Desesperado: o império em ruínas parte para a guerra e o terror biológico

Por Ricardo Guerra para o Saker Latinoamérica e PLR – 1º de junho de 2022

O imperialismo, da forma como conhecemos, surgiu relacionado à política (neo)colonizadora praticada no século XIX pelos países europeus na África, na Ásia e na Oceania – assim como pelos EUA em relação à América Latina.

No que se refere aos EUA, essa política foi ampliada para uma perspectiva global quando o país assumiu a condição de superpotência – após a Segunda Guerra mundial.

O imperialismo revela muito mais que uma postura racista – fundamentada na crença da própria superioridade (moral, espiritual, política e/ou cultural) – usada como pretexto para justificar o voraz ímpeto expansionista e a busca por anexações:

  • Demandando um intenso processo de exploração de pessoas e territórios por parte das potências capitalistas;
  • Que vão estabelecendo a partilha de toda a terra, através da negociação de territórios já explorados em “acordo”, ou a partir da disputa aberta – através de guerras.

Os EUA seguiram à risca essa cartilha:

  • E, orientados pelo lema “a América para os americanos” – a denominada Doutrina Monroe – realizaram inicialmente uma grande investida intervencionista em busca de expansão e dominação territorial, política e cultural por toda a América Latina;
  • Alegando ser esse “o seu destino manifesto” e, portanto, algo garantido para si como “direito”.

Mas não pararam por aí:

  • Auto intitulando-se “o povo eleito por Deus”, os EUA decidiram não apenas colocar sob seu jugo o continente americano;
  • E, posteriormente, foram avançando sobre as demais áreas do globo, submetendo nações (impositivamente) ao seu modo de vida, “como se essa fosse sua “missão natural no planeta” (Doutrina do Destino Manifesto e excepcionalismo americano).

Na realidade, o objetivo intrínseco dessa doutrina é apenas justificar gananciosos interesses relacionados ao domínio e ao poder no campo das relações internacionais:

  • Não difere muito da retórica nazista quanto à ideia de superioridade;
  • E a disposição para se impor através de guerras – subjugando e punindo aqueles que consideram seus oponentes.

O sistema capitalista funciona assim e a super exploração das (neo)colônias, na periferia do sistema, se estabelece exatamente para assegurar super lucros para os países capitalistas centrais:

  • Um mecanismo de controle do sistema de exploração global que cria condições para que uma parte ínfima da população planetária viva em extraordinária condição e conforto;
  • Enquanto milhões de cidadãos mundo afora, particularmente na América Latina e Oriente Médio (mas não apenas aí) necessariamente viverão em condições sub-humanas e indignas de vida.

A fusão entre o capital financeiro e o capital industrial deu ao imperialismo uma nova configuração e trouxe como consequência a formação de associações internacionais de monopólios capitalistas, cartéis oriundos do processo de concentração de riqueza próprio do desenvolvimento do capitalismo – que se acelera acentuadamente nos momentos de crises.

Dessa forma, a política imposta pelo imperialismo determinou uma importante mudança nas relações econômicas no mercado mundial, desde que a sua configuração passou a ter como base a formação desses gigantescos cartéis que passaram a dominar o mundo.

Ao invés de exportar mercadorias a partir das matrizes, os capitalistas passaram a exportar capitais:

  • Explorando os países atrasados do ponto de vista do desenvolvimento capitalista;
  • De onde extraem matérias primas (praticamente de graça) e utilizam mão de obra numa condição de quase escravidão.

Tudo isso vem se agravando desde a Segunda Guerra Mundial, quando a perspectiva intervencionista estadunidense avançou, e uma política externa semelhante à adotada na América Latina foi estabelecida em nível mundial – e os EUA assumiram a prerrogativa de interferir em qualquer parte do Planeta:

  • Em busca pela incorporação dos países da periferia do sistema capitalista ao seu ambiente econômico e sistema político;
  • Exigindo reformas pró-liberalização econômica;
  • E tirando a capacidade de controle sobre as economias e a soberania para poder formular políticas de acordo com a especificidade de cada realidade social local.

Agora que o modelo econômico de expansão faliu e a maior crise enfrentada pelo capitalismo em todos os tempos segue firme o seu fluxo de agravamento:

Desesperadamente partindo para a guerra aberta, para não perder o controle do mundo, além de apertar ainda mais o cerco sobre a América Latina, principalmente aumentando o controle sobre o Brasil:

Na América Latina e no Brasil, com o apoio das oligarquias apátridas locais (representantes de vários espectros no empresariado, no campo político, no campo jurídico e nas Forças Armadas), os EUA impõem a “paz imperialista” – principalmente utilizando dois mecanismos orientados para o impulsionamento da pauta autoritária e para o controle total dos aparatos estatais, ao moldo do Patriot Act e do modelo pinochetista de Estado:

Ou seja, a política do imperialismo para a América Latina é impor governos que fazem bravatas de cunho nacionalista e promovem falsos discursos patrióticos, enquanto vão imprimindo a agenda imperialista de financeirização da economia e imposição da ideologia neoliberal, e metem a porrada na população.

Para o resto do planeta, com a descoberta do desenvolvimento de armas biológicas na Ucrânia, fica evidente que a política do imperialismo é a terceirização das guerras e o financiamento de programas de armas biológicas em diversos países.

Aí entra o papel da inteligência que define e arquiteta estratégias para que os EUA possam matar e causar destruição em qualquer lugar do mundo, sem dar um único tiro:

Essas aves são conhecidas por fazer caminhos específicos para o continente africano e sudeste da Ásia, e também voos que partem do Canadá para a América Latina – na primavera e no outono:

  • Durante seu longo voo, seu movimento é o tempo todo monitorado por meio de satélites, e sua localização exata é determinada (quando quiserem);
  • O pássaro é morto no momento que desejarem e as doenças se espalham, sem nenhum custo militar, econômico e político.

Esse ato imoral e desumano, que é relacionado como crime pelo direito internacional e considerado como arma de destruição em massa:

Na proporção que os escândalos estão aumentando, os EUA começam a diminuir o tom hostil em relação à Rússia, e ao que parece, já tentam até estabelecer uma reaproximação:

  • Provavelmente na esperança de chegar a um acordo político que os protejam;
  • Negociando um armistício vantajoso para as duas potências.

Enfim, o capitalismo está por um fio e o imperialismo não exitará em aumentar, cada vez mais, o massacre ao qual submete desumanamente povos e nações.

Na iminência de perder o controle do mercado global e a sua hegemonia mundial:

A propaganda e as políticas burguesas nos levaram a essa situação de massacre e guerra:

Organizar e mobilizar as massas para a luta anti-imperialista é o caminho para sedimentar o resgate da solidariedade, do compartilhamento e da colaboração e cooperação na humanidade – e isso necessariamente precisa se estabelecer sob a perspectiva de um equilíbrio geopolítico entre as nações.


Ricardo Guerra é cronista anti-imperialista. Articulista da Gazeta Revolucionária, da Primera Línea Revolucionária América Latina, da Rádio Expressa e da Rádio Revolução Latino-americana.

3 Comments

  1. Berto said:

    PARA O BOLSONARO GANHAR

    basta sempre falar da ligação entre a esquerda, a mídia, o judiciário e o tráfico de drogas.

    Falar que os Marinho da Globo lavam dinheiro do tráfico.

    Que a esquerda é paga para defender o tráfico e bandidos de rua que alimentam o tráfico

    Que juízes, além dos salários de marajás, recebem dinheiro do tráfico para soltar traficantes

    1 June, 2022
    Reply
    • Quantum Bird said:

      Será que basta isso? Se for assim significa que 50% + 1 dos brasileiros são estupidos patologicos, além de cegos.
      Não acredito nisso. Ademais, ele pode muito bem ser alvo de ataque similar.

      6 June, 2022
      Reply
  2. Berto said:

    *Enéas dizia que George Soros é o maior traficante do mundo.
    *Fontes informam que GS é só um laranja da JP Morgan.
    *Navios da JP Morgan transportam cocaína. JP Morgan também financiava o nazismo alemão, o qual fazia uso de metanfetamina no campo de batalha.
    *George Soros financia ONGs, partidos e ativistas do “Direito dos Manos”.
    *Os ativistas dos “direitos humanos” e partidos como PSOL defendem traficantes com unhas e dentes.
    *Juízes e promotores defendem traficantes e impedem a polícia de agir contra viciados (estão recebendo dinheiro dos traficantes para atrapalhar a polícia no combate ao tráfico?).
    *Já é sabido que banqueiros dos EUA controlavam o tráfico de drogas na América Latina.
    *A CIA traficava cocaína para pagar esquadrões da morte na Nicarágua.
    *O agente da DEA Kiki Camarena foi morto pela CIA depois de descobrir que o serviço de inteligência estava traficando cocaína.
    *Pablo Escobar trabalhava com a CIA até ser traído por quebrar o acordo de jogar o dinheiro do tráfico em Wall Street.
    *A Inglaterra se tornou uma potência econômica também por meio do tráfico de drogas, principalmente o tráfico de ópio entre Índia e China. Inclusive criou um banco, HSBC, para lavar dinheiro do tráfico de ópio.
    *Os EUA invadiram o Afeganistão e logo aumentaram a produção de papoulas e ópio em 4000%. O dinheiro do tráfico ajuda a pagar o exército americano e as operações da CIA.
    *As igrejas pentecostais são conhecidas por lavarem dinheiro do tráfico e por isso tem tanto traficante pentecostal balançando bandeira de Israel.
    *Wall Street e a City de Londres lavam os trilhões de dólares gerados por tráfico

    1 June, 2022
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