12/3/2020, “OldMicrobiologist” “Comentário” de um leitor, à coluna do Saker, The Vineyard of the Saker
Discordo do Saker, e aposto nisso meus dois tostões: é arma biológica. Não tenho prova alguma, além do que me dizem minhas tripas. Mas tenho 40 anos de experiência em pesquisa de biodefesa e trabalhei no Fort Detrich sobre vacinas bacterianas, onde desenvolvi minhas próprias rotas de infecção por aerossol e modelos multiespécies de patogênese para estabelecer correlatos de imunidade. Porque eu trabalhava sozinho, fazendo de tudo, inclusive cuidando dos animais, com exposição a aerossol, análise de amostras, necropsias e histopatologia etc., além de ter programas de pesquisa e áreas endêmicas, estudando a resposta imunopatológica em populações humanas, para estabelecer correlatos imunes de proteção a candidatos a vacina, tudo para o Biological Defense Research Program (BDRP).
Lembro os primeiros tempos, quando o Departamento de Segurança Interna [ing. Department of Homeland Security] foi erguido e recebeu a fatia do leão dos piores funcionários civis que não podiam ser demitidos sob as políticas da Overseas Press Midia Association, OPMA então vigentes. Fui levado para lá como especialista técnico, porque o dinheiro era muito curto e eu (e outros) fomos emprestados às pesquisas como prostitutas. É problema de funcionários públicos do qual pouco se fala. É impossível demiti-los e muitas vezes ascendem a postos nos quais podem causar grave dano. Mas apareceu uma oportunidade, quando agências do governo federal tiveram de fornecer braços para o novo Departamento de Segurança Interna (dado que não se criaram novos cargos, quando a agência foi montada, todo mundo teve de sacrificar o próprio pessoal).
Assim aconteceu que muitos, se não todos os funcionários mandados para o Departamento de Segurança Interna, eram os piores dos piores.
Mas os laboratórios do Departamento de Segurança Nacional (especificamente o National Biodefense Analysis and Countermeasures Center, NBACC, Centro Nacional de Análise e Contramedidas de Biodefesa) também incorporavam alguns microbiologistas nefastos que trabalhavam para a CIA (parte ostensiva do Departamento de Segurança Nacional). Dizer que o que vi ali me horrorizou é dizer pouco.
Tenho certeza de que o trabalho foi feito no Battle Memorial Institute em West Jefferson, Ohio, sob contrato com o Departamento de Segurança Nacional a serviço da CIA sob os auspícios do NBACC. Dado que eu me opunha muito vocalmente a todo aquele negócio, perdi o acesso privilegiado no Departamento de Segurança Nacional, mas o Departamento de Defesa prosseguiu no serviço imundo que eu denunciara como não só ilegal, mas também não ético. Estou aposentado desde então, agora há mais de dez anos, e afastado disso tudo. Não direi mais, porque há risco de eles virem à minha procura para se vingar. Mas, quem procurar com atenção ainda encontrará algumas referências a tudo isso na internet. Há algumas figuras por aí ainda muito indignadas, que alguém deveria dar-se o trabalho de investigar, para desenredar esse assunto. Mas nossos jornais e jornalistas já não fazem esse serviço; assim sendo é mínima a possibilidade de que a verdade venha à tona.
Isso posto, devo dizer que há alguns detalhes no caso do COVID-19 que me chamaram a atenção. Sim, pode ser alguma espécie infecciosa natural que teria saltado dos morcegos aos humanos com algum provável hospedeiro intermediário, sob condições de superpopulação em áreas restritas de habitats humanos pelo mundo. Seria realmente muito provável que tivesse acontecido assim, não fossem as diferentes cepas observadas. Essas diferentes cepas fazem crer, e não tenho motivo para duvidar dos chineses nesse ponto, que o vírus originou-se fora da China e é provável que tenha surgido nos EUA.
Se, de fato, há cinco cepas atualmente nos EUA, e só uma na China, o vírus deve ter permanecido algum tempo nos EUA, antes de aparecer na China. Provavelmente as primeiras mortes nos EUA foram atribuídas a outras doenças, como influenza; só uma amostragem retrospectiva pode determinar o que realmente aconteceu. Muito me interessaria fazer um rastreamento biológico combinado GPS-Molecular das cepas ao longo do tempo e nos diferentes locais. Também muito ajudaria fazer uma análise genética das cepas ao longo do tempo, o que pode ser feito facilmente em todas as cepas isoladas. Seria útil para conhecer o curso da doença ao longo do tempo, como parte de um estudo da história natural do vírus. Seria preciso ter acesso a todas as amostras de pulmão doente relacionado a morte dos últimos 12 meses, para garantir que se rastreariam todas as mortes potenciais. A chave para descobrir que dinheiro pagou por todo esse negócio imundo é o NBACC, Centro Nacional de Análise e Contramedidas de Biodefesa.
É possível que esse vírus tenha passado por mutações ao longo do tempo, para tornar-se mais agressivo. Cepas artificiais, em especial, são de modo geral instáveis, conforme avançam por vários hospedeiros. Minha experiência, de quando testava cepas para aferir patogênese e letalidade, ensina que é útil fazer uma cepa congelada isolada passar várias vezes por animal hospedeiro suscetível, até que alcance sua força máxima. Se se testa uma cepa de laboratório isolada (em geral congelada ou liofilizada), ela de modo geral é fraca, até que passe pelo menos três vezes por um modelo animal. As piores cepas nunca são recolhidas de amostras de laboratório, mas recuperadas de pessoas que morreram da doença.
Se gente como os Boltons e Pompeos – seres humanos malévolos, terríveis – consideraram que uma dessas cepas seria útil, é perfeitamente possível que tenham decidido ensinar aos chineses uma ‘boa lição’ de economia. São suficientemente idiotas para disparar um vírus contra o qual não têm contramedidas efetivas, mas todo esse governo parece constituído exclusivamente de perfeitos idiotas. E é fútil esperar, dessa gente, comportamento de seres humanos normais.
O vírus pode ter sido disparado durante os 7ºs Jogos Militares do International Military Sports Council, CISM, realizados em Wuhan entre os dias 18-27 de outubro de 2019, data que corresponde perfeitamente à escala de tempo das infecções que se veem hoje.
Muito interessante, também, participei, eu mesmo, em várias competições do CISM na Europa, como atleta esquiador (permaneci no serviço militar ativo por 26 anos) e conheço bem quem são os atletas. De modo geral, os melhores são atletas olímpicos de alto desempenho, que participam ostensivamente da Guarda Nacional de seus países, os quais pagam os custos de treinamento desses atletas por longos períodos de serviço militar, durante os quais o único serviço militar exigido deles é que treinem nas respectivas modalidades esportivas. Habituei-me ano após ano e perder para alguns desses superatletas e, em geral, conseguia um distante segundo lugar em esqui cross country. Também participei em competições de biatlon, e nossos soldados eram atletas de alto nível, porque eram realmente atletas olímpicos. Correm boatos de que a equipe dos EUA que participou dos jogos CISM-2019 era horrível, o que é muito atípico. E, sim, há quem coce a cabeça tentando entender quem seriam aqueles “atletas”.
Lembro bem da missão militar dos EUA no Brasil, para ajudar vítimas de inundação, serviço que, coincidentemente aconteceu ao mesmo tempo em que foram destruídas torres de transmissão de energia na Venezuela. Claro que, outra vez, acordaram uma ou duas ideias cá na minha cabeça, quando ouvi falar do vírus. E claro que seria oportunidade perfeita para disparar um vírus contra alguma população-alvo.
Gostaria também de acrescentar que nem todos os agentes de guerra biológica são letais. De fato, os piores são não letais e consomem vastas quantidades de recursos para tratamento e na produtividade perdida. Mortes, na realidade, são mais baratas.
Assim sendo, doença de alta transmissibilidade e baixa letalidade é perfeita para arruinar qualquer economia. Como diz o governo Trump, os EUA estão em guerra contra inimigos econômicos [nessa “4ª guerra mundial já em curso” [NTs]) (atualmente, a China está no topo da lista), usando todas as armas possíveis. Combina perfeitamente no quadro geral. E o fato de que há risco de se destruir a economia norte-americana é irônico.
Entendo que a resposta chinesa foi exatamente o que qualquer país teria de fazer se fosse atacada por arma biológica, o que explica muitas de suas ações. Não acredito em liberação acidental dos laboratórios BSL-4 em Wuhan. De fato, pode ter sido oportunidade irresistível similar à liberação suposta do Novichuk, a apenas 8km de distância dos laboratórios Porton Down (PDL, o Fort Detrich do Reino Unido). Interessante, a liberação potencial de dentro do PDL jamais apareceu como explicação lógica.
Seja como for, chama-me a atenção que a CIA parece ter desenvolvido um padrão, ao longo do tempo. Dado que estou seguindo os meus instintos, lanço aqui a ideia de que é possível a bioengenharia para um adenovírus com expressão c-fos e c-jun que causaria sarcomas. O estudo foi publicado todo no National Cancer Institute, localizado onde? Ora… em Fort Detrich. Tenho certeza de que não passa de coincidência. Posso até ouvir as gargalhadas da CIA enquanto planejavam essa operação e novas operações de coronavírus.
Avalio que tenham havido pelo menos dois ataques, sendo o segundo contra o Irã e talvez também contra a Coreia do Norte. Porém, contra a hipótese de que se trate de arma biológica: Rússia, Venezuela e Cuba estão sendo minimamente afetadas. Pode ser sinal de que esses países impuseram contramedidas efetivas ou de que os ataques falharam. Mas é inconsistente com o modo como a CIA opera.
O adenovírus é outro vírus similar ao coronavírus quanto ao uso, e é facilmente aerossolizado. Produzi meu próprio adenovírus para super expressão de tratamentos médicos para feridas infeccionadas. Será que só eu observei que muitos inimigos dos EUA morreram com sarcomas, particularmente na América do Sul? Meu ponto é que talvez essa coisa já estivesse andando há algum tempo, e com resultados bastante bons. Quer dizer, familiaridade gera desinteresse, e, conforme tenham acumulado mais experiência e começaram a pensar que seria boa ideia, não é absurdo supor que, sim, se trata de arma biológica. A evidência de que o Irã foi tão duramente atingido é mais um fator indicativo na mesma direção. Simplesmente é bom demais (para os imbecis que governam os EUA), para ser coincidência.
Tudo isso posto, ficamos com alguns interessantes problemas sobre esse vírus. Onde surgiu o paciente-zero, na China? A que resultados se chegará, se se proceder a um estudo de história natural, que correlacione, ao longo do tempo geolocalização, identidade da cepa, severidade da doença? Esse estudo será autorizado? Será proibido? Se for proibido, aí estará mais um motivo para suspeitar. O vírus continuará a mutar, e em que darão as mutações? Muito boas questões a examinar, só até aí, e muita gente trabalhará nisso durante anos.*******
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