1/8/2019, The Saker, Unz Review e The Vineyard of the Saker
“Veem as árvores, mas não veem a floresta” é boa metáfora para muitos dos comentários que circulam sobre os últimos vinte e poucos anos pelo planeta. E o período é notável pelo número genuinamente tectônico de mudanças pelas quais passou o sistema internacional.
Tudo começou durante o que chamo de a “Kristallnacht [Noite dos Cristais] da lei internacional”, dia 30 de agosto-setembro de 1995, quando o Império atacou os sérvios-bósnios, em direta e total violação dos mais fundamentais princípios do Direito Internacional. Depois foi o 11/9, que deu aos neoconservadores, segundo eles, o “direito” de ameaçar, atacar, bombardear, matar, violar, sequestrar, assassinar, torturar, chantagear e todas as demais práticas para fazer o mal a qualquer pessoa, grupo ou país em todo o planeta, ‘porque’ “somos a nação indispensável” e “ou você está conosco ou está com os terroristas”.
Durante esses mesmos anos, vimos a Europa tornar-se colônia de 3ª classe dos EUA, incapaz de defender sequer os interesses geopolíticos europeus mais fundamentais, ao mesmo tempo em que os EUA tornou-se colônia de 3ª classe de Israel e igualmente incapaz de defender sequer os interesses geopolíticos mais fundamentais dos EUA.
Ainda mais interessante, se se observa esse passado próximo, ao mesmo tempo em que EUA e União Europeia colapsavam sob o peso dos próprios erros, Rússia e China estavam em clara ascensão. Rússia, principalmente em termos militares (ver aqui e aqui), e China principalmente em termos econômicos.
Mais crucialmente importante, Rússia e China gradualmente concordaram em se tornar corpos simbiontes, processo pelo qual, na minha avaliação, tornaram-se ambos ainda mais fortes e mais significativos do que se os dois países se unissem mediante algum tipo de aliança formal: alianças podem ser partidas (especialmente quando esteja envolvida uma nação ocidental), mas relacionamentos de simbiose de modo geral duram para sempre (sim, sim, nada dura para sempre, é claro, mas quando o tempo de vida mede-se em décadas, uma relação simbiótica é o equivalente funcional de “para sempre”, pelo menos em termos de análise estratégica). Os chineses desenvolveram recentemente uma expressão oficial, especial e única para caracterizar esse relacionamento com a Rússia. Falam de uma “Parceria estratégica abrangente de coordenação para a nova era.”
É o pior pesadelo dos anglo-sionistas, e a respectiva mídia sionista faz de tudo para ocultar o fato de que Rússia e China são, sim, para todas as finalidades práticas, aliadas estratégicas. Tentam até, empenhadamente, convencer o povo russo de que a China seria ameaça à Rússia (usam os argumentos mais ridículos, mas nada disso é importante). A coisa não funcionará, mesmo que alguns russos tenham alguns medos relacionados à China, porque o Kremlin sabe dos fatos e da verdade desses assuntos e continuará a aprofundar cada vez mais o relacionamento simbiótico da Rússia com a China. E não só isso.
Hoje já parece que o Irã está sendo admitido gradualmente nessa aliança. Já temos disso a confirmação mais oficial possível, em palavras do general Patrushev enunciadas em Israel depois de se reunir com funcionários dos EUA e de Israel: “O Irã sempre foi e continua a ser nosso aliado e parceiro.”
Poderia estender muito a lista dos vários sinais do colapso do Império Anglo-sionista, e dos sinais de que uma nova ordem paralela internacional mundial está em processo de construção bem aí, diante de nossos olhos. Já fiz isso muitas vezes e não repetirei aqui (os interessados podem clicar aqui e aqui). Direi então que os anglo-sionistas chegaram a um estágio terminal de degeneração no qual o “se” da pergunta é substituído por “quando?”. Mas ainda mais interessante seria examinar o “quê?”: o que realmente significa o colapso do Império Anglo-sionista?
Raramente vejo essa questão ser discutida; e quando é, a discussão só visa a repetir e repetir, para ‘garantir’ que o Império não, de modo algum, jamais colapsará; que é poderoso demais, rico demais e grande demais para desandar, e que as atuais crises políticas nos EUA e Europa resultarão em mera transformação reativa do Império, tão logo os problemas específicos que o atingem tenham sido devidamente resolvidos. Esse tipo de irracionalidade delirante absolutamente nada tem a ver com a realidade. E a realidade do que tem lugar agora, aí, diante de nossos olhos é muito, muito, muito mais dramática e seminal do que alguns poucos problemas simples, que ganhem remendos aqui e ali, e tudo possa continuar alegremente como sempre foi.
Um dos fatores que nos induzem a uma espécie de relaxamento complacente é que já vimos tantos outros impérios colapsar ao longo da história para, em seguida, serem substituídos bem rapidamente por outro império, que não conseguimos nem imaginar que o que acontece hoje é fenômeno muito mais dramático: estamos vivendo o trânsito gradual rumo à irrelevância, de uma civilização inteira!
Mas comecemos por definir nossos termos. Diferente do que ensinam escolas ocidentais obcecadas com engrandecer o ‘ocidente’, a civilização ocidental não tem raízes em Roma nem, e menos ainda, na Grécia antiga. Fato é que a civilização ocidental nasceu da Idade Média em geral e, muito especialmente, do século 11, o qual, coincidentemente assistiu à seguinte sequência de passos empreendidos pelo Papado:
1054: Roma separa-se do resto do mundo cristão, no chamado Grande Cisma;
1075: Roma adota os chamados Decretos Papais; e
1095: Roma lança a Primeira Cruzada.
Esses três eventos tão intimamente relacionados entre eles têm importância absolutamente decisiva para a história do ocidente. O primeiro passo que o ocidente tinha de dar era libertar-se da influência do restante do mundo cristão. Tão logo foram quebrados os laços entre Roma e o mundo cristão, foi fácil e lógico que Roma decretasse que o Papa passava a ter os mais incríveis superpoderes, maiores que tudo que qualquer bispo até então se atrevera a imaginar. E por fim, a nova autonomia e a ânsia de controle absoluto sobre todo o planeta resultou no que bem se pode definir como “a primeira guerra europeia imperialista”: a Primeira Cruzada.
Dito sucintamente: os francos do século 11 foram os verdadeiros pais da moderna Europa “ocidental”; e o século 11 marcou a primeira “guerra estrangeira” (para usar termo moderno) imperialista. Ao longo dos séculos mudou o nome do Império dos Francos, mas não a natureza, a essência ou o propósito. Hoje, os verdadeiros herdeiros dos francos são os anglo-sionistas (para discussão realmente *soberba* do papel dos francos na destruição da verdadeira, antiga civilização cristã romana do ocidente, ver aqui).
Ao longo dos mais de 900 anos seguintes, muitos diferentes impérios substituíram o Papado dos Francos, e muitos países europeus viveram “momentos de glória” com colônias no além-mar e alguma espécie de ideologia que, por definição e axioma se autodeclarava o único bem (ou mesmo “o único cristão”), com o resto do planeta vivendo em condições não civilizadas e de modo geral terríveis, as quais só poderiam ser mitigadas pelos que *sempre* acreditaram que eles, a religião deles, a cultura deles ou a nação deles teriam algum tipo de papel messiânico na história (chamem de “destino manifesto” ou de “a carga que o homem branco tem de suportar às costas”, ou deKulturträger [al. no orig., “portador de cultura”]), todos eles sempre em busca de um Lebensraum [al. no orig., aprox. “espaço vivo”, “habitat”] muito perfeitamente merecido; “eles” aí, são os europeus ocidentais.
Parece que a maioria das nações europeias tentaram a sorte na empreitada de converter-se em império e em guerras imperialistas. Mesmo miniestados modernos como Holanda, Portugal ou Áustria já tiveram seus dias como temidas potências imperiais. E cada vez que caiu um Império Europeu, lá estava outro para assumir aquele lugar.
Mas… e hoje?
Quem, imaginam vocês, poderia criar império suficientemente poderoso para preencher o vazio resultante do colapso do Império Anglo-sionista?
A resposta canônica é “China.” Para mim, não faz sentido, é nonsense.
Impérios não podem ser exclusivamente comerciais. O comércio, só ele, não basta para manter viável um império. Impérios também precisam ter força militar, mas o tipo de força militar que torna fútil qualquer resistência. A verdade é que NENHUM país moderno está sequer próximo de ter as capacidades necessárias para tomar o papel dos EUA na função de Hegemon Mundial: nem se se somassem as forças militares russas e chinesas se chegaria àquele resultado, porque esses dois países não têm:
1) suficiente rede mundial de bases (que os EUA têm, entre 700 e 1.000 bases, dependendo de como você conte);
2) capacidade importante para projetar poder estratégico por ar e por mar; e
3) suficiente rede dos chamados “aliados” (na verdade, fantoches coloniais) que sempre ajudarão em qualquer deslocamento de força militar.
Mas ainda mais crucialmente importante que isso: China e Rússia não têm desejo algum de voltar a ser império. Esses dois países finalmente compreenderam a verdade eterna segundo a qual impérios são como parasitas que se alimentam do corpo que os hospeda.
Sim, não apenas todos os impérios são sempre e inerentemente maus, como tampouco seria difícil demonstrar que as primeiras vítimas do imperialismo são sempre as nações que “hospedam o império”, por assim dizer.
Ah, sim, claro, chineses e russos desejam que o próprio país seja realmente livre, poderoso e soberano; e compreendem que isso só é possível quando o país conta com forças armadas realmente capazes de conter um ataque, mas nem China nem Rússia tem qualquer interesse em policiar o planeta ou em impor mudança de regime a outros países. A única coisa que China e Rússia realmente querem é salvarem-se, os próprios países, da agressão norte-americana. É isso.
Essa nova realidade é especialmente visível no Oriente Médio, onde países como EUA, Israel ou Arábia Saudita (o chamado “Eixo da Gentileza”) só tem capacidade militar para massacrar civis ou destruir a infraestrutura dos países, mas não tem suficiente capacidade militar para lançar-se contra as duas reais potências regionais – Irã e Turquia –, porque essas potências regionais têm poder militar moderno e efetivo.
Mas o teste crucial e mais revelador foi a tentativa dos EUA para subjugar a Venezuela e forçá-la de volta à submissão. Apesar de todas as ameaças fedendo a enxofre feitas por Washington, todo(s) o(s) “plano(s) (?) de Bolton” para a Venezuela resultaram em muito embaraçoso fracasso.
Se a Única “Hiperpotência” do planeta não consegue subjugar nem um país tremendamente enfraquecido e bem ali, no seu quintal, e país que enfrenta crise gravíssima… fica provado que as Forças Armadas dos EUA estão obrigadas a se conformar com só invadir pequenos países como Mônaco, Micronésia e talvez o Vaticano (supondo que a Guarda Suíça resista à tentação de dar uns tiros no traseiro dos representantes da “nação indispensável”).
Fato é que um número crescente de países de tamanho médio estão hoje adquirindo gradualmente os meios para resistir a um ataque dos EUA.
A pergunta é: em que pé estamos, se já se lê escrito pelos muros que se esgota o tempo do Império Anglo-sionista, e não se vê país à vista para substituir os EUA como hegemon imperial mundial?
A resposta é que 1.000 anos de imperialismo europeu estão chegando ao fim!
Dessa vez, nem Espanha nem Reino Unido nem Áustria tomarão o lugar dos EUA nem tentarão tornar-se hegemon planetário. De fato, não há nenhuma nação europeia que tenha capacidade militar sequer remotamente capaz de promover ações do tipo “pacificação colonial”, indispensáveis para manter colônias em estado de permanente desespero e terror. Os franceses emitiram o último vagido na Argélia; o Reino Unido, nas Falklands; a Espanha não consegue nem recuperar Gibraltar; e a Holanda nem tem Marinha de verdade, da qual valha a pena falar. Quanto a países da Europa central, estão muito ocupados lambendo botas do império agonizante e não lhes resta tempo para cuidar de se converterem em império (ok, talvez com exceção da Polônia, que sonha com algum tipo de Império Polonês entre o Báltico e o Mar Negro. Que sonhem; sonham com isso há séculos, e continuarão a sonhar com isso ainda por muitos outros séculos…).
Agora compare as forças armadas europeias e o tipo de forças armadas que os EUA podem encontrar na América Latina ou na Ásia. Há uma suposição tão irrefletida de superioridade na maioria dos anglos, que sequer veem completamente que países de médio e pequeno porte podem desenvolver forças armadas suficientes para tornar impossível uma invasão dos EUA; ou, pelo menos, para tornar qualquer ocupação proibitivamente cara em termos de vidas humanas e dinheiro (ver aqui, aqui e aqui). Essa nova realidade também torna quase completamente inútil a típica campanha de mísseis e ataques aéreos dos EUA: destruirão muitos prédios e pontes, converterão as estações de TV locais (“pontos de propaganda”, na terminologia imperial) em pilhas gigantes de escombros fumegantes e cadáveres, matam muitos inocentes, mas nem assim obterão algum tipo de mudança de regime.
O fato a observar é que se aceitarmos que a guerra seja a continuação da política por outros meios, também temos que admitir, que sob essa definição, as forças armadas dos EUA são totalmente inúteis, pois não conseguem ajudar os EUA a alcançar quaisquer objetivos políticos significativos.
Verdade é que, em termos militares e econômicos, o “ocidente” já está derrotado. E não faz qualquer diferença que quem compreende isso não diga, e que os que falam sobre isso (só para negar, é claro) nada compreendam do que está realmente acontecendo.
Em teoria, poderíamos imaginar que algum tipo de líder forte chegaria ao poder nos EUA (os outros países ocidentais são totalmente irrelevantes), esmagaria neoconservadores, como Putin esmagou os neoconservadores na Rússia, e evitaria o colapso brutal e repentino do Império. Mas não vai acontecer. Se há coisa que as últimas duas décadas provaram para além de qualquer dúvida razoável é que o sistema imperial é totalmente incapaz de se autorreformar, apesar de gente como Ralph Nader, Dennis Kucinich, Ross Perrot, Ron Paul, Mike Gravel ou, mesmo ,Obama e Trump – todos esses homens que prometeram mudança significativa e que foram realmente impedidos pelo sistema de alcançar qualquer resultado significativo.
Implica dizer que o sistema ainda é 100% eficaz, pelo menos dentro dos EUA: os neoconservadores precisaram de menos de 30 dias para esmagar Trump e todas as suas promessas de mudança. E já conseguiu, até agora, que Tulsi Gabbard se curvasse e cedesse à ortodoxia e aos mitos políticos absolutamente obrigatórios dos neoconservadores.
Assim sendo, o que acontecerá a seguir?
Simplificando: a Ásia substituirá o Mundo Ocidental. Mas – e isso é crucial – desta vez nenhum império aparecerá para substituir o Império Anglo-sionista. Em vez disso, uma coalizão fluida e informal de países principalmente asiáticos oferecerá um modelo econômico e civilizacional alternativo e imensamente atraente para o resto do planeta.
Quanto ao Império, ele se dissolverá muito efetivamente; e lentamente se tornará irrelevante. Tanto os americanos como os europeus terão, pela primeira vez na história, de se comportar como pessoas civilizadas. Significa que o seu tal tradicional “modelo de desenvolvimento” (saquear todo o planeta e roubar tudo de todos) terá de ser substituído por outra coisa, alguma espécie de arranjo pelo qual norte-americanos e europeus terão de trabalhar como todos os outros, para acumular riqueza. Essa ideia horrorizará absolutamente as atuais elites dominantes imperiais, mas aposto que será bem recebida pela maioria dos povos, especialmente quando este “novo” modelo (para eles) provar que gera mais paz e prosperidade do que o anterior!
De fato, se os neocons não explodirem o planeta num holocausto nuclear, EUA e Europa sobreviverão, mas somente depois de um doloroso período de transição, que pode durar uma década ou mais. Um dos fatores que complicarão imensamente a transição do Império para a situação de país “normal” é profunda influência que tiveram sobre as culturas ocidentais os 1.000 anos de imperialismo, especialmente sobre os EUA já completamente megalomaníacos (a série de conferências do Professor John Marciano, “Empire as a way of life” [Império como modo de vida] discute magnificamente esse tópico – recomendo vivamente!). Um milênio de lavagem cerebral não é coisa que se supere facilmente, especialmente quando já penetrou no nível subconsciente.
Finalmente, a reação bastante desagradável que se vê contra o multiculturalismo imposto pelas elites dominantes ocidentais, não é menos patológica, para começar, este o próprio multiculturalismo corrosivo. Refiro-me às novas teorias que “revisitam” a Segunda Guerra Mundial e encontram inspiração em tudo que tenha a ver com o TerceiroReich, incluindo um renascimento das teorias racistas/racialistas.
É especialmente ridículo (e ofensivo) quando vem de gente que tenta fazer-se passar cristãos, mas cujos lábios, em vez de orações, só bobagens semelhantes às de 1488. Essas pessoas representam precisamente o tipo de “oposição” que os neoconservadores amam ter pela frente, e que os neoconservadores sempre (e quando digo “sempre” é *sempre* mesmo) acabam derrotando. Esta oposição (que se faz de oposição; de fato, são idiotas úteis) permanecerá forte enquanto permanecer bem financiada (o que ela hoje é). Mas assim que a atual megalomania (“Nós somos a Raça Branca! Nós construímos Atenas e Roma! Nós somos Evropa!!!”) cair de cara inevitavelmente no chão, as pessoas recuperação a sanidade e perceberão que o atual estado do ocidente não é coisa que se possa atribuir a algum bode expiatório externo. A triste verdade é que o ocidente fez tudo isso a si mesmo (principalmente por orgulho e arrogância!).
As atuais ondas de imigrantes nada são além de 1.000 anos de carma de sofrimento e dor sendo devolvidos para onde tudo começou. Não quero sugerir que as pessoas no Ocidente seriam individualmente responsáveis pelo que está acontecendo agora. O que digo é que todas as pessoas no Ocidente vivem hoje com as consequências de 1.000 anos do mais desenfreado imperialismo.
Será difícil, muito difícil, mudar de rumo, mas uma vez que essa é também a única saída viável, é o que vai acontecer, mais cedo ou mais tarde.
Mas ainda assim, há esperança. Se os neoconservadores não explodirem o planeta, e se a humanidade tiver tempo suficiente para estudar a própria história e entender onde enveredou pela trilha errada, então talvez, apenas talvez, haja esperança.
Acho que todos podemos encontrar consolo no fato de que por pior, mais feio, estúpido e maligno seja ainda o Império Anglo-sionista, é o último. E não haverá outro império para substituí-lo.
Em outras palavras, se sobrevivermos ao império atual (o que absolutamente não é garantido!), então, pelo menos, poderemos afinal, olhar para um planeta sem impérios, feito só de países soberanos.
Entendo que esse é futuro pelo qual vale a pena lutar.
[assina] The Saker
Be First to Comment