandes diferenças entre a bagagem cultural americana, os valores embutidos nos produtos americanos e os de outras nações. A primeira é que os valores culturais americanos são falsos. Eles não existem na vida real, mas, como já vimos, são simplesmente ideais utópicos que não têm qualquer relação com a realidade do mundo dos Estados Unidos. A segunda é que os valores americanos são fortemente politizados, com base nos mitos fabricados que sustentam a vasta ideologia político-religiosa americana. A terceira é que eles são predatórios, agressivos e beligerantes.

Os valores culturais nos produtos americanos não são apenas falsos e profundamente políticos, mas estão em uma espécie de missão de ‘busca e destruição’. Eles não ingressam em outras nações, 3…mas as invadem como um vírus, com a intenção de genocídio. Os americanos não promulgam suas crenças culturais para compartilhá-las com você, mas querem que a cultura e as crenças deles substituam as suas. Eles querem que você rejeite suas crenças, sua cultura e valores, e adote os deles, incluindo as idéias claramente falsas da supremacia e superioridade moral americanas, que são embutidas nos valores culturais de cada produto, política e sistema americano.

Os americanos estão tão imersos na crença em sua superioridade natural e excepcionalismo divino que se recusam a aceitar a validade ou mesmo o direito de existência de outras culturas. Essas convicções falsas e profundamente implantadas, combinadas com sua beligerância natural e totalmente infectadas com uma superioridade moral evangélica primitiva e distorcida, resultam não apenas em um desprezo aberto por outras culturas, mas em uma determinação temerária e até religiosa de eliminá-las. Por causa de sua intensa doutrinação e programação político-religiosa, os americanos simplesmente não podem tolerar uma cultura ou um sistema político-econômico diferente do seu e, em termos simples, converterão ou matarão qualquer coisa diferente deles. O conceito de “viver e deixar viver” não existe nos corações e mentes dos americanos ao lidar com o mundo fora de suas próprias fronteiras. O comércio americano e a religião americana são igualmente predatórios, igualmente agressivos e tão ávidos por conquistar e colonizar quanto os militares americanos.

China

A Exploração Fraudulenta do ADN Chinês pela Universidade de Harvard

Por Larry Romanoff – 17 de Setembro de 2020

Traduzido em exclusivo para PRAVDA PT 

上海的月亮: EN -- LARRY ROMANOFF -- Harvard University's Fraudulent Chinese DNA Exploitation -- September 17, 2020

CHINESE   ENGLISH  NEDERLANDS  PORTUGUESE  SPANISH

Em Abril de 2005, Margaret Sleeboom, da Universidade de Amesterdão, publicou um artigo no PubMed.gov sobre um projecto de pesquisa chinês da Universidade de Harvard que suscitou a condenação internacional pela terrível falta de ética da Harvard, ligada ao roubo de ADN chinês. (1) (2)

Anos após a conclusão desta investigação, quando houve uma fuga de informação dos pormenores divulgada pelos meios de comunicação, as autoridades chinesas ficaram furiosas ao saber que os americanos se tinham envolvido num projecto secreto e desleal de recolha de ADN chinês. Embora o governo chinês tivesse proibido anteriormente a recolha ou a exportação de tais dados, a Universidade de Harvard evitou com astúcia as proibições e retirou o ADN da China.

Um dos líderes deste projecto foi um investigador chinês da Harvard, Xu Xiping que, com o financiamento do governo dos EUA (muito provavelmente o projecto militar de base de dados de ADN) e da Millennium Pharmaceuticals (3) (4) dos EUA, coordenou esse estudo em Anhui, com Frank Speizer e Scott Weis, este último um epidemiologista de Harvard que, visivelmente teve acesso a informações sobre cerca de 60 milhões de pessoas em Anhui, a partir de uma fonte desconhecida. Xu, nascido em Anhui e que ainda mantinha contactos aí, planeou com Weis e  com os financiadores, recrutar milhares de voluntários para recolher amostras de ADN e de sangue, sendo tudo desconhecido do governo central da China. A Millennium estava estreitamente relacionada com o Departamento de Defesa dos EUA e estava a pagar milhões de dólares pelo estudo e pelos seus dados. 

  • A Experiência da Universidade de Harvard

 Xu e os seus colaboradores apresentaram “garantias do projecto” ao governo dos EUA para aderir a todos os regulamentos sobre investigação em seres humanos, incluindo “fornecer uma cópia da aprovação (chinesa) do **IRB”, bem como documentos de consentimento assinados por cada cidadão e para “comunicar prontamente ao IRB quaisquer lesões ou outros problemas imprevistos que envolvam riscos para os cidadãos e outros”. Deveria ser enviada uma carta a cada família sobre a explicação desse estudo e na qual se basearia o formulário do consentimento.

Xu solicitou a cooperação de funcionários locais de escalão inferior na província de Anhui, para concretizar o que designou como sendo um estudo de prevenção e controlo da asma. Os funcionários deviam instruir os médicos locais para encaminharem todos os residentes para as instalações médicas mais próximas, onde receberiam um exame médico gratuito e medicação gratuita para tratar quaisquer doenças descobertas.

Esta experiência médica era complexa, envolvendo a exposição a um agente patogénico potencialmente letal, bem como a recolha e envio para os EUA de centenas de milhares de frascos de ADN chinês, mas as vítimas não foram informadas de nenhum destes aspectos. A revelação foi o resultado de uma investigação realizada em 2003, por **Xiong Lei e Wen Chihua do China Daily, que viajaram para os locais em Anhui onde Harvard e Xu realizaram o seu estudo e entrevistaram os residentes e os médicos que participaram. Xiong e Wen relataram: (5)

 “Zhang Da’niu, um agricultor de 55 anos que sofria de asma há mais de 20 anos, disse ao China Daily que foi abordado um dia por um funcionário local que lhe pediu para se deslocar ao hospital local para “um check-up físico gratuito”, afirmando que também lhe foi garantido que receberia medicamentos gratuitos se fosse descoberta qualquer doença. O homem e a sua família compareceram no hospital, conforme solicitado. O médico assistente não identificado, que não era um cidadão local, pediu a Zhang para abrir a boca e depois deu-lhe um spray do que Zhang descreveu como “um agente semelhante a nevoeiro” do que parecia ser “um pulverizador para matar mosquitos”. Encontrou-se imediatamente incapaz de respirar, perdeu a consciência e entrou em coma visível durante mais de oito horas. A sua mulher tinha a certeza de que ele estava morto”.

Os médicos entraram visivelmente em pânico e deram-lhe uma injecção não identificada, mas ele afirma não ter recebido mais tratamento ou assistência médica depois de recuperar a consciência e foi-lhe dito simplesmente, para regressar a casa, apesar de estar fraco e obviamente bastante doente. Os médicos prometeram enviar medicamentos, mas ele diz que nunca chegaram e agora, o seu estado é debilitado e deteriora-se com as estações do ano. Zhang afirma que nunca ninguém o informou dos resultados de qualquer “check-up”, nem lhe foi dito qual o objectivo das amostras de sangue recolhidas. Diz que não viu nem assinou qualquer formulário de consentimento e que não sabia mais nada.

 “Um dos médicos da aldeia disse ter compreendido que o chamado ‘check-up’ fazia parte de um projecto de investigação de uma universidade americana e disse ao China Daily, que ele e os seus colegas deviam notificar quaisquer aldeões com sintomas asmáticos para irem ao hospital fazer um exame médico. Referiu que esse procedimento era apenas para benefício para o paciente e que seria oferecido tratamento médico gratuito a qualquer pessoa que dele necessitasse. Disse que tinha “dúvidas sobre o projecto, uma vez que envolvia uma instituição americana”, mas declarou que tinha afastado as suas dúvidas “uma vez que parecia ter sido autorizado” pelas autoridades superiores. Foi-lhe ordenado que elaborasse uma lista de aldeões asmáticos e que os trouxesse, a eles e às suas famílias, ao centro de saúde do condado “para prevenção e controlo de epidemias”. Esclareceu que não testemunhou nenhum dos “controlos” propriamente ditos e não faz ideia se eles alguma vez ocorreram. Mencionou que, tanto quanto soubesse, nenhum dos agricultores foi informado dos procedimentos a que iriam ser submetidos, nem lhes foi dada qualquer informação sobre os resultados deste chamado exame médico. Afirmou também que nunca viu quaisquer formulários de consentimento e que, tanto quanto sabia, nenhum dos agricultores tinha visto um, e ainda, tanto Zhang como o médico reiteraram firmemente que o assunto do “consentimento do paciente” ou o preenchimento de quaisquer formulários relacionados, nunca tinham sequer sido discutidos.

As vítimas chinesas entrevistadas pelo China Daily demonstraram não ter compreendido nada deste processo. Especificamente, Zhang Da’niu e a sua esposa afirmaram nunca ter visto ou ouvido falar de qualquer “formulário de consentimento”, nem nunca assinaram ou de qualquer outra forma perceberam quaisquer formulários de qualquer tipo. Nem tinham qualquer ideia de que as suas amostras de sangue seriam enviadas para os EUA para utilização em experiências de investigação genética. Nem nunca tinham ouvido falar de uma Universidade chamada Harvard. Nem tinham recebido o ‘checkup gratuito’ que lhes foi dito que iram ter, nem tinham recebido o tratamento médico ‘gratuito’ que lhes tinha sido prometido”.  

Xu e Weiss alegaram que foi enviada uma carta explicando o estudo a cada família elegível, mas nenhuma prova de tais cartas foi jamais localizada e nenhum indivíduo sujeito a esse estudo confirmou a recepção de tal carta. Xu alegou também que cada um desses indivíduos recebeu uma explicação completa do estudo e, com base nisso, tinha assinado um formulário de consentimento voluntário, mas mais uma vez não foi encontrado qualquer registo de tais formulários. Além do mais, Xu e os seus colegas estavam sob compulsão ética e legal do governo dos EUA, de relatar lesões ou riscos para os pacientes, mas Zhang tinha desmaiado instantaneamente e permanecido em coma durante mais de oito horas, depois de inalar os químicos que lhe foram dados, e o seu caso nunca foi relatado e muito menos “de imediato”.

Quando Xu foi questionado se tinha obtido a aprovação oficial das autoridades chinesas para realizar o seu estudo, renunciou à autoria ou à responsabilidade, alegando que se tratava de “um projecto-piloto lançado por investigadores chineses” em cooperação com a **IRB (Institutional Review Board)chinesa, em vez de ter sido iniciado pela Harvard e pela Millennium Pharmaceuticals. Contudo, de acordo com uma investigação oficial da polícia chinesa, os alegados “investigadores chineses” não existiam. Além do mais, Xu alegou ter colaborado com a “Anqing Medical Subjects Committee”, em Anhui, em Julho de 1994 e ter recebido autorização da mesma, mas tal comissão nunca tinha existido. Um funcionário de saúde local disse que “nunca tinha ouvido falar de tal coisa”, e outro funcionário da Sociedade Médica local disse que não existia, nem nunca existiu, nenhuma organização desse tipo.

Xu e Weiss começaram a realizar a sua experiência humana e a recolher ADN, mas quando as suas acções foram condenadas publicamente  e os factos questionados, Xu e Weiss publicaram uma retratação, dizendo que “declararam incorrectamente” que o seu estudo começou em Julho de 1994, quando na realidade começou em 1995, “depois de obterem a aprovação do IRB chinês local”. Xu e Weiss começaram o seu estudo muito antes da sua aprovação fictícia ter sido obtida de uma organização inexistente. Outros escritores observaram que o mesmo número, da mesma revista médica em que esta admissão foi feita, também continha “correcções” semelhantes abrangendo sete outros artigos de investigação científica escritos por Xu e Weiss, todos retractando as datas iniciais do início efectivo do estudo e reafirmando-as para coincidir com as aparentes “aprovações” posteriores do IRB.

No entanto, todas as provas concretas indicam, que Xu Xiping falsificou documentos, formulários retroactivos, e iniciou a recolha sem aprovação do ADN e parece que nunca tinha existido uma aprovação oficial. Parece que tudo o que ele fez foi ilegal. Foram escritos alguns tratados sobre este acontecimento, por exemplo Pomfret & Nelson, 2000 (6) (7) (8) (9), Tao & Li, 2001, que poderá querer referir.

  • O Que é Que Realmente Aconteceu?

Parece que Xu aproveitou a sua experiência, a sua posição e conhecimento da China e as suas raízes Anhui, e a falta de sofisticação de uma província pobre e atrasada, para realizar um estudo médico ilegal e não aprovado, com expectativa razoável de confinar o conhecimento da sua actividade aos condados locais, fugindo depois para os EUA com um tesouro de amostras de sangue e ADN chinês. Todas as provas sugerem que a sua intenção era efecuar este estudo em privado, desconhecido das autoridades superiores e do governo central da China. Não há provas de que os exames médicos gratuitos ou os medicamentos prometidos aos habitantes locais, tenham sido realmente fornecidos; pelo contrário, tudo faz crer que ele usou essas promessas como isco para atrair as suas vítimas.

O registo indica que nenhum medicamento foi fornecido a ninguém, mesmo os que eram necessários para tratar as vítimas dos resultados potencialmente letais dos testes. Não há qualquer indicação, a partir dos factos disponíveis, de que qualquer tipo de controlo médico real tenha sido alguma vez realizado, ou tivesse a intenção de o ser, o que significa que toda a história foi uma mentira. 

Embora não se saiba como Xu obteve a contratação dos médicos assistentes que realizaram os testes, tudo leva a crer que estavam a testar a eficácia de um ou mais agentes patogénicos conhecidos por causar ataques violentos de asma, estando a Universidade de Harvard, Xu e outras agências governamentais dos EUA a correlacionar, mais tarde, essas sensibilidades com tipos de sangue e amostras de ADN chinês.  O objectivo do spray não identificado era observar, nitidamente, o impacto imediato na vítima – na medida em que não havia disposições para o acompanhamento do paciente – mas, aparentemente, a gravidade dos comas instantâneos foi inesperada. O único doente aqui identificado, recebeu tratamento de emergência e não morreu, mas agora não há uma forma fácil de saber, de facto, quantas emergências semelhantes ocorreram, nem se resultaram quaisquer mortes da aplicação destes agentes patogénicos às vítimas – nem mesmo a extensão de qualquer impacto a longo prazo.

Dado o atraso da área e a ausência de grande avanço e cultura na zona rural de Anhui, é muito possível que tenham ocorrido mortes, ferimentos graves e condições médicas crónicas que, ou foram atribuídas a outras causas, ou foram mascaradas e enterradas de outra forma. É uma grande improbabilidade estatística que só tenha havido uma pessoa em tal estado crítico que entrasse imediatamente em estado de coma após a administração de um agente patogénico, quando centenas de milhares de indivíduos estavam a ser testados. Além do mais, não foi localizado qualquer pessoal médico chinês que tivesse efectivamente visto os testes ou “exames” administrados. Dado que Xu e os seus colegas não informaram as autoridades sobre o caso de Zhang, é correcto assumir que todos os outros casos deste tipo também não foram relatados. E se Xu não referisse um acontecimento crítico como a inconsciência instantânea ou um coma, quase de certeza que teria melhor justificação para não relatar acontecimentos mais graves. Parece ser evidente que Xu não estivesse totalmente consciente do potencial de morte ou de doença grave antes dos efeitos sobre o Sr. Zhang, claro que ficaram conscientes desses efeitos após a ocorrência dos mesmos e os factos disponíveis dizem-nos que nunca foi feito nenhum acompanhamento médico. Este episódio  também levanta uma pergunta preocupante sobre se os testes terminaram nessa altura ou se continuaram, pois que existem registos de experiências semelhantes realizados na Geórgia, onde as autoridades russas puseram um fim a essas mesmas experiências, após a ocorrência de mortes.

No seu trabalho de investigação, Margaret Sleeboom escreveu que esta era uma história perfeita de “como um americano explorou a vulnerabilidade e a credulidade de uma população atrasada na desolada província montanhosa de Anhui” e salientou que os argumentos de Xu era de “um projecto de mérito para doentes de países ricos, não para os da China”.

  • Negação, mentiras e encobrimento

Quando as notícias desta farsa médica se tornaram públicas, Xu e a Universidade de Harvard tornaram-se objecto de investigações criminais, tanto nos EUA, como na China. Mas quando foi exposto e inquirido sobre as suas actividades, Xu foi desafiador e o seu primeiro acto foi chegar ao topo da infraestrutura oficial e exigir que os seus críticos fossem censurados e silenciados. Xu respondeu desafiadoramente às críticas do seu crime e terrível falta de ética, tendo escrito aos funcionários do governo central da China a exigir que censurassem todas as notícias sobre as suas experiências genéticas e que tomassem medidas oficiais contra os seus críticos. (10) (11)

Sleeboom escreveu que Xiong Lei, uma jornalista de topo da New China News Agency, passou muito tempo no caso Xu Xiping a tentar defender “o povo” da China. As suas reportagens tornaram-se tão influentes que Xu viu Xiong como uma ameaça à sua investigação e pediu ao Ministério da Educação para censurar as suas reportagens. Também escreveu outras cartas a funcionários da Academia de Ciências chinesa, pedindo-lhes que censurassem as críticas de Xiong ao seu trabalho. Foram os  artigos de Xiong Lei que alertaram o governo central da China para o problema e os levaram a investigar Xu e as suas actividades. Xu admitiu ter retirado ilegalmente centenas de milhares de amostras de sangue e de ADN da China e que evitou subrepticiamente as leis sobre a exportação de tais produtos. Sleeboom escreveu que Xu não mostrou “nenhum sentido de responsabilidade” pelas suas acções, mas, pelo contrário, “culpou pessoas menos esclarecidas, tais como os médicos locaiis.”

Quando se tornou óbvio que tanto a reputação da Universidade de Harvard como as dos NIH (National Institutes of Health) americanos estavam a ser seriamente atingidas pelas múltiplas acusações de crimes e lapsos éticos, e pela revelação pública de uma litania crescente de mentiras expostas no encobrimento, o governo norte-americano envolveu-se, mas apenas para criar um programa de difamação e calúnia para desviar a atenção da criminalidade da Universidade de Harvard, de Xu e de Weiss.

Primeiro, uma mulher judia-americana chamada Gwendolyn Zahner, uma epidemiologista psiquiátrica e antiga Professora Assistente da Escola de Saúde Pública de Harvard, apresentou uma queixa de quinze páginas, em 1999, ao Gabinete para a Protecção dos Participantes da Investigação em Humanos (OHRP) dos EUA, alegando que dois epidemiologistas ocupacionais da Escola se tinham aproveitado das cobaias deste estudo, e alegando que os participantes involuntários tinham sido forçados a participar no estudo como cobaias. A OHRP lançou uma investigação em 1999, que se prolongou até ao início de 2002 e inferiu conclusões condenatórias, a principal das quais foi que, de facto,  tinha sido utilizada a coerção para recrutar indivíduos para as experiências. (12)

Mas as alegações de Zahner incluíam um ataque à política de somente um filho, da China, que ela designou como um “programa de eugenia”, e que, segundo ela, levaria à utilização chinesa do ADN recolhido para identificar e prejudicar grupos étnicos indesejáveis. Zahner declarou (13) (14), “as revisões dos estudos genéticos não tinham ponderado adequadamente os riscos do governo chinês utilizar indevidamente informação genética sensível“, sugerindo que a Universidade de Harvard e Xu confiscaram as amostras de ADN chinesas porque não se podia confiar ao governo chinês, o ADN do seu próprio povo. Este ataque calunioso à política, da China, de um único filho era totalmente injustificado, com funcionários do governo dos EUA a afirmarem ter sérias preocupações sobre “as leis Eugénicas da China”. Era visível que a intenção era ligar as deduções desprezíveis de Zahner a uma sugestão de que o governo chinês, se tivesse o ADN, utilizá-lo-ia, de alguma forma,  para exterminar o seu próprio povo.

Talvez seja um aparte, mas, aparentemente,  mais tarde, Zahner estava a ensinar cursos de medicina de graduação e pós-graduação como perita estrangeira no Peking Union Medical College e no Instituto do Cancro e na Academia Chinesa de Ciências Médicas em Pequim. É preciso um indivíduo interrogar-se sobre o processo de recrutamento das universidades chinesas, quando indivíduos tão virulentamente anti-chineses são colocados em altos cargos nas instituições educacionais da China. Tenho uma lista de muitos destes “peritos” estrangeiros que nunca deveriam ter recebido um visto para a China e que, no entanto, são contratados para contaminar os estudantes do país. Nailene Chou Wiest é outra, que esteve na Universidade Sun Yat-Sen. A minha conclusão é que ninguém na China realiza qualquer investigação sobre os antecedentes ou o carácter dos peritos estrangeiros que tão avidamente contratam. Essas dissimulações nunca ocorreriam em qualquer outro país. 

 Mas devido à Universidade de Harvard, ao OHRP, a Zahner e a outros, as questões importantes foram assim desviadas e a atenção dos meios de cmunicação mediática americanos passou da falta de ética da Univresidade de Harvard e da fraude e criminalidade de Xu e  de Weis, para estimativas da probabilidade do governo chinês utilizar indevidamente informação genética sobre o seu próprio povo, evocando todos os matizes fraudulentos da Alemanha nazi e, claro, do “holocausto” judeu.

Os meios de comunicação ocidentais declararam rapidamente, sem qualquer prova de apoio, que os investigadores chineses estavam tão ansiosos por procurar a cooperação internacional e o financiamento americano, que ignoraram todas as questões éticas envolvidas, “especialmente as questões relativas à protecção dos direitos dos agricultores que são os submetidos a esses projectos”. Mas em parte alguma das suas declarações, a Universidade de Harvard, o governo dos EUA ou os meios de comunicação social admitiram que este estudo foi realizado sob a direcção da Universidade de Harvard inteiramente sem o conhecimento, aprovação ou supervisão do governo chinês. A verdade é que só muito depois deste “estudo” ter sido concluído, é que as autoridades nacionais chinesas se aperceberam do que tinha acontecido e, apenas, a partir da investigação local do China Daily.

  • A “Investigação”

Muitos chineses influentes exigiram um exame internacional e uma revisão do estudo de ADN da Millennium-Harvard e que Xu Xiping fosse obrigado a aceitar a responsabilidade por tudo o que ocorreu, mas a hipótese de tal exame com a participação americana é zero. Sleeboom escreveu que a principal preocupação da Universidade de Harvard não era a ética mas a sua própria reputação, e que os “erros” éticos de Xu foram descartados como uma “falha profissional” e não como uma farsa moral. A Universidade de Harvard não repreendeu Xu pela sua falta de ética ou pela sua criminalidade, a sua única acção foi informar Xu para “se dissociar oficialmente (e a Universidade de Harvard) das suas exigências aos funcionários chineses por represálias contra as suas críticas”. 

A 25 de Outubro de 2003, a Aliança para a Protecção da Investigação Humana (AHRP) publicou um artigo sobre este estudo da  Univresidade de Harvard, observando que o governo dos EUA tem um Departamento especializado – o Gabinete de Protecção da Investigação Humana (OHRP), para assegurar que todos os regulamentos federais dos EUA sejam seguidos na área da investigação humana. O OHRP tem o poder de investigar quaisquer instituições americanas ou outros organismos acusados de violação de princípios legais e éticos, tanto dentro como fora dos EUA. A AHRP tentou obter informações sobre a investigação da OHRP neste caso da Universidade de Harvard, mas foi-lhe recusada documentação, pelo que a organização apresentou um pedido de Liberdade de Informação num tribunal para obter os detalhes de que necessitava. (15) (16) (17) (18) (19) (20) (21) (22) (23) (24)

Percebeu-se principalmente duas coisas: Uma foi que a OHRP iniciou, de facto, uma investigação sobre a Universidade de Harvard e Xu Xiping e solicitou a Harvard toda a documentação existente sobre o caso, incluindo as aprovações do governo chinês e os formulários de consentimento que Xu e Harvard alegavam ter sido preenchidos por todos os indivíduos submetidos a esse estudo. A outra coisa que constataram, foi que a OHRP, ao receber o pedido, rasgou imediatamente todos os documentos originais sob o pretexto de “assegurar a privacidade” dos indivíduos submetidos a esse estudo. (5) (6) E, uma vez que agora não existia qualquer documentação, não foi possível realizar qualquer investigação adicional. A OHRP descartou o seu mandato e embrenhou-se em mais criminalidade para encobrir a duplicidade original e os crimes de Xu e da Universidade de Harvard. Era mais do que evidente que a sua única consideração era proteger a reputação da Universidade de Harvard, e só depois desta reputação ter sido seriamente atingida pelo enorme clamor público internacional é que o governo finalmente interveio – para destruir todas as provas.

Os investigadores federais apoiaram-se quase inteiramente em Xu e em Weis e nos seus colegas para obter informações sobre violações éticas e actividades criminosas. A OHRP não enviou pessoal à China, nem entrevistou nenhum dos indivíduos sujeitos ao teste ou os funcionários médicos locais que teriam tido pleno conhecimento do estudo de Harvard e dos métodos de Xu Xiping, o que poderia ter revelado toda a verdade. Não investigaram as últimas fontes de financiamento do estudo, nem a exportação ilegal das amostras de sangue e ADN da China. Nem abordou a questão da partilha de dados de Harvard com os militares dos EUA sobre o armazenamento do ADN (25) (26). A OHRP alegou ter realizado uma investigação durante três anos, mas apenas arrastou esse processo vago até a raiva do público se apaziguar, as memórias desapareceram e a atenção voltou-se para outros assuntos. Depois, concluíram rapidamente que a auréola de Harvard estava intacta e varreram toda a confusão para debaixo do tapete.

Já é sabido que os militares americanos têm vindo a recolher ADN de todos os americanos, mas também dos russos e de outros grupos étnicos e que, Hillary Clinton, quando ocupou o cargo de Secretária de Estado, deu ordens a todo o Serviço dos Negócios Estrangeiros para recolher ADN e impressões digitais de todos os diplomatas e dirigentes estrangeiros. Mas tudo isto estava a ser feito com bons propósitos, ao serviço da Humanidade. (27) (28Ao mesmo tempo, os meios de comunicação social norte-americanos começaram subitamente uma inundação de acusações de que a China estava a recolher ADN dos Uigures, em Xinjiang e de outros grupos étnicos minoritários – para fins nefastos, é claro. (29) (30)

A meio da investigação da OHRP sobre a Universidade de Harvard, a liderança de topo da agência foi substituída, com o governo a contratar o acusado para investigar o seu próprio crime. Greg Koski, que era o antigo director em Harvard, responsável pela supervisão dos projectos de investigação de Xu e de outros pacientes humanos, tornou-se o novo Chefe da OHRP e executou pessoalmente a investigação do programa de investigação de Xu Xiping. Foi ele quem relatou aos investigadores federais que ninguém em Harvard se tinha comportado mal e que não havia necessidade de qualquer acção correctiva contra Xu ou contra a Universidade de Harvard. Koski deixou então a OHRP e regressou a Harvard, missão cumprida, tendo sido a Universidade de Harvard a investigar-se a si mesma por esses crimes e a declarar-se inocente.

A Universidade de Harvard alegou que dois dos seus Professores viajaram para os locais de investigação de Xu, em Anhui, para levar a cabo “o mais minuciosamente possível” um inquérito de averiguação, mas visívelmente (e com rapidez) concluiu que “as acusações de quaisquer danos causados aos indivíduos submetidos a esses testes, ou de fraude na obtenção de consentimentos de informação, não podiam ser substanciadas”. No entanto, não consegui localizar qualquer prova de que a equipa de Professores da Universidade de Harvard tenha ido à China. Harvard alegou que uma destas pessoas era Troyen Brennan (31) (32) de um Hospital Universitário da Universidade de Harvard. Brennan aparentemente recusou o contacto com os meios de investigação e foi-lhe perguntado – através do seu advogado – se tinha viajado para a China, se falava chinês, se tinha efectivamente comunicado directamente com alguma das vítimas em Anhui, quem era o seu tradutor, para onde foi realmente, com quem falou, quem organizou as suas visitas e entrevistas, e como conseguiu confirmar que os formulários de consentimento tinham sido assinados”, uma vez que a OHRP tinha retalhado os originais. Os relatos eram de que Brennan se recusava a responder a qualquer uma das perguntas. Dada a vasta duplicidade em todo este caso por parte de todos os participantes americanos, é certamente possível, se não provável, que a viagem de Brennan à China e o seu “inquérito de averiguação” fossem também fraudulentos ou, tal como os formulários de consentimento, inexistentes.

A Universidade de Harvard admitiu que todos os frascos de ADN de Xu tinham sido enviados, de facto, para essa Universidade e estavam a ser armazenados lá, mas insistiu que tudo tinha sido feito correctamente. O Presidente da U. de Harvard, Lawrence Summers, alegou estar “grato” pelo inquérito “não ter revelado a existência de qualquer dano fundamental”, e que “todas as preocupações processuais levantadas foram plenamente abordadas”. No final, a Universidade de Harvard, através do seu representante de relações públicas de controlo de danos, Barry R. Bloom, Reitor de um dos Hospitais Universitários de Harvard, fez as seguintes declarações: (19)

“Estamos muito gratos aos nossos parceiros e colaboradores da China, incluindo a Universidade de Medicina de Anhui e a Universidade de Medicina de Pequim, pela sua paciência e cooperação ao longo dos três anos e meio desta investigação. Estamos gratos aos membros da Administração de Recursos Genéticos Humanos da China pela sua vontade de partilhar connosco os seus conhecimentos e experiência neste esforço. Aguardamos com expectativa a continuação das nossas parcerias na China”.

“Trabalhámos diligentemente ao longo deste tempo para examinar todos os aspectos da nossa investigação sobre temas humanos e para fazer muitas mudanças que melhorassem os nossos processos. Os nossos estudos na China, foram de natureza observacional, não de ensaios clínicos: Não estavam a ser testados quaisquer medicamentos, dispositivos ou procedimentos. Não havia tratamentos experimentais envolvidos. Como esperávamos, o inquérito não provocou qualquer prejuízo para os participantes nos estudos. Acreditamos que, em resposta aos pedidos da OHRP, as melhorias implementadas para melhorar a nossa supervisão de toda a investigação envolvendo seres humanos, acabaram por estabelecer o tipo de colaboração profissional respeitadora da segurança das populações estudadas e da integridade dos nossos processos, que todos nos esforçamos por alcançar. A Universidade de Harvard procura assegurar o mais alto nível de protecção dos seres humanos em todo o seu trabalho e continuará a esforçar-se por cumprir essa norma”.

“A Universidade de Harvard procura assegurar o mais alto nível de protecção dos seres humanos em todo o seu trabalho”. “[Todos] os participantes deram consentimento voluntário e informado”, “nenhum participante individual foi prejudicado”, e “não ocorreram violações intencionais dos procedimentos dos pacientes humanos”. “[Todos] os participantes deram o seu consentimento voluntário e esclarecido”. Responderam aos questionários e podem ter mantido diários de saúde ou ter tido a sua pressão arterial ou função pulmonar medidas. Deram pequenas amostras de sangue e/ou urina e foram compensados pelas suas despesas de viagem e pelo tempo de trabalho perdido. Mais uma vez, foram estudos de saúde observacionais; não houve tratamentos experimentais envolvidos”.

  • O Genoma Chinês

Uma das principais preocupações é que este tipo de recolha de ADN em massa é precisamente, o que é necessário para conceber e produzir bio-armas etnicamente específicas. O artigo do Sleeboom afirmava:

“Os projectos de investigação conjunta sino-americana nos anos 90 utilizaram estudantes e investigação conjunta para roubar sangue chinês e para descodificar o ADN da raça chinesa. Este código forneceria informações sobre o sistema imunitário chinês, que poderiam ser utilizadas para criar armas genéticas”.

Sleeboom observou que o projecto do genoma chinês é de especial interesse, parcialmente devido aos grupos minoritários mas principalmente porque “se pensa que algumas das populações rurais e grupos étnicos permaneceram estáticos durante séculos, tornando cada região diferente no seu padrão de genes e doenças”. Numerosas organizações estão interessadas em recolher ADN chinês, mas muitos peritos têm vindo a alertar há 20 anos que, como Sleeboom afirmou, “a China enfrenta a perspectiva de que os genes de centenas de milhões da sua população possam tornar-se recursos inestimáveis das empresas farmacêuticas estrangeiras”. E isto leva-nos ao nosso tópico actual, onde uma empresa da Big Pharma financiou um programa de investigação através da Universidade de Harvard que se destinava a obter amostras de sangue e ADN de 200 milhões de chineses, cujos resultados residiriam e seriam propriedade da Big Pharma americana e do exército dos EUA, sem qualquer benefício para o povo chinês. Sleeboom escreveu mais adiante:

“. . todos os chineses Zhonghua, originários do Rio Amarelo e Changjiang, partilham os mesmos genes. De acordo com o jornal, os americanos pensavam que o distrito de Anqing, onde a mobilidade da população é baixa, as relações sanguíneas relativamente estáveis, e a distribuição de medicamentos relativamente baixa, ainda não está poluído. Isto facilita a experiência genética nos orientais. Não só foram feitas experiências humanas no ADN dos Han e dos Tibetanos, como também foi feita investigação sobre as diferenças entre os códigos genéticos orientais e ocidentais”.

***Xiong Lei, a correspondente médica investigadora do China Daily que abriu este caso na China, escreveu que os americanos gostam de citar o Código dos Direitos Humanos de Nuremberga quando este se adequa aos seus propósitos, mas ignoram o código quando escolhem violá-lo. Escreveu que, quando tomou conhecimento da realização de uma conferência internacional sobre bioética em Pequim, propôs à comissão do programa que os temas do estudo da Universidade de Harvard fossem incluídos na conferência para que todos pudessem saber a verdade. A sua proposta foi recusada. Os organizadores da Universidade de Harvard, da Universidade de Oxford, de Inglaterra e (infelizmente) da Academia Chinesa de Ciências Sociais, disseram-lhe que o objectivo da conferência era ser “um encontro académico que se centrasse nas questões éticas emergentes na investigação humana”, e que “não achamos apropriado convidar profissionais não bioéticos para participar na nossa conferência”. Xiong concluiu que a questão da bioética médica precisava de ser retirada do domínio dos “profissionais de bioética” e colocada nas mãos daqueles que imporiam a sua aplicação. 

Ela terminou um artigo afirmando que a China precisava de “pôr a sua casa em ordem” e eu concordo plenamente. Ela também escreveu que a China precisava de investir recursos na aplicação dos princípios éticos e que deveria ser criado um tribunal internacional para punir aqueles que os violam. Concordo, mas a hipótese de formar esse tribunal é impossível quando são os próprios governos ocidentais e as suas organizações e empresas multinacionais que violam todos os princípios éticos. Os EUA nunca concordariam em participar em qualquer órgão que tivesse poder sobre ele; basta considerarmos o mundo do Tribunal Internacional de Justiça ou o Tribunal Penal Internacional para vermos a verdade desta afirmação. Os EUA reconhecem a sua autoridade apenas como um instrumento político contra os seus inimigos, nada mais.

Tem havido muitas expedições genéticas ilegais e antiéticas na China, todas realizadas por americanos, sendo a “Golden Rice Experiment” da Universidade de Tufts, outra dessas expedições.

*

A obra completa do Snr. Romanoffestá traduzida em 32 idiomas e postada em mais de 150 sites de notícias e de política de origem estrangeira, em mais de 30 países, bem como em mais de 100 plataformas em inglês. Larry Romanoff, consultor administrativo e empresário aposentado, exerceu cargos executivos de responsabilidade em empresas de consultoria internacionais e foi detentor de uma empresa internacional de importação e exportação. Exerceu o cargo de Professor Visitante da Universidade Fudan de Shanghai, ministrando casos de estudo sobre assuntos internacionais a turmas avançadas de EMBA. O Snr. Romanoff reside em Shanghai e, de momento, está a escrever uma série de dez livros relacionados com a China e com o Ocidente. Contribuiu para a nova antologia de Cynthia McKinney, ‘When China Sneezes’  com o segundo capítulo, “Lidar com Demónios”.

O seu arquivo completo pode ser consultado em 

https://www.moonofshanghai.com/ e  http://www.bluemoonofshanghai.com/ 

Pode ser contactado através do email: 2186604556@qq.com

Notas:

(1) Margaret Sleeboom, Amsterdam School of Social Science Research, University of Amsterdam and International Institute for Asian Studies, University of Leiden, The Netherlands; Routlege; Taylor & Francis group; New Genetics and Society, Vol. 24, No. 1, April 2005

(2) https://www.researchgate.net/publication/7225984_The_Harvard_case_of_Xu_Xiping_Exploitation_of_the_people_scientific_advance_or_genetic_theft

(3) The Harvard case of Xu Xiping: exploitation of the people, scientific advance, or genetic theft? https://www.congress.gov/106/plaws/publ117/PLAW-106publ117.pdf

(4)https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16552917

(5)  https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-319-64731-9_9

(6) https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-319-64731-9_9#CR7

(7) https://repository.library.georgetown.edu/handle/10822/940642

(8) https://dash.harvard.edu/bitstream/handle/1/8822191/Schuman,%20Jacob%20Food%20and%20Drug%20Law%20Final%20Paper%20(An%20Extraterritorial%20FDA).pdf

(9) Genetic Structure of the Han Chinese Population Revealed; https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2790583/

(10) http://ohrp.osophs.dhhs.gov/detrm_letrs/YR02/mar02b.pdf

(11) http://ohrp.osophs.dhhs.gov/detrm_letrs/YR02/mar02c.pdf

(12) https://digitalcommons.law.scu.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1020&context=scujil

(13) https://science.sciencemag.org/content/296/5565/28.1.full

(14) https://www.thecrimson.com/article/2000/8/4/government-investigates-harvard-medical-research-in/

(15) https://ahrp.org/article-28/

(16) https://ahrp.org/article-30/

(17) http://ahrp.org/harvard-affiliated-gene-studies-in-china-face-federal-inquiry/

(18) http://www.boston.com/dailyglobe2/214/nation/Harvard_affiliated_gene_studies_in_China_face_federal_inquiry+.shtml

(19) http://www.bostonherald.com/news/local_regional/china08012000.htm

(20) http://www.ahrp.org/ethical/foiaBWH.php

(21) http://www.ahrp.org/infomail/03/10/01.php  

(22) http://www.ahrp.org/infomail/0302/march312002.htm  

(23) http://www.ahrp.org/infomail/0402/april10a2002.htm  

(24) https://ahrp.org/china-daily-investigation-challenges-us-genetic-experiments-on-poor-farmers/

(25) https://fas.org/irp/eprint/dod-dna.pdf

(26) https://www.dnamilitary.org/

(27) https://off-guardian.org/2017/11/03/why-is-the-us-air-force-collecting-samples-of-russian-dna/

(28) https://www.theguardian.com/world/2010/nov/28/us-embassy-cables-spying-u

(29) https://www.npr.org/2019/12/07/785804791/uighurs-and-genetic-surveillance-in-china

(30) https://www.nytimes.com/2019/02/21/business/china-xinjiang-uighur-dna-thermo-fisher.html

(31) http://archive.sph.harvard.edu/press-releases/archives/2003-releases/press05302003.html

(32) Brennan frequently writes articles on China for the RAND corporation, who specialise in, among other things, simulating conventional and biological war games with China (as they did with Vietnam – RAND was the source of Ellsberg’s ‘Pentagon Papers’). The internet appears to have been expunged of his role in the Harvard investigation, though this next link may still be active:

https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm

**IRB (Institutional Review Board) –  É um Conselho de Revisão Institucional (IRB), também conhecido como Comissão de Ética Independente (IEC), Conselho de Revisão Ética (ERB), ou Conselho de Ética na Investigação (REB), é um tipo de comissão que aplica a ética na investigação através da revisão dos métodos propostos para a investigação a fim de garantir que são éticos. Tais comissões são formalmente designadas para aprovar (ou rejeitar), supervisionar e rever a investigação biomédica e comportamental envolvendo seres humanos. Efectuam, frequentemente, alguma forma de análise risco-benefício numa tentativa de determinar se a investigação deve ou não ser realizada[1] O objectivo do CRI (IRB) é assegurar que sejam tomadas medidas apropriadas para proteger os direitos e o bem-estar dos seres humanos que participam como sujeitos num estudo de investigação. Juntamente com os países desenvolvidos, muitos países em desenvolvimento criaram Comissões de Revisão Institucional nacionais, regionais ou locais, a fim de salvaguardar a conduta ética da investigação relativa a normas, regulamentos ou códigos nacionais e internacionais[2].

***Xiong Lei é uma jornalista experiente, autora e tradutora sediada na China. Anteriormente Directora Executiva da China Features, um sindicato com a Xinhua News Agency que fornece textos e ensaios fotográficos sobre a China a clientes dos meios de comunicação social interessados em todo o mundo, tem leccionado jornalismo como Professora convidada na Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim, Universidade Tsinghua, e Universidade Renmin da China desde a sua reforma em 2006. Foi co-autora e traduziu várias publicações, incluindo Portraits of Ordinary Chinese (Imprensa Estrangeira, 1992), The Last Paradise (China Intercontinental Press, 2008), China Ink: Changing Face of Chinese Journalism (Rowman & Littlefield Publishers, 2008), e China Insight (Environmental Science Press, 2009), entre outros. Serve também como consultora de meios de comunicação com o Global Environmental Institute, um think tank chinês sem fins lucrativos e não-governamental, sediado em Pequim.

Traduzido em exclusivo para PRAVDA PT 

Copyright © Larry RomanoffMoon of ShanghaiBlue Moon of Shanghai, 2021

Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos

Email: luisavasconcellos2012@gmail.com

Website: Moon of Shanghai  + Blue Moon of Shanghai

China

Una epidemia de fraude extranjero en China

Por Larry Romanoff – 19 de septiembre de 2020

Traducción: AIX

CHINESE   ENGLISH   NEDERLANDS   PORTUGUESE   SPANISH

El fraude comercial a los consumidores por parte de las multinacionales extranjeras en China se ha generalizado tanto que los factores de confianza normales, como la popularidad de la marca, los altos estándares o una reputación exitosa, ya no son indicadores fiables para los consumidores chinos. Cientos de empresas extranjeras de bienes de consumo han violado, tan consistente y repetidamente, no sólo innumerables leyes, sino todas las normas y estándares de moralidad y ética, de orgullo por el producto e incluso de simple decencia común, que el buen funcionamiento de los mercados podría convertirse pronto en algo imposible. La mayor parte de estas infracciones no son menores; sino que casi todas son punibles y una gran parte de ellas serían calificadas como delitos graves en Occidente. Estarían incluidas la publicidad fraudulenta y los fraudes de precios de consumo de todas las naturalezas, la fijación constante de precios y la manipulación de los precios al por menor, las violaciones de la ley contractual, la conducta de JVs (Joint Venture) fraudulentas, la evasión fiscal, el fraude al consumidor, el soborno, el espionaje, las violaciones de visados, la fijación ilegal de precios de transferencia, las denegaciones de servicios de garantía, la venta de productos usados o reacondicionados como nuevos, la grave contaminación ambiental, el abuso físico de los trabajadores, los salarios por debajo de los niveles legales, las horas extras no pagadas, la venta a sabiendas de carne en mal estado y productos alimenticios contaminados, el envío intencionado de alimentos y bienes de consumo de baja calidad a China, las violaciones flagrantes de la salud. La lista es casi interminable.

Multinacionales americanas como Wal-Mart, Coca-Cola, Pepsi, Nike, Apple y P&G no sólo muestran una terrible falta de responsabilidad social, sino que denotan un claro desprecio mordaz tanto para los consumidores a los que defraudan como para los gobiernos. Se especializan en la explotación de mano de obra barata en los países en desarrollo, combinada con una amplia gama de estrategias comerciales ilegales y criminales, y luego emplean poderosas tácticas de relaciones públicas, cabildeo y soborno, para evitar saldar cuentas por sus productos o acciones. Y en todos los casos, cuando se descubre otro fraude u otra violación, estas empresas responden con una arrogancia que parece casi surrealista, una especie de locura basada en mentiras y negaciones, afirmaciones sobre “valores fundamentales” y “altos estándares”, forzosamente seguidas por una serie de donaciones caritativas, una estrategia de Relaciones Públicas habitual en los hermanos Saatchi. Cuando se descubrió que Coca-Cola vendía productos que contenían niveles peligrosos de pesticidas y de cloro puro, la compañía simplemente negó la indiscutible evidencia, afirmando airadamente que sus productos eran seguros para el consumo, y se negó a retirarlos. Cuando finalmente se vio obligada a destruir todos los productos en mal estado, la compañía emitió una enfurecida y arrogante verborrea de insensateces sobre los altos estándares y los valores fundamentales, recordando a los chinos que Coke había hecho contribuciones a organizaciones benéficas locales. Creo que la mayoría de los chinos renunciarían con gusto a la caridad de Coca-Cola si la compañía retirase los pesticidas de sus bebidas y sus distribuidores se abstuvieran de agredir a los empleados hasta dejarles inconscientes cuando reclaman sus salarios.

Las multinacionales americanas y europeas son mundialmente famosas por presionar a los gobiernos locales para evitar que se establezcan normas de salud, laborales, ambientales u otras normas que interfieran con su rentabilidad, a menudo recurriendo al poder político del Departamento de Estado para intimidar a los gobiernos locales y conseguir así que reduzcan su nivel de exigencia o eviten el enjuiciamiento de sus directivos. La administración presiona a los gobiernos de todas partes en sus intentos de prevenir o descarrilar la legislación laboral y salarial, así como conspirar e interferir en las leyes ambientales. Estos problemas existen en todas las naciones, pero los países en vías de desarrollo son los más afectados debido a una legislación inadecuada y al poder de conspiración de estas empresas en lo relativo a la presión política y al soborno. Existen muchos informes de directivos que, como práctica comercial regular, con frecuencia intimidan y/o sobornan a funcionarios locales y políticos para que pasen por alto las infracciones y evitar así las correspondientes sanciones por violar las leyes. Además, existen muchos informes similares de directivos que ejercen su poder en muchos países para influir en los medios de comunicación y hacer que se supriman las noticias negativas sobre los productos de la compañía, siendo un ejemplo las dimisiones a punta de pistola de Coca-Cola en México.

China

El fraudulento “experimento” del arroz dorado de la Universidad de Tufts en China

Por Larry Romanoff – 17 de septiembre de 2020

Traducción: AIX

CHINESE   ENGLISH   NEDERLANDS   PORTUGUESE   SPANISH

El Departamento de Agricultura de los EE.UU. en colaboración con el ejército de los EE.UU. tomaron la Universidad de Tufts como instrumento con el pretexto de realizar unas inocentes investigaciones sobre salud alimentaria, para llevar a cabo un experimento ilegal, deplorable y fraudulento con armas biológicas sobre niños de origen chino sin su consentimiento. Esto es parte de esa historia.

Muchos grupos han experimentado con la tecnología de la manipulación genética, insertando ADN foráneo en diferentes  semillas. Hubo un caso en Canadá, en el que un departamento del gobierno descubrió un gen “anticongelante” contenido en la sangre de los peces que viven en las aguas del Ártico y que les permite sobrevivir en aguas de temperaturas inferiores a cero. Los científicos insertaron este gen en varios cultivos de trigo canadienses, lo que permitió que el trigo soportara temperaturas de congelación sin sufrir daños. En otra ocasión, un laboratorio de investigación americano insertó genes de luciérnagas en plantas de tabaco, produciendo un campo de tabaco que brillaba en la oscuridad. Estos ejemplos pueden parecer inofensivos, pero otros lo son mucho menos.

El Departamento de Defensa de los EE.UU. ha invertido enormes sumas en investigación dirigida a insertar genes letales en semillas de cultivos modificados genéticamente, incluyendo la viruela, los virus de la gripe aviar y la gripe porcina, la peste, el SIDA y muchos más. Como arma militar, esta ciencia no tiene precio. ¿Por qué involucrarse en una guerra a tiros cuando Monsanto puede venderles arroz, maíz y soja que contienen viruela y el virus H5N1? Una vez que la semilla es cosechada y pasa al suministro de alimentos de la nación podría, en pocas semanas, exterminar al 50% o más de la población sin haber disparado un solo tiro y sin riesgo para el agresor. He visto documentos militares de los EE.UU. que incluso incluían un gráfico de “coste por muerte”, demostrando que las semillas son mucho más baratas y efectivas que las bombas en la búsqueda de la dominación militar. En el informe también se señalaba que

“Las armas genéticas también pueden ser dispersadas de muchas maneras utilizando insectos o bacterias infectadas por virus o insertadas en semillas modificadas genéticamente, etc. Estas armas son difíciles de detectar e identificar, y un tratamiento o una vacuna puede tardar años en desarrollarse.” (1)

No son pocas las pruebas que señalan que las semillas modificadas genéticamente fueron concebidas, financiadas y desarrolladas por el ejército de los EE.UU., junto con el Departamento de Agricultura de los EE.UU. (USDA), para su posible uso como arma biológica o, más concretamente, como sistema de distribución de armas. La capacidad de insertar patógenos en semillas modificadas genéticamente es actualmente indiscutible, constituyendo una parte significativa dentro de los programas de desarrollo de guerra bioquímica del ejército de los EE.UU. (2) Una pregunta que nadie parece haberse planteado es por qué, durante más de 50 años, el Instituto de Investigación Médica de Enfermedades Infecciosas del Ejército de los EE.UU. (AMRIID) ha formado parte de los notorios laboratorios de armas biológicas del ejército de los EE.UU. en Fuerte Detrick, Maryland, con el pretexto de investigar enfermedades “infecciosas”. Esta fue la fuente del ántrax armificado del ejército de los EE.UU., además de otros muchos patógenos.

Todo el programa americano del Arroz Dorado fue financiado por el ejército de los EE.UU. a través del USDA, un departamento conocido por cooperar frecuentemente con el ejército de los EE.UU. especialmente en la producción y el desarrollo de armas biológicas. El USDA no sólo estaba muy involucrado en la financiación de la investigación sobre el arroz dorado, sino que también cultivaba clandestinamente sus propias cepas indocumentadas de este arroz modificado genéticamente en sus propios sistemas hidropónicos, cepas que posteriormente fueron probadas en poblaciones desconocidas. Los peligros de las semillas modificadas genéticamente para uso militar fueron reconocidos hace décadas. En 1998, la revista Time publicó un artículo que detallaba cómo la búsqueda mundial de material genético podía ofrecer notables aplicaciones militares. (3) (4)

  • Vitamina A

La vitamina A no es una sola cosa, sino un gran grupo de elementos nutricionales relacionados que incluyen retinoides y carotenoides, retinol, ácido retinoico y componentes como el β-Caroteno (beta-caroteno). Entre los alimentos con alto contenido en vitamina A encontramos las batatas, las zanahorias, las verduras de hoja oscura, los pimientos, el pescado, el hígado y las frutas tropicales. Muchos de estos alimentos forman parte de la dieta diaria en China, y no requieren de suplementos artificiales; por lo que la mayoría de los ciudadanos chinos obtienen todo lo que necesitan simplemente siguiendo su dieta habitual.

Como la mayoría de las vitaminas, la vitamina A es esencial para la salud del cuerpo, pero ésta es única en muchos aspectos ya que su presencia afecta al sistema inmunológico y al funcionamiento genético del cuerpo. Regula la transcripción genética, lo que implica romper los vínculos y separar las dos cadenas del ADN del cuerpo y recombinar y empalmar los núcleos de las células, por lo que desempeña un papel fundamental en el funcionamiento de éstas. Ciertas partes de la vitamina A y sus compuestos relacionados son utilizados como medicamentos para modular las funciones genéticas del cuerpo. Esto no es algo trivial, ya que se trata del objeto de estudio de gran parte de la investigación de la más alta tecnología biológica en la actualidad. También es cierto que, si bien incluso las dosis masivas de otras vitaminas pueden no ser perjudiciales, el exceso de vitamina A es tóxico para el cuerpo humano, especialmente para las mujeres embarazadas, y dadas sus extraordinarias funciones genéticas en el ADN y sus efectos en el sistema inmunológico del cuerpo, no es una sustancia química que se deba tomar en exceso ni en defecto.

China

NÃO ESTAMOS SÓS

Por Larry Romanoff para The Saker Blog, 11 de Setembro de 2021

Fui motivado a escrever este ensaio devido a uma circunstância estranha que me aconteceu na sexta-feira (10 de Setembro).

CHINESE   ENGLISH   NEDERLANDS   PORTUGUESE   SPANISH

Parte 1: No centro de Shanghai, existe um magnífico templo budista (Templo Jing’An) separado de um centro comercial por uma passagem pedestre. Do outro lado da rua encontra-se um grande parque com um pequeno lago (um lago, na verdade) escondido no centro e na margem do lago, encontra-se um restaurante tailandês. Há cerca de dois anos, um amigo convidou-me para almoçar nesse restaurante. O cenário era bonito, mas o restaurante não era excepcional e eu não gostei da comida, por isso, não tinha intenção de regressar. 

Parte 2: Tenho um escritório perto do Templo e, na sexta-feira estava na minha secretária a trabalhar sobre uma determinada pesquisa, quando o pensamento deste restaurante me veio à mente, mas não conseguia recordar o seu nome. Pensei nele durante um momento, mas não tinha qualquer interesse particular e, por isso, afastei-o. Dez ou quinze minutos mais tarde, o pensamento voltou. Voltei a considerar o assunto e confirmei a minha primeira conclusão de que não gostava muito, nem do restaurante, nem da comida, não tinha qualquer intenção de regressar e, portanto, não tinha interesse em recordar o seu nome. Voltei ao meu trabalho, mas dez minutos mais tarde o pensamento voltou de novo. Voltei a rejeitá-lo, mas ele voltou novamente. O maldito pensamento recusou-se a deixar-me em paz. Finalmente cedi, fiz uma breve pesquisa na Internet e encontrei o nome do restaurante. Sem resultado, mas sem mais interrupções. 

Parte 3: Algumas horas mais tarde, deixei o meu escritório e estava a caminhar pela passadeira para peões perto do Templo, como faço habitualmente, quando reparei num grupo de quatro mulheres estrangeiras (americanas, penso eu) de pé, ao lado. Quando me aproximei, uma delas virou-se e viu-me e dirigiu-se rapidamente a mim. Perguntou: “Por favor, pode ajudar-nos? Estamos a tentar encontrar um restaurante. Todos dizem-nos que está muito perto, mas ninguém nos pode dizer como lá chegar”. Respondi: “Não sei. Qual é o nome do restaurante?”. E, claro, era o mesmo restaurante que eu tinha acabado de procurar na Internet.

A versão feminina da história teria sido a de terem tido a sorte de encontrar alguém que as pudesse encaminhar para o restaurante, mas não foi tão simples como poderiam ter imaginado. Claro que um acontecimento trivial não é prova de nada, mas quando vivi em Itália mantive durante sete ou oito anos um registo diário no qual registei qualquer coisa de interesse e, mais tarde, ao folhear esse diário, descobri que tinha registado literalmente centenas de incidentes deste tipo. Eram todos diferentes, mas, em certo sentido, eram todos iguais. Cada um deles exigia um pouco de “sorte” pouco comum ou talvez magia, para o seu cumprimento. Alguns foram breves e rapidamente executados, enquanto outros foram prolongados e mais complicados. Aqui está um exemplo mais complicado, do meu tempo em Roma:

O Jovem Perdido

Nie Yuan's version of “A Chinese Ghost Story“ was 18 years old, and the male protagonists had lost their looks, and the female protagonists were still very good at fighting. | DayDayNews

Em Roma vivi numa zona essencialmente residencial, virada para uma pequena praça com uma fonte no centro e rodeada de cafés, um hotel, uma basílica e outros edifícios. Uma noite, numa pequena mesa ao ar livre, num café de passeio, vi um jovem chinês, talvez com 15 anos de idade, sentado sozinho depois do café ter fechado. Ainda lá estava na manhã seguinte, com a cabeça pousada na mesa, e interroguei-me se ele teria passado lá a noite. Tentei falar com ele, mas ele não sabia inglês nem italiano e era impossível estabelecer uma conversa.

Nessa noite ainda lá estava até tarde e também novamente na manhã seguinte, e agora parecia evidente que tinha passado lá a noite. Eu sabia que algo estava errado, embora não tivesse ideia do que poderia ser, mas não podia deixá-lo lá. A propósito, o meu restaurante chinês favorito ficava apenas a algumas centenas de metros da minha casa, por isso, por meio de gestos convidei-o gesticulei a vir comigo e levei-o lá, na esperança de que o pudessem ajudar. 

Autobiografia

No estamos solos

Por Larry Romanoff para The Saker Blog,
11 de Septiembre, 2021

Traducción: PEC 

Me ha movido a escribir este ensayo una extraña circunstancia que me ocurrió el viernes (10 de Septiembre).

CHINESE   ENGLISH   NEDERLANDS   PORTUGUESE   SPANISH

Parte 1: En el centro de Shanghái hay un magnífico templo budista (El Templo de Jing’An) separado de un centro comercial por un paseo peatonal. Al otro lado de la calle hay un gran parque con un pequeño lago (un estanque, en realidad) escondido en su centro, y en la orilla del estanque hay un restaurante tailandés. Hace unos dos años, un amigo me invitó a comer a este restaurante. El entorno era bonito, pero el restaurante no era excepcional y no me gustó la comida, por lo que no tenía intención de volver.

Parte 2: Tengo una oficina cerca del Templo, y el viernes estaba en mi escritorio trabajando en una investigación cuando me vino a la mente este restaurante, pero no podía recordar su nombre. Lo pensé por un momento, pero no tenía ningún interés especial y lo descarté. Diez o quince minutos más tarde, la idea volvió a aparecer. Volví a pensar en el tema y confirmé mi primera conclusión: no me gustaban ni el restaurante ni la comida, no tenía intención de volver y, por tanto, no me importaba recordar el nombre. Volví a mi trabajo, pero diez minutos más tarde el pensamiento regresó de nuevo. Lo descarté de nuevo, pero volvió a aparecer. La maldita cosa se negaba a dejarme en paz. Finalmente me rendí, hice una breve búsqueda en Internet para encontrar el nombre del restaurante. Sin resultado, pero sin más interrupciones.

Parte 3: Unas horas más tarde, salí de mi oficina y caminaba por el paseo peatonal cerca del Templo, como hacía habitualmente, cuando me fijé en un grupo de cuatro mujeres extranjeras (americanas, creo) que estaban de pie al lado. Cuando me acerqué, una de ellas se volvió, me vio y vino corriendo. Me dijo: “Por favor, ¿puede ayudarnos? Estamos intentando encontrar un restaurante. Todo el mundo nos dice que está muy cerca, pero nadie puede decirnos cómo llegar”. Le contesté: “No lo sé. ¿Cómo se llama el restaurante?”. Y por supuesto, era el mismo restaurante que acababa de buscar en Internet.

La versión de las señoras habría sido que tuvieron suerte de encontrar a alguien que las dirigiera al restaurante, pero no fue tan sencillo como podrían haber imaginado. Por supuesto, un suceso trivial no es prueba de nada, pero cuando viví en Italia llevé durante siete u ocho años un diario en el que anotaba cualquier cosa de interés, y hojeando ese diario, más tarde descubrí que había registrado literalmente cientos de incidentes de este tipo. Todos eran diferentes, pero en cierto sentido todos eran iguales. Cada uno de ellos requería un poco de “suerte” poco común, o quizás de magia, para su realización. Algunos eran breves y se ejecutaban rápidamente, mientras que otros eran prolongados y más complicados. He aquí un ejemplo más complicado de mi época en Roma:

El Muchacho Perdido

Nie Yuan's version of “A Chinese Ghost Story“ was 18 years old, and the male protagonists had lost their looks, and the female protagonists were still very good at fighting. | DayDayNews

Yo vivía en Roma en una zona principalmente residencial que daba a una pequeña plaza con una fuente en el centro y rodeada de cafeterías, un hotel, una basílica y otros edificios. Una tarde, en una pequeña mesa al aire libre en una cafetería de la acera, vi a un joven chino de unos 15 años sentado solo, después de que la cafetería hubiera cerrado. A la mañana siguiente seguía allí, con la cabeza apoyada en la mesa, y me pregunté si había pasado la noche allí. Intenté hablar con él, pero no sabía inglés ni italiano y la conversación era imposible.

Cultura

Se o Fazes, é Espionagem.

Se Sou Eu que o Faço, é Investigação.

Por Larry Romanoff,  August 10, 2020

Traduzido em exclusivo para PRAVDA PT

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No final dos anos 50 e início dos anos 60, houve uma série na televisão americana chamada “The Naked City“, desenrolada em NYC. A abertura de cada episódio começava com as palavras entoadas: “Há oito milhões de histórias na Cidade Nua”. Esta é uma delas”. Bem, provavelmente, há 8 milhões de histórias sobre espionagem americana que aconteceram na China, durante as últimas décadas. Eis duas delas.

Introdução

Há vários anos foi noticiado que o Pentágono estava a construir uma rede internacional de espionagem que poderia tornar-se ainda maior do que a da CIA, planeando ter pelo menos 1.600 “colectores de informação” espalhados por todo o mundo. Para além dos adidos militares e outros, que não trabalham disfarçados, seriam treinados pela CIA mais agentes clandestinos e destacados para o estrangeiro a fim de realizar tarefas que a CIA não estava disposta a prosseguir. Foi devidamente confirmado que a China estava entre as principais prioridades dos serviços secretos do Pentágono, reflectindo a afinidade americana pela espionagem e pela acção encoberta, prova de que já não precisamos. Os americanos são frequentemente recrutados pela CIA, ou pelos militares americanos para o serviço de espionagem na China, operando com a assistência do Departamento de Estado norte-americano.

Indivíduos estrangeiros, agindo ostensivamente de forma independente, na China, são regularmente detidos pelas autoridades chinesas por realizarem cartografia e levantamentos ilegais, marcando a localização das principais instalações militares e outras instalações. Quase 40 casos de levantamentos e cartografia ilegais foram detectados na China, só nos últimos anos, na sua maioria em torno de algumas das bases e instalações militares e em áreas fronteiriças sensíveis como Xinjiang e Tibete e, quase de certeza, sendo esses dados utilizados no planeamento dos tumultos patrocinados por estrangeiros, que ocorreram nessas províncias.

Num caso recente, foi encontrado um cidadão americano utilizando dois receptores GPS profissionais de levantamento e mapeamento, nos quais tinha registado mais de 90.000 coordenadas, 50.000 das quais perto de instalações militares. Viajou para XinJiang com o pretexto de registar uma agência de viagens para oferecer excursões ao ar livre a estrangeiros em Urumqi e, claramente, estava lá em missão do governo dos EUA quando foi apanhado. Esta é a razão pela qual o serviço de mapeamento da Google foi proibido na China. A Google estava ocupada a recolher informações de alta resolução para a CIA, sendo, mais uma vez, imagens de áreas militares sensíveis.

É amplamente conhecido na China que, literalmente, os milhares de funcionários da Embaixada dos EUA, em Pequim e dos seus vários consulados estão envolvidos em actividades que são claramente espionagem. Foi a razão pela qual o governo chinês seleccionou o encerramento do Consulado dos EUA em Chengdu. As autoridades chinesas tinham repetidamente objectado à Embaixada e ao Governo dos EUA que os funcionários, em Chengdu, estavam envolvido em actividades “não proporcionais às suas designações diplomáticas”. Isto é um eufemismo chinês.

A comunicação mediática americana gosta de acusar os chineses de “ver uma conspiração em cada esquina”, mas estes acontecimentos são em número suficiente para justificar a preocupação da China, tendo estes mesmos meios de comunicação social deixado de apontar que, qualquer pessoa que recolhesse centenas de milhares de coordenadas GPS perto de bases militares americanas, teria um futuro muito curto.

Coca-Cola

A Coca-Cola Company esteve sempre envolvida em espionagem a favor das Forças Armadas dos EUA e do Departamento de Estado [1] Estranhamente, nem o website da Coca-Cola nem a Google têm qualquer conhecimento desse facto, e o Departamento de Estado não tinha ninguém disponível para discutir este assunto comigo. Desde pelo menos os anos 40, quando a empresa estabeleceu fábricas de engarrafamento num novo país, os espiões da OSS ou da CIA eram enviados automaticamente como fazendo parte do pessoal. Nem sequer era segredo: quando o Senado norte-americano realizou as suas famosas audiências Irão-Contra, em 1987, a ligação entre a CIA e a Coca-Cola foi totalmente exposta.

 E não se trata só da Coca-Cola, mas vejamos primeiro esta empresa. Em Março de 2013, Laurie Burkitt do WSJ escreveu um artigo agradavelmente mal informado [2] sobre a Coca-Cola ter sido acusada de espionagem na China Ocidental, e a distorção curiosa, mas tipicamente americana, desse meio de comunicação social foi destacar “os perigos de fazer negócios na China”. Vejamos os factos.

Em 21 ocasiões distintas, 21 camiões diferentes da Coca-Cola foram apreendidos enquanto executavam o que os meios de comunicação ocidentais chamavam “levantamento” ou “mapeamento” de algumas das áreas mais politicamente sensíveis da China, que incluíam fronteiras e bases militares. A primeira pergunta que me vem à mente é por que razão os motoristas dos camiões de entregas da Coca-Cola estariam a efectuar “operações de mapeamento” ou “levantamento” em qualquer parte do mundo, muito menos em Yunnan e outras áreas politicamente sensíveis da China e, especialmente, das áreas fronteiriças e das bases militares circundantes. Mais ainda, porque é que os motoristas da Coca-Cola que fazem este “mapeamento” estariam a 600 quilómetros das suas rotas normais de entrega?

China

La Fraudulenta Explotación del ADN Chino por parte de la Universidad de Harvard

Por Larry Romanoff – 17 de Septiembre, 2020

Traducción: PEC 

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En Abril de 2005, Margaret Sleeboom, de la Universidad de Ámsterdam, publicó un artículo en PubMed.gov sobre un proyecto de investigación en China por la Universidad de Harvard que suscitó la condena internacional por la terrible falta de ética de Harvard por el robo de ADN chino. (1) (2)

Años después de la finalización de esta investigación, cuando los detalles se filtraron a los medios de comunicación, las autoridades chinas se enfurecieron al enterarse de que los americanos habían participado en un turbio proyecto secreto de recogida de ADN chino. A pesar de que el gobierno chino había prohibido previamente la recogida o exportación de este tipo de datos, Harvard eludió las prohibiciones y sacó el ADN de China.

Uno de los líderes de este proyecto fue el investigador chino de Harvard, Xu Xiping, que con la financiación del gobierno americano (muy probablemente el proyecto de base de datos de ADN del ejército) y de la empresa americana Millennium Pharmaceuticals (3)(4), llevó a cabo este estudio en Anhui con Frank Speizer y Scott Weis, este último un epidemiólogo de Harvard que, al parecer, tenía acceso desde una fuente desconocida a información sobre unos 60 millones de personas en Anhui. Xu, que procedía de Anhui y aún mantenía contactos allí, conspiró con Weis y los financiadores para reclutar a miles de voluntarios para recoger muestras de ADN y de sangre, todo ello desconocido por el gobierno central de China. Millennium estaba estrechamente relacionada con el Departamento de Defensa de Estados Unidos y pagó millones de dólares por el estudio y por sus datos.

  • El Experimento de la Universidad de Harvard

Xu y sus colaboradores presentaron “garantías del proyecto” al gobierno americano para cumplir con todas las normativas sobre investigación con seres humanos, incluida la de “proporcionar una copia de la aprobación del IIB (Instituto de Investigación Biomédica) (chino)“, así como los documentos de consentimiento firmados por cada sujeto, e “informar rápidamente al IIB de cualquier lesión u otro problema imprevisto que entrañase riesgos para los sujetos y demás personas“. Se debía enviar a cada familia una carta explicativa del estudio, en la que se basaría el formulario de consentimiento.

Xu consiguió la colaboración de funcionarios locales de bajo nivel de la provincia de Anhui para realizar lo que denominó un estudio de prevención y control del asma. Los funcionarios debían instruir a los médicos locales para que llevaran a todos los residentes al centro médico más cercano, donde recibirían un examen médico gratuito y medicamentos gratuitos para tratar cualquier afección descubierta.

China

Si lo haces tú, es Espionaje.
Si lo hago yo, es Investigación.

Larry Romanoff,  10 de Agosto, 2020

Traducción: PEC

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A finales de los 50 y principios de los 60 hubo una serie en la televisión americana llamada “La Ciudad Desnuda“, ambientada en la ciudad de Nueva York. El inicio de cada episodio comenzaba entonando las palabras: “Hay ocho millones de historias en la Ciudad Desnuda”. Esta es una de ellas”. Bueno, probablemente haya 8 millones de historias de espías americanos que han tenido lugar en China durante las últimas décadas. Aquí hay dos de ellas.

Introducción

Hace varios años se informó de que el Pentágono estaba construyendo una red internacional de espionaje que podría llegar a ser aún más grande que la de la CIA, planeando tener al menos 1.600 “recolectores de información” repartidos por todo el mundo. Además de los agregados militares y otros que no trabajan de manera encubierta, más operativos clandestinos que serían entrenados por la CIA y desplegados en el extranjero para llevar a cabo tareas que la CIA no estaba dispuesta a realizar. Se confirmó debidamente que China estaba entre las principales prioridades de la inteligencia del Pentágono, lo que reflejaba la afinidad americana con el espionaje y la acción encubierta, pruebas que ya no necesitamos. Hay americanos frecuentemente reclutados por la CIA o el ejército de los EE.UU. para el servicio de espionaje en China, operando con la ayuda del Departamento de Estado de los EE.UU.

Las autoridades chinas suelen detener a extranjeros que se encuentran en China, aparentemente actuando de forma independiente, por realizar estudios y cartografías ilegales y por marcar la ubicación de instalaciones militares y de otros enclaves. Sólo en los últimos años se han detectado casi 40 casos ilegales de prospección y cartografía en China, en su mayoría en los alrededores de algunas bases e instalaciones militares de China, y en zonas fronterizas sensibles como Xinjiang y el Tíbet, datos que casi con toda seguridad se utilizan para planificar los disturbios patrocinados por extranjeros que se producen en esas provincias.

En un caso reciente, se encontró a un ciudadano americano utilizando dos receptores profesionales de GPS de topografía y cartografía en los que había registrado más de 90.000 coordenadas, 50.000 de ellas cerca de instalaciones militares. Viajó a XinJiang con el pretexto de registrar una agencia de viajes para ofrecer tours al aire libre a los extranjeros en Urumqi, y claramente estaba allí por encargo del gobierno de los EE.UU. cuando fue capturado. Esta es la razón por la que el servicio de mapas de Google fue cerrado en China. Google se ocupaba de recolectar inteligencia en alta resolución para la CIA, de nuevo con imágenes de áreas militares sensibles.

Es ampliamente conocido en China que literalmente miles de empleados de la Embajada de los EE.UU. en Beijing y en sus diversos consulados están involucrados en actividades que son claramente de espionaje. Esta fue la razón por la que el gobierno chino optó por el cierre del consulado de los EE.UU. en Chengdu. Las autoridades chinas habían denunciado repetidamente a la Embajada y al Gobierno de los Estados Unidos que el personal en Chengdu estaba involucrado en actividades “no acordes con sus designaciones diplomáticas”. Esto es un eufemismo chino.

A los medios de comunicación estadounidenses les gusta acusar a los chinos de “ver una conspiración a la vuelta de cada esquina”, pero estos acontecimientos son suficientes en número como para justificar la preocupación de China, estos mismos medios se olvidan de señalar que cualquiera que recogiera cientos de miles de coordenadas GPS cerca de bases militares americanas tendría un futuro muy corto.

Coca-Cola

La compañía Coca-Cola siempre ha estado involucrada en el espionaje para el ejército de los EE.UU. y el Departamento de Estado.[1]  Curiosamente, ni el sitio web de la compañía Coca-Cola ni Google tienen conocimiento de esto, y el Departamento de Estado no tenía a nadie disponible para discutir esto conmigo. Desde al menos los años 40, cuando la compañía establecía plantas embotelladoras en un nuevo país, los espías de la OSS o de la CIA eran enviados automáticamente como parte del personal. No era ni siquiera un secreto: cuando el Senado de los EE.UU. celebró sus famosas audiencias sobre el Irán-Contra en 1987, el vínculo entre la CIA y Coca-Cola quedó totalmente expuesto.

China

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