Ninguém derrotará Trump [e Bolsonaro pode ser reeleito], desse jeito

13/6/2020, Moon of Alabama

Em Counterpunch o Professor David Schultz vê uma fratura definitiva na coalizão que reúne Partido Democrata, trabalhismo e luta por direitos civis:


George Floyd assassinado por um policial em Minneapolis não é questão de morte de um único negro. Esse assassinato matou também uma aliança incômoda mas histórica, que une Partido Democrata, sindicatos e o movimento por direitos civis. A reação à morte de George Floyd está pondo fim aos últimos vestígios da coalizão histórica do New Deal que definiu a política progressista nos EUA por pelo menos 50 anos, e dá início a uma era na qual parece agora que o Partido Democrata e a comunidade dos direitos civis, separam-se dos trabalhistas e dos sindicatos.

Quando foi a última vez em que esses milionários empanturrados de poder político fizeram coisa semelhante pela classe trabalhadora?

A ‘zona autônoma’ em Seattle parece ser governada por ‘Black Lives Matter’:


Vêm de vários grupos e interesses, de organizadores de Black Lives Matter a grupos de trabalhistas e de vizinhos. Muitos querem que o prédio da delegacia de Polícia seja convertido em centro comunitário, e que grande parte dos fundos que mantêm o departamento de Polícia sejam redirecionados para serviços sociais e de saúde.

“O que você vê aqui é gente que se reúne e se ama” – disse Mark Henry Jr. de Black Lives Matter. “E vejo gente vinda de várias caminhadas da vida… aprendendo uns com os outros.”


A zona foi criada depois que os policiais abandonaram o prédio da delegacia de Capital Hill.


A Chefa de Polícia Carmen Best disse que a decisão de abandonar o prédio da delegacia de Capitol Hill não foi dela e que [a decisão] irritou-a.


Se é assim, quem ordenou que os policiais saíssem do prédio?

Pepe Escobar suspeita que os Democratas estejam usando a ‘zona autônoma’ como método de ‘revolução colorida’, para criar maior distância entre eles e Donald Trump:


“A Zona Autônoma de Capital Hill [ing. Capital Hill Autonomous Zone (CHAZ)] é apoiada pela prefeitura de Seattle – governada por um Democrata – e pelo governador do estado de Washington, também Democrata.

Não há qualquer possibilidade de o estado de Washington vir a usar a Guarda Nacional para esmagar a CHAZ. E Trump não pode dar ordens à Guarda Nacional do estado de Washington sem a aprovação do governador, por mais que tuíte “Retomem a cidade de vocês JÁ. Se não a retomarem, eu retomarei. Não é brincadeira.”

É esclarecedor observar que “contrainsurgência” pode ser aplicada no Afeganistão e áreas tribais; para ocupar o Iraque; para proteger o saque de petróleo/gás no leste da Síria. Mas não em casa. Ainda há 58% dos norte-americanos que realmente apoiam a “contrainsurgência” em casa: para muitos desses, a Comuna pode ser tão ruim, se não pior, que os saques.

Mas há também os que se opõem firmemente. Dentre eles o “Açougueiro de Fallujah” Mattis-Cachorro-Louco; os militantes da revolução colorida reunidos no NED; a Nike; o banco JP Morgan; todo o establishment do Partido Democrata e virtualmente todo o establishment do Exército dos EUA.”


Escobar destaca ‘Black Lives Matter’ como organização sem verdadeiro programa político, pelo menos se comparada aos movimentos dos anos 1960s. É mantida por dinheiro de empresas e pela fundação Ford.

O botão de Doações na página do movimento leva à página de Act Blue, serviço de coleta de doações que também trabalha para as campanhas de Sanders e Biden.

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ATENÇÃO: 
(1) A página Factcheck de verificação de fakenews informa que “doações para BLM não vão para o Comitê Nacional Democrata [ing. DNC].

ATENÇÃO: (2) A doação, pela plataforma Act Blue, não recolhe fundos só para a CHAZ: no caso de “BLM” a plataforma recolhe fundos para uma “Rede Black Lives Matter Global”, dentre outros clientes.

ATENÇÃO: (3) Sobre as impressões de Pepe Escobar sobre “Black Lives Matter” no artigo acima referido, ver também – importante – a fala de Brian Meers, em @247, dia 12/6/2020, em 1h01’30, com informações e avaliações diferentes das de Pepe Escobar.

A fala de Brian Meers está absolutamente de acordo com o que se lê nos parágrafos finais da matéria de Factcheck sobre OUTRO movimento Black Lives Matter, que, como lá se lê, nada teria a ver com o BLM do qual se fala hoje.

Esse assunto permanece aberto, a ser esclarecido [NTs]
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Será que os Democratas creem que possam vencer a eleição com essa ‘estratégia de agitação e tensionamento’ contra um Trump-da-lei-e-ordem’?

Se creem, estão cometendo imenso erro.

A ‘maioria silenciosa’ que elegeu Nixon reelegerá Trump [talvez até, Bolsonaro (NTs)].*******

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