Sionismo: a mais letal forma de terrorismo

4/5/2021, M.Torabi, Press TV. Foto: Press TV

M.Torabi é pós-graduando de Relações Internacionais na Universidade de Bolonha, departamento de Ciências Políticas.


O terrorismo sionista caracteriza-se por objetivos utópicos – diferentes dos objetivos sempre mais pragmáticos e limitados de outras organizações terroristas como KKK ou os ‘Mujahedin do Povo’, terroristas integrados à oposição ao governo do Irã. O objetivo do terrorismo sionista é unir todos os sionistas num único estado e dominar o mundo. É uma forma de violência simbólica, diferente da violência estratégica. O sionismo é a mais letal das formas de terrorismo.

O terrorismo sionista tem caráter diferente, e não visa a alcançar qualquer objetivo político claramente definido. O terrorismo sionista só visa a destruir qualquer sociedade onde se instale – hoje, a sociedade palestina –, e a eliminar da face da Terra grande número de seres humanos. Desse ponto de vista, o terrorismo sionista não é nem só nem basicamente movimento político: o sionismo é movimento fundamentalista passadista, que aspira a ‘reviver’ um passado que jamais existiu. Nisso, é irmão gêmeo do terrorismo de al-Qaeda e ISIS.

A razão pela qual um referendum parece impossível na Palestina Ocupada, e a razão pela qual o regime sionista usa a forma mais extrema de violência indiscriminada, violência aleatória, no instante em que os palestinos manifestam discordância das políticas opressivas do regime, é que os terroristas ativos na Palestina não querem um lugar à mesa de discussões: querem destruir a mesa e todos ali sentados para discutir e encontrar caminhos. Por causa dessa visão pervertida, que glorifica a ocupação e o genocídio como solução, todos os acordos que envolvam sionistas são difíceis em teoria e impossíveis na prática.

Para o terrorista sionista, violência seria ato “sacramental” ou “dever divino” executado em resposta direta a algumas demandas ideológicas. O terrorismo sionista constitui forma simbólica, em oposição a qualquer ação estratégica. Consequentemente, os terroristas sionistas visam a provocar número máximo de mortos e usam armas de destruição em massa. Nisso, nada os contém ou impede que provoquem sempre mais mortos; e a natureza indiscriminada da violência aparece, porque nenhuma moral contém a violência.

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Terroristas sionistas também têm capacidade para evocar envolvimento obsessivo e fanatismo, de seus agentes, e caracterizam-se por visão maniqueísta do mundo: até provar sem possibilidade de desmentido que o regime sionista cometeu um determinado crime de guerra é declarado… antissemitismo!

Sionistas convertem-se em terroristas para garantir a eles mesmos algum senso de poder. São jovens impressionáveis, alienados, sem poder e capacidade para prover a própria existência, que se tornariam vulneráveis a formas de lavagem cerebral e influenciáveis por recrutadores, pregadores extremistas ou material distribuído pela Internet e pelo jornalismo-empresa ‘ocidental’.

O elemento ideológico aí – o próprio sionismo como teoria e projeto político –, é causa central de violência. Em outras palavras, “sionismo” não é conceito soft que simplesmente descreveria o modo como se usam argumentos ideológicos para legitimar táticas ou motivar seguidores. O próprio sionismo, o próprio fundamento ideológico que move os terroristas sionistas, já tem potencial para gerar toda a violência.

Resultado disso, qualquer acordo ou solução política pensada para a questão palestina imediatamente depois de exposta converte-se em defesa da conciliação com o sionismo, uma forma mais sutil e mais disfarçada (e, portanto, mais perigosa), mas sempre de defesa do sionismo – que é pensamento e ideologia sempre pró-violência.

O regime sionista de Israel na Palestina é entidade erguida sobre ideias racistas, de matança (chamada “limpeza”) étnica e de genocídio.

O câncer sionista é peso jogado sobre as costas da comunidade internacional que continuará a erodir a fibra moral de todas as sociedades humanas e a fazer degenerar todos os valores humanos – até que seja extirpado.*******

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