Dmitry Orlov – 30 de Dezembro de 2022
Estamos, a maioria de nós involuntariamente, testemunhando um desenvolvimento importante: o fim do Drang nach Osten de mil anos – a implacável marcha para o leste do cadáver reanimado do Império Romano Ocidental, com o Papa como seu chefe simbólico e o Vaticano como sua capital simbólica – conhecida como as Cruzadas. Destas, as Cruzadas do Sul são muito mais conhecidas no Ocidente, enquanto as Cruzadas do Norte, lançadas em 1147, são muito menos conhecidas. Mas elas continuaram por mais tempo – até 22 de fevereiro de 2022 – porque, ao contrário da China, Índia e quase todos os outros países não ocidentais, a Rússia nunca se rendeu a ninguém.
O desafio foi lançado em 1252, quando Alexander Nevsky aceitou um documento oficial, chamado yarlyk, de Khan Batyj da Horda Dourada (parte do Império Mongol), permitindo-lhe reinar como o Grande Príncipe de Kiev (e, portanto, o governante de toda a Rússia), em vez de pedir uma bênção do Papa em Roma, como era exigido de todos os reis ocidentais. Para esses potentados ocidentais, sua reivindicação de serem ordenados por Deus baseava-se na aprovação de seu escritório central no Vaticano; para os russos, o Papa era apenas um usurpador herege. A distinção religiosa desenvolveu-se ao longo do tempo, mas a noção de que existe um clube exclusivo de nações ocidentais que merecem exercer autoridade sobre o resto do mundo permaneceu até hoje.
Seguiu-se uma série de ataques violentos à Rússia ao longo de muitos séculos, todos derivados do mesmo princípio simples: aquilo que o Ocidente não pode controlar deve ser destruído. Os alemães e os suecos continuaram atacando até 1709. Então os franceses atacaram novamente em 1812; e depois os alemães em 1941. Os americanos estavam preparados para atacar em março de 2022, por meio de seus representantes ucranianos/OTAN, mas foram impedidos pela Operação Militar Especial da Rússia. Assim, a última Cruzada foi abortada e novas tentativas parecem improváveis, pois, neste ponto, não se trata de destruir o que o Ocidente não pode controlar, e não apenas a Rússia, mas também grande parte do resto do mundo. Mesmo a minúscula Coreia do Norte pode enfrentar o Ocidente coletivo e apontar o dedo na cara dele. O show de mil anos está quase no fim.
Nos séculos anteriores, cada vez que a Rússia expulsava outro cruzado, algumas outras nações ocidentais assumiam a liderança e tentavam marchar sobre Moscou: eram os alemães (como os Cavaleiros Teutônicos), depois os suecos, os poloneses e depois alguns mais suecos, depois os franceses sob Napoleão, depois os alemães sob Hitler e agora os americanos (disfarçados de ucranianos infelizes e sem noção) sob Biden. (Sim, o último ato deste drama é definitivamente uma farsa.) Mas quem poderia se levantar como o próximo cruzado do dia? Ninguém! Não sobrou ninguém no Ocidente para continuar o projeto.
Existe uma curiosa correlação de 100% entre as línguas estrangeiras que os russos escolhem estudar e as capitais ocidentais que passam a ocupar. Os russos estudaram francês – e a cavalaria russa entrou em Paris; eles estudaram alemão – e tanques russos invadiram Berlim. E agora os russos estão todos estudando inglês, começando na segunda série. Portanto, devemos esperar alguns fogos de artifício russos sobre Washington (Londres só é capaz de alguns pequenos truques sujos até agora). Essa correlação é algo a ser observado – no futuro.
Mas já estamos em condições de rever a história desta última cruzada, que se aproxima do fim. Para fazer isso, precisamos voltar a 1998, 24 anos atrás. A economia russa estava em ruínas, a primeira Guerra da Chechênia foi essencialmente perdida e o Ocidente estava ocupado saqueando o que restava da economia soviética. Os sentimentos separatistas eram abundantes e o país poderia ter desmoronado a qualquer momento, realizando o antigo sonho ocidental de apagar a Rússia do mapa político. Mas o Ocidente não podia esperar e decidiu dar um golpe de misericórdia na Rússia, iniciando a Segunda Guerra da Chechênia.
E então algo deu terrivelmente errado: em vez do presidente bêbado Yeltsin, Putin chegou ao poder e realmente venceu a Segunda Guerra da Chechênia. A aparição de Putin no cenário mundial foi uma surpresa completa para o estado profundo ocidental, que então percebeu que precisava de um plano totalmente novo para destruir a Rússia com certeza desta vez: um novo Drang nach Osten globalista. O principal objetivo dessa nova investida era a continuação do domínio completo dos EUA sobre o mundo inteiro, assegurado pelo desmembramento, engolfamento e devoração de seu principal oponente geopolítico, a Rússia. A Rússia deveria ser atacada simultaneamente pelo oeste (via Ucrânia), sul (via Cáucaso) e leste (via Afeganistão e Ásia Central). O comércio de petróleo e gás natural da Rússia seria interrompido, suas conexões econômicas com a economia mundial cortadas, e sua política perturbada por protestos internos.
Em 11 de setembro de 2001, o novo plano estava pronto e foi lançado em grande estilo, derrubando três arranha-céus de Nova York usando dois jatos de passageiros da Boeing – uma espécie de milagre dos pães e peixes dos últimos dias que deixou aqueles prejudicados por saber um pouco demais de aritmética em nítida desvantagem. Isso deu aos EUA carta branca para suspender as liberdades civis em casa e para inserir suas forças em qualquer lugar no exterior como parte de sua Guerra Global do Terror, que foi, dada a natureza planejada do evento de 11 de setembro, uma farsa em cima de outra farsa.
O primeiro passo foi preparar uma incursão na Ásia Central, invadindo o Afeganistão em 2001. Esse esforço foi notoriamente ruim. Houve duas tentativas fracassadas de golpe – uma no Turquemenistão em 2002 e outra no Quirguistão em 2005 – ambas frustradas pelos serviços especiais da Rússia. Os americanos permaneceram no Afeganistão por 20 anos intermináveis, tendo sido desviados para lucrar muito com o comércio de heroína, mas uma vez que os viciados em drogas americanos começaram a mudar para o fentanil de fabricação chinesa, muito mais econômico, não havia razão para continuar o negócio de heroína afegã. O último presente de despedida foi a tentativa de golpe no Cazaquistão em janeiro de 2022, que foi reprimida pelas tropas russas convidadas pelo presidente do Cazaquistão. Assim terminou o esforço para destruir a Rússia via Ásia Central.
O segundo passo era preparar uma incursão terrorista pelo Cáucaso. O governo da Geórgia foi derrubado em 2003 e os EUA, com a ajuda de Israel, começaram a treinar os militares georgianos. Foi feito um esforço para organizar mais uma rodada da mania separatista chechena, com uma infusão de fundamentalistas islâmicos através do desfiladeiro de Pankisi, na Geórgia. Isso poderia ter sido um problema para a Rússia – ou não, nunca saberemos com certeza, porque em 08 de agosto de 2008 o presidente psicologicamente instável da Geórgia, Saakashvili, surtou e começou a bombardear as forças de paz russas na Ossétia do Sul. Essa região foi arbitrariamente agrupada na República Socialista Soviética da Geórgia pelos bolcheviques e depois ficou presa lá depois que a União Soviética se desintegrou, de maneira semelhante ao que aconteceu com o Donbass na Ucrânia. A Rússia respondeu expulsando os militares georgianos da área e desativando-os em geral. O que Saakashvili fez, em essência, foi trocar uma derrota tática georgiana por uma vitória estratégica russa. A Geórgia permanece desarmada desde então, colocando o plano de incursão ao sul no limbo.
A etapa três foi de longe a mais bem-sucedida. A Revolução Laranja em Kiev em 2004 foi seguida por várias outras revoluções e golpes, culminando com a violenta Revolução de Maidan na primavera de 2014. Inspirados pelos sonhos russófobos de Zbigniew Brzezinski, os EUA depositaram grandes esperanças na Ucrânia e não economizaram esforços e dinheiro para transformá-la em uma espécie de anti-Rússia. Até agora, esse esforço levou a Rússia a se expandir em cinco novas regiões (Crimeia, Donetsk, Lugansk, Zaporozhye e Kherson), enquanto transformava a Ucrânia em um parasita de classe mundial, inundando a Europa com oito milhões de migrantes e sugando cem bilhões de dólares em ajuda (usadas para cobrir muitos ninhos oligárquicos) e armas (que são destruídas na frente oriental ou usadas para inundar o mercado negro internacional). A Ucrânia é agora um Estado zumbi fracassado, sua economia caiu pela metade, sua infraestrutura foi destruída, sua sociedade devastada e seu governo é de longe o mais corrupto de todo o planeta. Embora esta parte do plano para destruir a Rússia tenha ganhado mais força, suas chances de permitir que os EUA desmembrem, engulam e devorem a Rússia ainda são nulas.
Enquanto isso, uma colheita ruim na Rússia em 2010 forneceu o que poderia ter sido um grande ganho estratégico no que ficou conhecido como a Primavera Árabe. Os aumentos dos preços dos grãos nos países africanos e do Oriente Médio, que subsistiam em grande parte com as importações de grãos da Rússia, causaram grande miséria por lá. Como resultado, a agitação social, às vezes culminando na derrubada do governo e na guerra civil, tomou conta da Tunísia, Egito, Iêmen, Líbia, Síria, Bahrein, Argel, Iraque, Jordânia, Marrocos, Omã, Kuwait, Líbia, Mauritânia, Arábia Saudita, Sudão, Djibuti e Saara Ocidental.
Esta situação permitiu que os EUA criassem um plano inteiramente novo para atacar a Rússia pelo sul, jogando a carta do radicalismo islâmico mais uma vez. Ele falhou notoriamente no Afeganistão e na Chechênia e, portanto, seguindo a lógica típica do governo dos Estados Unidos, por que não usá-lo novamente? Jovens islâmicos radicalizados desses vários países em dificuldades foram organizados no ISIS, também conhecido como Califado ou Estado Islâmico, que foi então infundido no Iraque, Síria e Líbia, providos de armas, treinamento e generoso apoio da mídia com vídeos de propaganda no estilo de Hollywood de decapitações de infiéis vestindo macacões laranja americanos tradicionais. A execução teve seus elementos cômicos: a certa altura, o ISIS do Pentágono e o ISIS do Departamento de Estado entraram em guerra um contra o outro, no que deve ter sido a primeira instância mundial de terrorismo interdepartamental.
A Síria tornou-se o principal ponto focal. O plano era estabelecer o Estado Islâmico na Síria, depois espalhá-lo para a Turquia, orquestrando a derrubada do governo lá, e então, em teoria, seria fácil espalhá-lo mais ao norte, nas regiões muçulmanas de língua turca da Rússia. A Rússia neutralizou esse plano em duas etapas. Primeiro, em 2015, introduziu suas forças na Síria e começou a bombardear o ISIS, permitindo que o governo sírio restabelecesse sua autoridade sobre grande parte do país. Em segundo lugar, em 2016, evitou uma derrubada do governo turco organizada pelos EUA e o assassinato do presidente turco Erdoǧan, alertando-o sobre a ação iminente.
Erdoǧan então aproveitou a oportunidade para limpar completamente a casa, expurgando o governo turco e a sociedade da influência dos EUA, ao mesmo tempo em que fortaleceu seus laços com Putin, a quem agora deve sua vida. Um gesto importante a esse respeito foi a compra pela Turquia do moderno sistema de defesa aérea S-400 da Rússia – apesar do fato de que isso fez com que os habitantes de Washington tossíssem sangue. Para punir a Turquia por tal desobediência (os membros da OTAN só devem comprar armas fabricadas nos EUA), os Washingtonianos removeram a Turquia de seu programa de caça F-35 cheio de bugs, superfaturado e estrategicamente inútil.
Esse abismo político foi recentemente aprofundado pelo esforço da OTAN para absorver a Suécia e a Finlândia, apenas para provar que a OTAN pode se expandir para onde bem quiser. Fazer isso violaria os termos do Tratado de Paris de 1947, pelo qual a Finlândia deve permanecer militarmente neutra, e automaticamente colocaria a Finlândia a um estado de guerra com a Rússia, dando-lhe não apenas uma razão para atacar a Finlândia à vontade, mas uma desculpa legal para fazê-lo, mas quem em Washington tem tempo para examinar esses detalhes? No entanto, esse plano encontrou um obstáculo quando a Turquia se recusou a ratificar essa expansão porque, veja bem, a Suécia dá asilo a terroristas curdos e a Finlândia não aderirá se a Suécia não puder. Como toque final, Erdoǧan (comandante do segundo maior exército da OTAN) e o presidente Assad da Síria (alvo de derrubada e morte violenta por todos os governos dos EUA desde Clinton) decidiram deixar de ser inimigos para cooperar. Seus respectivos ministros da Defesa acabaram de realizar uma reunião bem-sucedida – em Moscou, é claro.
Os outros esforços dos Estados Unidos para desestabilizar e enfraquecer a Rússia, criando problemas no Cáucaso, também falharam. Uma revolução colorida projetada pelos EUA na Armênia conseguiu instalar Nikol Pashinyan, treinado por Soros, como líder. Mas então algumas coisas aconteceram que negaram amplamente esse ganho político. Quem garante a soberania da Armênia é a Rússia; sem o seu apoio, o pequeno e fraco país sem litoral da Armênia seria engolido pela Turquia e pelo Azerbaijão, que então alegremente se fundiriam em um “Turkeybajan” de língua turca e talvez repetisse o genocídio armênio.
Para criar um momento de aprendizado para esse fato, em 2020 o Azerbaijão engoliu Nagorno-Karabakh, província disputada pela Armênia e Azerbaijão, mas ocupada pela Armênia desde logo após a dissolução da URSS. Para parar os combates e proteger a população armênia desta região, a Rússia teve que apresentar suas forças de paz. Um fato importante sobre Nagorno-Karabakh é que é território imperial russo: a Rússia o obteve da Pérsia por meio do Tratado de Gulistan em 1813 e foi povoado por armênios, azeris e russos desde então, com o russo como língua franca definitiva. Assim, a situação atual, com as tropas russas mantendo-a pacífica, pode ser vista como uma reversão parcial à norma.
Outro factoide importante sobre Nagorno-Karabakh é que ele fornece um corredor terrestre da Rússia, via Azerbaijão, ao Irã, acrescentando outra rota curta de Moscou ao Irã, e de lá o mar da Arábia e o Oceano Índico (além da rota mais longa através do Cazaquistão e do Turquemenistão). Este corredor norte-sul fornece à Rússia acesso ao comércio mundial que contorna perfeitamente todos os principais pontos de estrangulamento controlados pelo Ocidente – o Kattegat na foz do Mar Báltico, o Bósforo e os Dardanelos entre o Mar Negro e o Mediterrâneo, Estreito de Gibraltar na foz do Mediterrâneo e do Canal de Suez.
Mas Yerevan, a capital da Armênia, abriga a maior embaixada dos EUA em toda a região, e os americanos não desistiriam assim. E então eles enviaram Nancy Pelosy, a ex-presidente da Câmara dos Representantes, em uma rápida visita lá no final de suas várias outras viagens inúteis. Com certeza, alguns dias depois houve uma minimanifestação em Yerevan, com pessoas agitando bandeiras americanas e exigindo que a Armênia rompesse com a Rússia. Enfiar Nancy em uma arma e dispará-la na direção geral do Kremlin teria sido igualmente eficaz.
Falando em pontos de estrangulamento controlados pelo Ocidente, outro importante é o Estreito de Malaca, que liga o oceano Índico, através do mar de Andaman, ao mar da China, e por onde passa grande parte do comércio da China com o mundo e muito do petróleo que alimenta a economia chinesa. Não contentes em apenas se debater miseravelmente com a Rússia, os EUA também fizeram vários esforços para criar problemas para a China, criando tensões entre a China e seus vizinhos do sul. Para este fim, tem tentado pintar a China como uma ameaça para eles e realizar exercícios de “liberdade de navegação” perto das Ilhas Spratly, que a China reivindicou para si e transformou em fortalezas formidáveis. Todos esses esforços foram negados por uma vitória estratégica conjunta russo-chinesa em Mianmar em 2021.
A história de Mianmar é longa e distorcida, mas o resumo é que, com o apoio chinês e russo, Aung San Suu Kyi (porta-passaporte britânico, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, fábrica ocidental) foi expulsa do poder e substituída por Min Aung Hlaing, comandante das Forças Armadas, tudo feito no estrito cumprimento dos termos da Constituição de 2008, segundo a qual o Exército é o garantidor. Como resultado desta ação bastante limitada, outro corredor de transporte norte-sul foi desbloqueado. Este passará por Mianmar, ligando a China diretamente ao Oceano Índico, contornando o estrangulamento do Estreito de Malaca. Assim, os flagrantes fracassos da política externa dos Estados Unidos não se limitam de forma alguma aos seus esforços para conter e enfraquecer a Rússia; seus esforços para conter e enfraquecer a China não são menos espetaculares. Mas eu estou me desviando do ponto.
Voltando ao tópico da Cruzada final, com todos os outros locais para perturbar a Rússia impedidos, tudo o que resta é o tradicional para as Cruzadas: a frente ocidental da Rússia. Nesta frente, a Rússia está desmilitarizando com sucesso a OTAN (já tendo desmilitarizado amplamente a Ucrânia destruindo tanto seu exército quanto seus armamentos da era soviética) e também desnazificando com sucesso a Ucrânia matando legiões de nazistas ucranianos (e alguns mercenários estrangeiros). A proporção de mortes entre as forças russas e ucranianas está agora se aproximando de 1:30 a favor dos russos: um tiro ao peru.
Os russos descobriram recentemente como abater com segurança os foguetes fornecidos pela OTAN e como passar seus foguetes pelos sistemas de defesa aérea da OTAN. O mais interessante é que os russos agora também sabem como derrubar os sistemas de defesa aérea da OTAN, primeiro lançando uma isca de voo lento em sua vizinhança geral, identificando sua localização quando a derrubam e, finalmente, eliminando-os com um ataque de precisão usando algo que eles não pode interceptar – algo hipersônico, talvez. Uma vez que a Ucrânia esteja livre de todos os sistemas de defesa aérea, a Rússia finalmente terá carta branca para usar sua força aérea para bombardear com precisão os militares ucranianos completamente, como fez com o ISIS na Síria.
Ninguém sabe ao certo quanto tempo tudo isso vai levar; como descrevi no artigo anterior, os russos não têm muita pressa. Mas podemos ter certeza de que a política externa americana e os círculos de defesa estão trabalhando duro em mais um ou dois planos. O mais óbvio (e estúpido) é pressionar a Polônia a entrar em serviço assim que a Ucrânia terminar. Para esse fim, a Polônia acaba de anunciar que pretende dobrar o tamanho de suas forças armadas para um quarto de milhão de homens – porque o mestre disse a eles, seus líderes se recusam a acrescentar.
Há apenas três problemas com este plano. Primeiro, todos os poloneses têm passaportes da UE e têm a opção de concorrer à fronteira mais próxima para evitar serem convocados. Em segundo lugar, embora os poloneses possam ter sofrido quase tanta lavagem cerebral quanto os ucranianos a ponto de odiar a Rússia, a economia polonesa tem se saído muito bem, especialmente em comparação com o resto da Europa, e eles simplesmente não estão desesperados o suficiente para jogar todos os seus jovens homens contra o exército russo. Em terceiro lugar, é preciso energia para atacar algo tão grande quanto a Rússia, mas o Ocidente coletivo já está experimentando fome de energia, que só ficará mais extrema com o tempo. Vou escrever sobre a próxima fome de energia a seguir.
É difícil fazer previsões especialmente sobre o futuro, mas estou convencido de que não haverá mais Dränge nach Osten, ou Marches futiles sur Moscou, ou Cruzadas do Norte, ou outros esforços ocidentais para mexer seriamente com a Rússia. Afinal, quanto mais os ocidentais tentarem mexer com a Rússia, mais frio e famintos eles ficarão. Mas será que eles vão aprender?
Fonte: https://boosty.to/cluborlov/posts/c43462b6-39fe-4c67-952c-00bc15b6e152?from=email&from_type=new_post
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