30/4/2019, John Helmer, Dances with Bears, Moscou
A cada primavera, quando já é garantido que não voltará a nevar sobre Moscou, é hora de relembrar certas coisas e considerar o futuro com renovadas esperanças.
Em inglês e em muitas outras línguas, inclusive latinas, o May Day [1º de Maio, Festival da Primavera] significa a volta da fecundidade, das flores, das colheitas de grãos e portanto de toda a esperança depois do inverno, com festas para entretenimento das criaturas mais rancorosas, inteligentes e bobas do campo, o coelho e o bode.
Mayday! Mayday! Começou a ser usado em 1927 como pedido internacionalmente codificado para “Emergência! Emergência!”, “Socorro! Socorro”, sem qualquer relação com o mês de maio. Começou como “M’aidez!” [fr. “Me ajudem!”], que substituiu o código Morse para SOS, adotado internacionalmente pela primeira vez em 1905. Mayday!, para pedir socorro por rádio, passou a ser necessário, quando o rádio substituiu o telégrafo; e passou-se a ouvir voz humana, em vez bip-bips.
Atualmente, quem mais precisa de socorro é a esquerda tradicional.
Na França, ela foi trocada por mobilizações espontâneas que têm aparecido marcadas pelo símbolo de bloqueio em estrada, o “colete amarelo” [fr. gilet jaune; imagem abaixo].
Nos EUA não há esquerda; em vez dela veem-se hoje novos símbolos de palhaços e sapos [imagem ao centro] que gritam Honk Honk. É a convocação para atacar, que só os nacionalistas e racistas brancos entendem, não algum tipo de pedido de ajuda.
Na Rússia, o partido de Marx e Engels conta com um líder embalsamado e horizontal na Praça Vermelha; e à distância de uma pedrada dali, no prédio do Parlamento, está outro líder, atual, também embalsamado, mas vertical (na imagem, à direita [Gennady Zyuganov, líder do Partido Comunista da Federação Russa]). Aqui, o que é preciso saber sobre ele.
ATENÇÃO: No cartaz acima, de 1920, de um 1º de maio em Moscou, os russos repetem as palavras famosas do Manifesto Comunista: “Os trabalhadores nada têm a perder além das próprias cadeias, e serão donos do mundo inteiro — K. Marx e F. Engels.”
Hoje, o mapa onde está a bandeira vermelha já não é ideológico, mas russo é. Mostra o alcance das armas russas, em especial dos sistemas de mísseis de defesa, que puseram fim à superioridade aérea e naval dos EUA e da aliança da OTAN em todos os campos de batalha que os próprios EUA e OTAN escolheram – de tal modo que eles não podem nem cogitar de escolher novos. A guerra da Síria foi o ponto de virada para o pessoal lá.
O ponto de partida desse novo mundo protegido por armas russas é o bloco central do poder contemporâneo – Rússia, Índia, China. E deles será a nova estratégia de poder. Para se informar, conheçam suas doutrinas de defesa — Hostile Intent [Intento Hostil]; 12-Minute Red Line; [Linha Vermelha de 12 minutos] e Cross-Hairs. [No olho da mira].*******
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