Relatório da situação da Ucrânia – EUA prolongam sua guerra por procuração

Por Moon of Alabama em 28 de agosto de 2023

Milley está proferindo bobagens iludidas.

General Milley, do Estado-Maior Conjunto dos EUA, cita ‘avanço’ contraofensivo ucraniano

Os soldados da Ucrânia penetraram na primeira linha de defesa russa em pontos ao longo da frente sul entre os dois países, disse o chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, Mark Milley, na sexta-feira, durante uma entrevista televisiva com uma agência de notícias jordaniana.

“Especificamente sobre os eixos de avanço que (as forças ucranianas) estão atacando agora, (as forças ucranianas) atacaram através do principal cinturão de defesa”, disse Milley à Al-Mamlaka Television.

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Mostre-me uma foto de tanques ucranianos atacando a barreira dos dentes de dragão [NT: dente de dragão obra de fortificação, desenvolvida durante a Segunda Guerra Mundial, para impedir o progresso de forças mecanizadas].

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Não tem nenhuma? Bem, então nem alcançou a primeira linha de defesa.

A Ucrânia tomou Robotyne, uma aldeia em ruínas que já abrigou 480 pessoas. Custou ao exército ucraniano pelo menos um batalhão completo, 500 homens e 30 veículos blindados, de suas forças cada vez menores.

O colaborador jornalístico da CIA, David Ignatius, entregou a última mensagem da Casa Branca sobre a Ucrânia. Continua a impulsionar por uma luta até o último ucraniano:

Enquanto os funcionários do governo Biden avaliam o lento progresso da Ucrânia na contraofensiva deste verão, eles têm discutido francamente com Kiev o que veem como “lições aprendidas”. O resultado final para o governo é que essa guerra provavelmente se arrastará para o próximo ano — e que os Estados Unidos e seus aliados devem permanecer firmes em ajudar a Ucrânia a continuar avançando.

Ouvi esse mesmo sentimento em todos os níveis do governo dos EUA nos últimos dias. O verão tem sido frustrante e, de certa forma, decepcionante para a Ucrânia e seus apoiadores ocidentais. Mas, em vez de procurar uma rampa de saída diplomática rápida, a maioria dos altos funcionários dos EUA parece mais convencida do que nunca da necessidade de se manter firme com Kiev. Os Estados Unidos, na opinião deles, não podem ser vistos abandonando seu aliado.

Há um brilho de realismo rompendo, mas está misturado com fantasias sobre as chances de atolar a Rússia:

Mas a Ucrânia provavelmente não dará nenhum golpe decisivo antes do final do ano. Isso significa uma continuação dessa guerra exaustiva até 2024 e além, e uma continuação das pesadas baixas e traumas emocionais para ambos os lados. Autoridades dos EUA acreditam que a paciência estratégica continua sendo a melhor arma contra o presidente russo Vladimir Putin, que ainda acha que pode sobreviver à Ucrânia e ao Ocidente.

Bem, sim, a Rússia pode durar mais que a Ucrânia e o Ocidente. Basta olhar para o conselho estúpido que o Ocidente está dando à Ucrânia:

Os comandantes americanos há muito acreditam que os ucranianos desperdiçam fogo de artilharia em barragens esmagadoras que imitam as táticas soviéticas. Segundo uma estimativa dos EUA, os ucranianos dispararam cerca de 2 milhões de cartuchos de munição de artilharia de 155 mm desde o início da guerra, quase esgotando os estoques ocidentais. As autoridades dos EUA instam a Ucrânia a pesar seus fogos de artilharia em direção aos alvos mais importantes e usá-los para avançar rapidamente em direção aos seus objetivos.

Autoridades do Pentágono também pediram à Ucrânia que confie menos nos drones para o reconhecimento no campo de batalha e mais nas forças de reconhecimento terrestre, que podem avaliar melhor as posições russas. E eles pressionaram Kiev para dar aos oficiais subalternos mais liberdade para explorar oportunidades ao longo da extensa frente. Em todos esses pontos, as autoridades americanas acreditam que os ucranianos estão respondendo positivamente. Mas a discussão tem sido espinhosa nas últimas semanas.

O exposto acima não é um bom conselho militar, mas um reconhecimento de que o Ocidente não pode produzir munição de artilharia e drones suficientes para que a Ucrânia prossiga:

Um recente relatório do Royal United Services Institute (Rusi) estima que a Rússia disparou 12 milhões de projéteis de artilharia em 2022 e estimou que os militares descarregariam sete milhões em 2023. Isso pode indicar que os estoques da era soviética estão diminuindo. Ainda assim, o relatório observa que a Rússia está produzindo 2,5 milhões de projéteis por ano, além das importações de munições da Coreia do Norte e do Irã.

Em contraste, o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) estimou em janeiro que os Estados Unidos só poderiam produzir 93.000 projéteis de 155 mm por ano, todos destinados a exercícios de treinamento. Se os militares atingirem um cronograma de produção acelerado, produzirão 240.000 projéteis por ano, ainda menos de 10% da produção atual da Rússia. A artilharia ucraniana dispara 8.000 cartuchos diariamente, consumindo um mês inteiro da atual produção de munições dos EUA. Mesmo que o Pentágono atinja sua meta declarada de fabricar 90.000 projéteis por mês até o ano fiscal de 2025, ainda é apenas metade do nível de produção atual da Rússia.

Essa falta de capacidade de produção está sendo encoberta por uma atitude de “enviar qualquer coisa que tenhamos, não importando o quão útil seja”:

À medida que os funcionários do governo Biden avaliam a probabilidade de a guerra continuar no próximo ano e talvez além, eles estão considerando vários novos aumentos importantes do apoio ocidental. Há um apoio crescente em Washington para o fornecimento de munições de fragmentação lançadas por foguetes, por exemplo, que poderiam atingir mais profundamente do que as versões disparadas por artilharia que os Estados Unidos começaram a fornecer no mês passado.

A Casa Branca também quer que a Ucrânia aumente seus ataques terroristas em solo russo:

Com as forças ucranianas bloqueadas no terreno, as autoridades dos EUA acreditam que o presidente Volodymyr Zelensky levará a luta cada vez mais para o território russo e à Crimeia ocupada. Os ataques ucranianos relatados na sexta-feira — com 42 drones lançados na Crimeia e um míssil apontado para Moscou, de acordo com relatos russos — são uma antecipação do que está por vir. A posição do governo Biden é que ele não incentiva ou permite ataques ucranianos em território russo, mas as autoridades esperam mais.

Eles tentam se fazer de inocentes, mas, na realidade, como relata The Economist, o direcionamento desses ataques é feito pela inteligência ocidental:

A extensa capacidade de defesa aérea e guerra eletrônica da Rússia significa que qualquer ataque ucraniano requer um planejamento meticuloso. A Ucrânia desenvolveu algoritmos que parecem funcionar. Os operadores iniciam no início da manhã (quando a concentração dos defensores pode estar diminuindo) e usam uma ordem de ataque projetada para manter as defesas aéreas ocupadas. Eles reúnem informações (muitas vezes de parceiros ocidentais) sobre radares, guerra eletrônica e meios de defesa aérea.

São ataques de diversão, não coisas que decidirão a guerra.

A vantagem estratégica está claramente do lado russo:

O Marechal de Campo Helmuth von Moltke, o Velho, o arquiteto militar da unificação alemã e um dos soldados mais famosos da história, compreenderia instantaneamente o estado das coisas neste verão de descontentamento ucraniano. Depois que Kiev e seus apoiadores ocidentais divulgaram as perspectivas da contraofensiva da primavera contra a Rússia, a contraofensiva registrou um progresso irregular até o momento. Moltke atribuiria os resultados decepcionantes ao fato de que os militares ucranianos enfrentam um inimigo que empreende a forma mais forte de guerra.

Ataque estratégico aliado à defesa tática. 

Moltke expõe a lógica sucintamente: “A defesa tática é a [forma de guerra] mais forte, a ofensiva estratégica a forma mais eficaz – e a única que leva ao objetivo”. Em outras palavras, o adversário que se apodera ou ocupa algum objeto ou parcela de território, então o defende taticamente, se prepara para o sucesso estratégico e, em última instância, político. Em termos coloquiais: pegue algo e segure, e desafie seu inimigo a vir e pegá-lo de volta enquanto luta em uma desvantagem assustadora. Para o sábio alemão, em suma, o ataque através da defesa abre caminho para o triunfo.

Vantagem: Rússia.

Defesa tática é o que a Rússia tem feito nos últimos meses. Ele derrubou as forças ucranianas atacantes por todos os meios disponíveis. Quando terminarem, as forças russas lançarão sua campanha ofensiva estratégica. É provável que progridam rapidamente através das linhas ucranianas diluídas.

Nenhuma munição cluster lançada por foguete ilegal, nenhum F-16, nenhum ataque terrorista à Rússia, pode impedir isso.

Os ucranianos estão simplesmente lutando a guerra errada, pela causa errada:

Ivan Katchanovski @I_Katchanovski – 14:49 UTC · 27 de agosto de 2023

O Comandante em Chefe das Forças Ucranianas e o popular escritor ucraniano posam com bandeira vermelha e preta e o popular jornal ucraniano propaga isso. Esta foi a bandeira da OUN & UPA de extrema-direita que colaborou com a Alemanha nazista e esteve envolvida no assassinato em massa de judeus, poloneses e ucranianos. Esta bandeira foi usada pelo grupo de extrema-direita. A integração e o branqueamento de símbolos OUN e UPA, como sua bandeira e sua saudação “Glória à Ucrânia e Glória aos Heróis”, continuam. https://life.pravda.com.ua/culture/2023/08/27/256152/

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Essa bandeira, e a mentalidade por trás dela, é o motivo pelo qual a Rússia não permitirá que a Ucrânia e os EUA ganhem.


Fonte: https://www.moonofalabama.org/2023/08/ukraine-sitrep-us-to-prolong-its-proxy-war.html#more


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