Mini SITREP — A Revolução Paquistanesa está chegando?

Joaquim Alves para o Saker Latinoamérica — 24 de maio de 2022

Imagem de capa: Jalsa em Kohat, com bandeiras do Pakistan Tehreek-e-Insaf e do Paquistão tremulando ao vento.

“Quando um país perde seus valores morais, esse país está no caminho da autodestruição”. Imran Khan

Caros leitores da Comunidade Saker Latinoamerica, eis mais um Mini SITREP trazendo a vocês os recentes acontecimentos relacionados às mobilizações populares que tomaram o Paquistão após a deposição de Imran Khan do cargo de Primeiro Ministro.

A situação política dessa semana foi intensa, tanto em relação aos inúmeros comícios e campanhas realizadas pelo PTI, como pelo aumento de tensão social decorrente da crise que o país entrou após a mudança de governo e o seu posterior questionamento nas ruas.

Seguiremos o nosso padrão de exposição colocando em primeiro lugar um relato de imagens e vídeos sobre os comícios e reuniões para depois tecer alguns comentários sobre os reflexos do tensionamento político no país entre Imran Khan e o governo de Shehbaz Sharif.

15 de maio

Jalsa de Faisalabad.

Mais uma vez, parte da população ficou de fora do espaço da Jalsa.

Preparação para o comício de Kohat.

Trabalhadores realizam comício preparatório sob comando do Pervez Khattak, membro do PTI.

Preparativos para a Jalsa de Sawabi.

Campanha de rua no bairro de Nazimabad, cidade de Carachi, promovida por Ali Haider Zaidi, presidente do PTI no distrito de Sindh.

Comício da Liga Muçulmana em Guharat vazio. Foi motivo de chacota por parte dos militantes do PTI.

https://twitter.com/ArsalanGhumman/status/1525869771954307074

https://twitter.com/QasimKhanSuri/status/1525860314431967232

Logo depois, os militantes do PTI descobriram que no fim das contas o quadros PLM-N forjaram que havia chovido no local para justificar a ausência do público.

16 de maio

Jalsa de Sawabi.

https://twitter.com/Lalika79/status/1526257767207645185/photo/4

Encontro da comunidade de advogados que irão fornecer apoio aos trabalhadores a possíveis incidentes das forças de repressão.

Comício de trabalhadores liderados por membros do PTI em Karak.

Campanha de relações públicas entregando mensagens do PTI em Islamabad.

Campanha de porta em porta em Gujranwala realizado pela presidente das Mulheres do PTI de Punjab, Munaza Hassan.

Imran Khan realizou denúncias no comício de Sawabi em relação tema da participação do país na guerra do Afeganistão. Khan mencionou que houve 80 mil pessoas mortas 3,5 milhões deslocadas. Condenou a atuação dos EUA no processo, bem como cobrou agradecimento pelas vítimas causadas.

https://threadreaderapp.com/thread/1526252711313756160.html

17 de maio

Jalsa de Kohat.

Conferência online no Twitter Space com o Presidente do PTI do Distrito de Sindh, Ali Zaidi.

18 de maio

Jalsa de Gujranwala.

No mesmo dia havia ocorrido a Conferência no Lahore Bar Association com a participação de Khan. O local ficou lotado.

Ademais, ocorreram comícios em outros locais em apoio a jalsa de Gujranwala. A exemplo do evento em Lahore, levado a cabo por lideranças sêniores do PTI.

Outro comício dos trabalhadores na cidade de Haripur.

19 de maio

Convencão da Ala das Mulheres do PTI em Multan para organizara a Grande Marcha para Islamabad.

20 de maio


Jalsa de Multan.

Comício em Carachi em apoio a Jalsa de Multan. Os comícios espontâneos em Carachi são organizados diretamente pelas mulheres.

Comício em Islamabad.

Policiais entrando em áreas de dispersão após o comício de Multan

21 de maio


A Dra. Shiren Mazari, ex-ministra dos direitos humanos durante o governo Khan e liderança sêmior do PTI foi presa pela polícia feminina a mando do Chefe de Justiça do Departamento anticorrupção, Athar Minallhan. Mazari denunciou que houve tortura no processo. Houve resposta imediata por parte do PTI, que ameaçou o governo com novos protestos, onde alguns chegaram a acontecer deforma espontânea. A Dra. Mazari foi liberada logo depois.

https://arynews.tv/shireen-mazari-arrest-pti-announces-countrywide-protests/

Ainda aconteceu um comício realizado em Rawalpindi comandado pela liderança sênior Ali Muhammad Khan

22 de maio

Imran Khan comandou uma conferência do comitê centro do PTI em Peshawar.

Governo de Khyber Pakhtunkhwa declarou emergência após um incêndio numa região florestal. Três pessoas morreram e quatro ficaram feridas durante o incidente.

https://www.radio.gov.pk/22-05-2022/kp-govt-declares-emergency-after-raging-of-fire-at-koh-e-sulaiman

O Governo da Província de Khyber Pakhtunkhwa lançou o KPK Insaf Food Card Program 2022. Esse programa de alívio à pobreza foi criado como programa de partido e atende a população mais vulnerável. O programa atenderá um milhão de famílias pobres, cerca de 5 milhões de pessoas.

E mais comícios locais foram realizados, desta vez no distrito de Kangapur.

Comentários finais

Em primeiro lugar, como sempre fazemos, é destacar o altíssimo nível de organização que o Pakistan Tehreek-e-Insaf vem mostrando. Como esse ponto está em sendo motivo de grande atenção nos SITREPs anteriores, os relatos de imagens e vídeos demonstrados acima evidenciam como a dinâmica partidária liderada por Imran Khan tem um real movimento de base e de agitação popular.

Estamos passando parte do que é observável pelas redes, pois na prática é impossível acompanhar toda essa densa dinâmica política em andamento. Foram realizados cinco comícios principais com a participação de Imran Khan num espaço de 7 dias. Ademais, houve inúmeros eventos menores e reuniões de organização realizadas por um amplo espectro de militantes, que vai desde as lideranças sêniores e os membros do comitê central, à militância de base trabalhando nas ruas junto a população.

Muitos eventos espontâneos são organizados pelas lideranças. Não é só Khan quem consegue mobilizar a população, os quadros do PTI no geral conseguem levar um grande número de pessoas às ruas e não se abdicam de fazer trabalhos de base quando necessário.

Panfleto do Insaf Students Federation Punjab organizando comícios preparatórios para a Grande Marcha de Islamabad


Da mesma forma que toda a mobilização está chamando a atenção de inúmeros analistas de geopolítica dentro e fora do país, podemos receber com espanto o completo silêncio por parte das organizações partidárias e revolucionárias mundo afora sobre essa tamanha demonstração de força popular.

Estão ignorando o que talvez seja o maior partido nacional popular do mundo hoje. Não à toa esse grupos passam por um imobilismo também inédito frente a pior crise do capitalismo desde a sua constituição, dado sua busca por uma situação ideal de ação que caiba de forma rígida na doutrina revolucionária, o que acaba por desconsiderar mobilizações populares com reivindicações legítimas, sendo estas também parte da luta de classes.

O outro ponto a ser destacado com maior atenção é a participação das mulheres não somente nas manifestações, como também no processo de agitação popular. Esse ponto ficou cada vez mais claro conforme o acompanhar das jalsas organizadas pelo PTI, além dos comícios preparatórios.

Apreciem a imagem abaixo da Conferência Feminina de Multan.

Espaço da Conferência Feminina na cidade de Multan

Um evento cheio, com ampla participação. Não somente, é notório o protagonismo desses grupos de mulheres em tomar posição de poder no PTI e participar dos grandes debates públicos. E não é só questão de retórica vazia. Temos o exemplo do vídeo abaixo da Zartaj Gul Wazir, membra do comitê central do partido, levantando o público numa fala inflamada no comício de Multan, no melhor estilo Eva Perón. Confira:

Aqui podemos apreciar um outro vídeo curto, com um grupo de mulheres advogadas construindo uma delegação de apoio ao Imran Khan em encontro presencial. A pretensão, tal qual a Lahore Bar Association, é dar apoio a mobilização popular e aos militantes que possam sofrer com medidas repressivas do governo.

Mais a frente, imagens de pessoas comuns, geralmente em famílias, indo aos comícios e se expressando das mais variadas maneiras, muitas vezes de forma emocionada.

“Essa criança dirá quando crescer que também contribuiu com minha parte nessa luta pela independência junto com Khan”

A evidência mais concreta sobre o que estamos tentando demonstrar nesse SITREP vem da imagem abaixo.

Mulheres da etnia pachto assistindo o comício de Sawabi no telhado de suas casas, com uma delas hasteando a bandeira do Pakistan Tehreek-e-Insaf

Essa é uma imagem com forte carga simbólica. É conhecido que as tribos pachto, um grupo étnico de origem iraniana e que vivem entre as regiões norte do Paquistão e sul-sudeste do Afeganistão, tem como um dos seus códigos a não participação das mulheres em ambientes externos, ou políticos.

Não estamos aqui a reproduzir uma antropologia estruturalista rasa. Segundo a antropóloga Lila Abu-Lughod, mesmo em sistemas familiares mais rígidos, como o são nessas tribos (por uma quantidade infindável de motivos ligados a tradição e mais recentemente também devido ao colonialismo), há inúmeras brechas onde as mulheres conseguem reproduzir estratégias de convivência, de educação (que geralmente é proibida) e de influência indireta na política, calcada na relação de confiança da família.

Essa breve contextualização é necessária. Pois estamos tentando expressar nesse relato não o nosso espanto, mas o do próprio povo paquistanês, em observância a participação das mulheres em reuniões publicas. Até onde nós conseguimos averiguar, é a primeira vez que se observa mulheres pachto do distrito de Sawab participando de um comício.

Não estamos acompanhando uma demanda nova sobre as reivindicações das mulheres em ampliar o espaço para entrar na política. Podemos conferir essa demanda a partir de reportagens antigas que já demonstravam a insatisfação das mulheres paquistanesas.

https://www.npr.org/2013/05/09/182647662/pakistani-women-still-struggling-for-a-voice-in-politics

A diferença é que Imran Khan deu ouvidos a essas reivindicações e começou a estimular a participação das mulheres na política de forma mais intensa. Há muitas mulheres em altos cargos dentro do PTI, incluindo relações próximas com Imran Khan. E o aspecto simbólico pesa mais nesse ponto, já que Khan também é um pachto. Pepe Escobar em sua última entrevista ao Richard Merdhurst observou que a etnia tem um histórico de eventos relacionados a perseguição de caráter étnico dentro do país.
https://www.youtube.com/watch?v=5mlFxcVItnQ&t=3089s

Logo, esse movimento do Khan que fomentar a emancipação da mulher, ao serem contrastadas com traços sociais que possam ser considerados retrógrados, tal qual existe em todas sociedades, contribuem para moldar os comportamentos em direção a relações mais equilibradas.

Ao que tudo indica, não parece ser o fato de uma mulher pregar o islã ou colocar um hijabe que a impede de participar na política. Aliás, como Frantz Fanon descreveu no seu texto “Argélia remove o Véu”(Argélia se Quita el Velo, do livro Sociologia de una Revolución), um dos escritos mais belos produzidos sob o ideário revolucionário marxista, em contexto de situação colonial, o véu se transmuta de uma visão de retrocesso colocada de forma distorcida pelo colonialismo, em uma ferramenta de enfrentamento ao colonizador, de reavivamento da cultural local frente a guerra cultural imperialista e, como consequência, um instrumento de luta anticolonial.

Aqui não estamos vendo uma política feminista com distorções liberais frente a necessária emancipação da raça humana, mas, ao contrário, uma participação efetiva das mulheres na tentativa de mudar os rumos do seu país e colocá-lo como uma nação independente, um processo que beneficiará a todos os cidadãos do país e não um grupo específico. E essa participação se dá dentro e fora do partido político, apoiando as reivindicações para eleições justas e enfrentando os aparelhos de repressão. Essa é a real luta emancipatória que as mulheres estão enfrentando no Paquistão hoje.

Outro ponto importante é a questão do desenvolvimento da economia do Paquistão no governo Khan antes da sua deposição. Houve umauerra de números a favor e contra o governo. Foi necessário aguardar análises mais robustas para compartilhar com os leitores.

Segundo informações do periódico paquistanês Dawn, há uma projeção de crescimento de 5,97% para o ano fiscal de 2021-2022, um número maior que o do ano fiscal anterior, onde atingiu a marca de 5,74. Para consulta detalhada sobre o crescimento em cada área (agricultura, indústria e serviços) tem o link abaixo.

https://www.dawn.com/news/1690400


Economistas tomaram a palavra em rádios e jornais para evidenciar que houve uma impulsão da economia sob o governo Khan. A exemplo do Dr. Ashfaq Hassan Khan, economista e colunista da mídia local, em entrevista ao Siasat, mencionando que a economia estava indo bem durante o governo Khan. Houve uma ampla divulgação dessas informações por parte da militância do PTI.

Para um país que é considerado predominantemente agrícola, o Paquistão conseguiu exportar um valor de aproximadamente US$2,2 bi em produtos de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Esse foi um processo cujo incentivo foi promovido por Khan. O resultado foi que dobrou o valor de exportação de TIC durante o seu governo.

Há também um infógrafo disponibilizado sobre a evolução econômica recente. Os números são semelhantes com os colocados na reportagem acima.

Infógrafo sobre o desenvolvimento dos setores econômicos no último ano fiscal(2021-22)

Da mesma forma que se evidencia que os supostos motivos de ‘arrumar o país’ bradado pela classe política para a deposição de Imran Khan não se sustentam. Menos ainda as ações recentes do novo governo, que mais parece estar induzindo o país a entrar em caos econômico, dada a perda do pragmatismo das relações diplomáticas com o alinhamento automático ao eixo dos interesses de City of London e Wall Street. Esse deslocamento está levando a um aumento das tensões diplomáticas, além da confirmação do congelamento dos acordos comerciais com a Rússia para obtenção de trigo e GNL. Agora o país vive em rodadas de escassez de energia e de água. Nessa situação de incerteza, o país está obtendo uma reciprocidade por parte de China e Rússia quanto aos acordos comerciais e relações diplomáticas, que também serão congelados conforme as dificuldades impedirem seu avanço.
https://oneworld.press/?module=articles&action=view&id=2903


Esse processo de deslocamento foi confirmado, dentre outros aspectos, por causa da recente visita do Ministro das Relações Exteriores Bilawal Bhutto Zardari aos EUA. Em conversa com o Secretário de Estado Antony Blinken, foi levantado o assunto sobre a comercialização de trigo e de recursos energéticos com os EUA. Quando esse assunto foi divulgado para o público amplo foram retomados os debates sobre as implicações do congelamento dos acordos de energia entre Rússia e Paquistão, que na verdade iniciaram em 2017 com o governo anterior sendo a Liga Muçulmana, o que indica ainda mais o caráter de grupos de interesses estarem atuando nas recentes decisões, mais que as proposições para o bem geral da sociedade paquistanesa. Depois de cerca de um mês do governo Sharif, o país está próximo de entrar em bancarrota.

Rúpia Paquistanesa perdendo valor após um mês da mudança do poder do país de mãos

Não a toa as tensões estão numa crescente. A crise desencadeada pelo processo de mudança do governo, junto com a tenacidade do partido deposto em colocar suas reivindicações nas ruas em processo de mobilização popular fez com que o governo reagisse de maneira desproporcional.

No dia que estamos a terminar esse escrito, a repressão aumentou brutalmente. A polícia paquistanesa está invadindo casas e prendendo membros do PTI sem mandato de busca. Denúncias que casas de mulheres foram invadidas com política de terror psicológico, incluindo em alguns casos mais extremos violência física.

Houve uma intensa patrulha policial invadindo casas de militantes e apoiadores do PTI para prendê-los e intimidá-los. São inúmeras as situações e denúncias que estão saindo nas redes sociais, muitas casas invadidas. Chegou a uma situação extrema, onde um policial tentou entrar na casa de um membro do exército aposentado pulando o muro. Este último pensou que era um ladrão invadindo e acabou matando o policial. É um exemplo que demonstra em qual nível de tensionamento político que o país se encontra.

Imran Khan denunciando a repressão governamental contra o seu partido.

Não somente a violência policial em cima de manifestantes pacíficos, a violência terrorista continua assolando o país. No início da semana passada houve uma explosão que ocorreu na Cidade de Carachi. Uma pessoa morreu e outras onze ficaram feridas. Esse é o terceiro registro que fazemos nos SITREPs de ataques terroristas com homens-bomba.

https://www.radio.gov.pk/16-05-2022/eleven-injured-in-karachi-blast

As tensões entre o PTI e o exército seguem. Estamos falando desde os SITREPs iniciais os relatos sobre membros das forças policiais e militares em crescente apoio as reivindicações de Imran Khan. Há uma atuação muito inteligente, apesar de arriscada, dada seu teor provocativo. Pois Khan percebe que a integridade do exército é importante, enquanto na disputa de poder, há um racha cada vez maior, já que o baixo escalão se mostra em sua maior parte favorável a Imran Khan, essa situação será exacerbada caso o governo mande as forças de segurança reprimir a população. Também pode ser uma oportunidade do PTI em tentar conquistar o exército no calor do momento.

“Eu digo ao exército que se eles são neutros, então permaneçam neutros. Imran Khan”

Aqui temos mais exemplos de membros das forças policiais resignando do cargo em apoio as reivindicações para eleições antecipadas.

Há um evidente incômodo por parte das Forças Armadas paquistanesas em relação a situação do país, fazendo com que o alto escalão tenha que dar declarações publicas sobre o valor das Forças Armadas e seus mártires, a exemplo desse vídeo do General Chefe do Exército Qamar Bajwa.

https://twitter.com/siasatpk/status/1526960790988890112

Não podemos deixar de pontuar que houve uma troca de informações entre as inteligências dos países quando a deposição de Khan, na qual o exército comunicou seu ‘aceite’ na tomada de decisão do judiciário, posteriormente do parlamento e nas relações diplomáticas. Fato este que deu segurança aos chefes de Estado em anunciar as boas vindas ao atual governo Sharif.
https://expert.ru/expert/2022/16/bitva-za-pakistan/

Esse momento de crescente repressão levou ao anúncio no último domingo da data para a Grande Marcha para Islamabad. O esperado comício será realizado no dia 25 de maio e em parte parece ter sido decidido no calor da escalada de repressão aos membros do PTI e de apoiadores.

Convite para a Grande Marcha de Islamabad

Esse é um vídeo em Islamabad a dias da Grande Marcha, com parte da cidade tomada por carros de apoiadores do PTI.

Por fim, Imran Khan foi a Peshawar para fazer caminhada junto a população e visita aos mercados locais. Khan estava sem esquema de segurança fortificado. Ao que tudo indica, essa visita não estava programada.

https://twitter.com/AsadKharal/status/1528715369967259653

Como podemos perceber, estamos num momento de polarização política que parece estar entrando num ponto de não retorno. O crescente processo de mobilização popular está resultando nas reivindicações inflamadas por parte da população em colocar na pauta central do país a necessidade da realização de eleições gerais. Por outro lado, o grupo que tomou o poder se encontra cada vez mais perdido frente a gigantesca crise que assola o país.


Seguiremos a acompanhar o desenrolar dessa crise política no Paquistão. Como a Grande Marcha para Islamabad ocorrerá no meio da semana, é provável que anteciparemos um Mini SITREP para dar conta de relatar esse importante evento para os leitores da Comunidad Saker Latinoamerica.

Povo paquistanês faz de tudo para ver Imran Khan

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