Lavrov: É fim de papo

13/10/2020, Andrei Martynov Blog (Si Vis Pacem, Para Vino)
(Dica de Pepe Escobar pelo Facebook. Tradução automática, revista)


Sergei Lavrov é homem que não se enrola em contorcionismos – se diz algo, diz o que quer dizer. Por definição, diz também o que o Kremlin quer dizer e diz. Isso posto, eis o que Lavrov disse porque quis dizer na Conferência Valdai:


“Те люди, которые отвечают за внешнюю политику на Западе и не понимают необходимости взаимоуважительного разговора, — наверное, мы должны просто на какое-то время перестать с ними общаться. Тем более что Урсула фон дер Ляйен заявляет, что с нынешней российской властью геополитического партнерства не получается. Так тому и быть, если они этого хотят”


Tradução (ru.-port., DeelL Translated, revista: “Quanto às pessoas responsáveis pela política exterior no Ocidente e que não compreendem a necessidade de conversa mutuamente respeitosa – talvez devamos deixar de nos comunicar com elas por algum tempo. Especialmente porque Ursula von der Leyen [atual presidenta da Comissão Europeia] diz que a parceria geopolítica com as atuais autoridades russas não estaria dando qualquer resultado. Que seja, se é o que querem.”


Já há muito tempo digo e insisto que qualquer conversa entre Lavrov e a ex-ginecologista von der Leyen ou com o advogado Maas, ministro de Relações Exteriores e verme rastejante na política alemã, é perda de tempo. Mas “elites” e “intelectuais” ocidentais são de nível diferente e muito inferior ao que Lavrov disse. Ninguém negocia com papagaios. Você os trata com bondade, cuida para que não sejam maltratados, mas você não senta com papagaios para negociar, como ninguém se senta para negociações complexas com bebês de fralda. Querem jogar com o Navalny deles, como peteca? Que joguem.

Conclamo a Rússia a começar a embrulhar e pôr na prateleira, por longo tempo, qualquer atividade econômica com a União Europeia. Compram petróleo e gás e high-tech da Rússia? OK. Isso continua. Mas toda e qualquer outra atividade deve ser dramaticamente reduzida e que ninguém mais insista em acalentar dúvidas sobre a necessidade da Cortina de Ferro.

Reitero que nada há de culturalmente comum entre a Rússia moderna e o ocidente, e a distância só faz aumentar. A Europa já alcançou o primeiro lugar em suicídio cultural e demográfico, para nem falar da degeneração institucionalizada na arte como na vida real, além do vício de que padecem os EUA, obrigados a devorar alguém para prolongar um pouco mais a própria agonia.

É totalmente lógico, e quando preciso ver arte do Renascimento, o Hermitage rende mais que o Louvre e é mais barato. A União Europeia é um cemitério e com cemitérios só se negociam funerais.

A fala de Lavrov hoje é importante, e mostra que o Kremlin já descartou a União Europeia – .Como digo há anos observando eventos na União Europeia quando tenho tempo, espero longo fluxo de refugiados da Europa para a Rússia, porque muitos ocidentais ainda lúcidos enfrentarão escolha aterradora: ou adaptam-se àquela realidade Orwelliana, que inclui transição muito rápida (em termos históricos) para economia e padrão de vida de Terceiro Mundo; ou tomam a decisão de voltar a viver em plena liberdade pessoal e senso comum, com estabilidade econômica e oportunidades, na Rússia e naquelas nações do Leste da Europa que manterão fortes laços econômicos com a Rússia.

Uaaau, pensando bem, agora, escrevendo… – Os tempos mudaram! E como mudaram! Quem imaginaria que para muitos até a Rússia de hoje torna-se brilhante cidade sobre a colina [ing. shining city on the hill, da Bíblia e expressão frequente no discurso político norte-americano. Quando não é “nação indispensável” é “shining city”, até na campanha dos Republicanos anti-Trump em 2020, saudosos de Reagan (NTs)].

Não acreditam? Procurem qualquer comentário a qualquer vídeo da Voice of Europe – há muitos, incontáveis, de alemães, belgas e até ingleses, todos escrevendo que consideram seriamente partir da Europa. Alguns lamentam não ter meios para partir imediatamente.

Não se conhece o número real de ocidentais que já vivem na Rússia com direito à permanência. Sei que há uma vibrante comunidade norte-americana na Rússia. Quantos? Não sei. Mas novos recursos orientados a expatriados dos EUA em mudança ou que já vivem na Rússia não param de surgir, atualizados regularmente.

Pessoalmente, adoraria ficar nos EUA, mas do jeito que vão as coisas por aqui, não apenas politicamente (diferentes da União Europeia, temos armas em casa, por aqui, e podemos bem começar a exigir de volta algumas de nossas liberdades) mas também economicamente – Plano 401K, Social Security? Não aposte nisso! –, tudo está indo pelo ralo, nesse momento em que escrevo. Mas… Ok, veremos. Depois de algum tempo na Rússia, sempre começo a sentir falta do mar e das montanhas Cascades de Washington, Idaho ou Montana, também tenho saudades do litoral do Oregon. E alemães? Muitos alemães já estão na Rússia, especialmente da Alemanha Oriental. Conheço muitos russos-alemães que estão de mudança, voltando à Rússia.

É o começo de um processo que pode levar décadas e, como já escrevi várias vezes, a fala de Putin no [Clube] Valdai em 2017 FOI sobre a Rússia preparar-se para se tornar a Arca que acolherá o que quer que reste da Cristandade Branca na Europa, e o resto pode ir prô inferno, que bem merecem. A União Europeia não tem vida interior nem subjetividade e, assim sendo, não é “capaz para acordos”. É exatamente o que Lavrov disse: “Temos de parar de nos orientar para os parceiros europeus e de dar qualquer atenção às avaliações que façam.”*******

Livre de vírus. www.avast.com.

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