Ataques via cadeia de suprimentos: A Caixa de Pandora foi aberta por Israel, mas quem tem mais a perder?

Quantum Bird – 18 de setembro 2024

As cadeias de suprimento longas e distribuídas são a principal característica da globalização imposta pelo ocidente coletivo durante seu breve período de hegemonia unipolar. O principal beneficiário foram os EUA, que se desindustrializaram em níveis recordes enquanto conservando hegemonia financeira.

Ao infiltrar as cadeias de suprimentos internacionais para sabotar, e converter em bombas, os pagers e walk-talkies destinados ao mercado libanês, o regime sionista israelense abriu uma Caixa de Pandora de proporções continentais, com consequências difíceis de antecipar. Uma coisa é certa: o legado da era unipolar torna os EUA o país mais vulnerável do mundo a ataques de cadeia de suprimento.

O coice será inevitável. Este bumerangue vai voltar mais rápido, mais afiado e mais pesado na cabeça do Ocidente Coletivo.

2 Comments

  1. José Neto said:

    Dois podem jogar o mesmo jogo, é claro. A partir de agora ninguém sabe realmente que surpresas poderão estar guardadas dentro de um celular, num tablet ou em qualquer outro equipamento eletrónico acabado de comprar. E a maioria deles são total ou parcialmente fabricados no continente asiático, mesmo aqueles que ostentam marcas ocidentais.
    Tenha medo, tenha muito medo…

    22 September, 2024
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  2. Antônio da Algarve said:

    As vacinas são um caso de segurança nacional, ter qualquer insumo pertencendo a tais cadeias de suprimentos, nem que fossem da Rússia.

    O caso dos pagers bomba, são menores que a explosão de autismo. Curioso que nem a direita bolsonarista, nem lulistas, nem mesmos os caras mais radicais que vi, os do PCO, falam do documentário sobre as vacinas tríplice da MERCK que causam autismo.

    O software livre foi um divisor de horizontes para saber quem se interessava pelo conhecimento ou ainda, quem mais altivamente se preocupava com soberania e independência.

    Registre que, para nossa tristeza, no auge do software livre a burocracia da USP usava Windows. Em 2017 o Serpro usava uma distribuição Linux, para adolescentes, chamada Ubuntu. Será que haviam muitos backdoors nesses PCs de trabalho?

    O deboche foi tão grande que havia um processo (programa rodando na memória do PC) chamado zeitgeist, que nenhum administrador fez questão de remover.

    O banco de dados era Oracle. Mais uma vez, quantos backdoors existem operando hoje, no processamento do governo e até das forças armadas?

    Tudo que vem da aristocracia ocidental tem patógenos, explosivos, backdoors, efeitos colaterais intencionais etc. Os tupiniquins continuam nesta inércia ou por serem muito primitivos ou por serem muito covardes.

    Incoerência maior que os ‘pagers bomba’, foram os reatores nucleares do Irã que usavam componentes chaves fabricados na Alemanha. E… na hora certa… num incrível erro de engenharia dos iranianos (esqueceram os sensores, os fusíveis e os disjuntores), num ataque cibernético, conseguiram danificar parte do maquinário.

    Os ‘pagers bomba’ me fizeram lembrar o Beto Almeida e os vídeos com codecs da Sony em 2008, quando o alertei da incoerência. A resposta cínica dele foi: “precisamos usar todas as ferramentas disponíveis para fazer a revolução”. Em ato reflexo imaginei que a tal revolução dele era preguiçosa e vazia de brio.

    O Hezbollah pagou o preço por não ter feito um comunicador analógico… será que os pagers da ‘Motorola’ estavam servindo bem a revolução do eixo da resistência?

    Nota offtopic: a partir desta data (18set), o Telegram do Pepe Escobar foi bloqueado para browsers (Trueolen, Intel Slava, Frente Oriental, Resistence Trench e Yuliana Titaeva funcionando normalmente), forçando o usuário a instalar o Telegram: o falso oposto do Whats app. O SakerLA tambem não é aberto para browsers faz um bom tempo.

    19 September, 2024
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