Editorial Strategic Culture Fundation – 1º de setembro de 2023
Nota do Saker Latinoamérica. Quantum Bird falando. A analogia com sapos em uma panela de água fervente não poderia ser melhor. Apesar das boas notícias sobre o avanço dos BRICS (tem alguma outra que não fiquei sabendo?), não existe razão para otimismo. Estamos lenta, mas definitivamente, rumando para uma conflagração quente em larga escala, sob o desgoverno da geração de políticos mais incompetente, maniaca e estúpida que já floresceu no Ocidente Coletivo desde o fim da Segunda Guerra. Os governados -- alienados por décadas de liberalismo econômico (para os 1%) inconsequente, degradação educacional, consumismo (drogas incluídas) e consumo massivo de imbecilidade (Hollywood e associados/derivados) -- não estão em posição de sequer formular as perguntas certas, esqueçam sobre reagir. O declínio cognitivo entre os mais jovens ( < 30) -- tema sobre o qual venho alertando há anos -- é agora um fato consumado (duvida? leia aqui ). Ou seja, sim a situação vai piorar muito antes de começar a melhorar. Atacar território Russo com drones, ferindo e ameaçando a vida de civis, enviar armas para Taiwan, ignorando os protestos do governo chines, não pode, nem vai, terminar bem. Os chineses e os russos têm os meios, e cada vez mais motivos, para responder à altura. Lembrem-se que para Rússia e China estes são conflitos existenciais. Boa leitura.
A Rússia superou o ataque existencial da Alemanha nazista. Fará novamente contra o desprezível eixo da NATO.
Esta semana assistimos a ataques aéreos generalizados na Federação Russa, envolvendo ataques aéreos em massa de drones. Seis regiões foram atacadas, incluindo a capital, Moscou. Entre os alvos estava a região de Kursk, onde uma central nuclear está localizada. Vários aeroportos internacionais em toda a Rússia foram temporariamente fechados. É uma situação incrível na qual o território russo está sendo alvo de um ataque militar nunca visto desde a Grande Guerra Patriótica contra a Alemanha nazi.
A mídia dos EUA mal conseguiu conter a sua alegria com o aumento dos ataques aéreos contra a Rússia. O New York Times saudou-os como um “reforço do moral” para a Ucrânia, enquanto a CNN observou enigmaticamente que o regime de Kiev foi “encorajado” a atingir alvos estratégicos dentro da Rússia. A pergunta reveladora que obviamente não foi feita pela CNN é: encorajada por quem?
A maioria dos drones que chegaram foram abatidos ou desativados pelas defesas aéreas russas. Mas isso não vem ao caso: o território russo está agora a sendo alvo de ataques em massa. E não pode haver dúvida de que esta campanha militar “encorajada” está sendo possibilitada e dirigida pelos Estados Unidos e pelos seus aliados da OTAN, que estão armando até aos dentes o regime nazista em Kiev.
O ataque aéreo desta semana no aeroporto de Pskov é particularmente revelador. Vários aviões militares de carga russos teriam sido destruídos. A localização fica a apenas 30 quilómetros da fronteira noroeste da Rússia com a Estónia e a mais de 600 quilómetros da Ucrânia. É quase certo que a Estónia, membro da NATO, e possivelmente a Letónia, permitiram esse ataque a Pskov. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, abertamente acusou a OTAN de participar nos ataques aéreos em território russo. A publicação britânica The Economist também relatou que o hardware, os satélites e a logística de navegação da OTAN eram vitais para a campanha dos drones.
Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança Nacional da Rússia, esta semana afirmou que a Rússia tem agora uma justificativa legal para entrar em guerra diretamente com os membros da OTAN. Ele alertou que o mundo está à beira de uma conflagração nuclear.
Precisamos voltar aqui e ver o processo do proverbial cenário do sapo fervendo. Isto descreve uma situação insidiosa e rastejante que de outra forma não seria tolerada. Aparentemente, um sapo pulará para fora de uma panela com água fervente, mas se o sapo for colocado na panela com água fria, que é lentamente levada à fervura, ele sucumbirá passivamente ao seu mau destino.
O processo parece adequado como metáfora para o conflito na Ucrânia entre o bloco da OTAN liderado pelos EUA e a Rússia. O regime de Kiev foi instalado em 2014 através de um golpe apoiado pela CIA contra um presidente democraticamente eleito; foi armado e treinado pela OTAN, apesar dos seus vis batalhões nazistas, para atacar os russos étnicos na Ucrânia; Quando a Rússia interveio militarmente em Fevereiro de 2022, depois das ofertas diplomáticas terem sido rejeitadas pelos EUA e pela OTAN, o conflito agravou-se continuamente ao longo dos últimos 18 meses, ao ponto de o território russo pré-guerra estar agora sob ataques aéreos em massa.
Este ataque em massa ao território russo pelas forças da OTAN teria sido impensável há apenas alguns meses. E, no entanto, aqui estamos nesse ponto surpreendente.
Parece haver poucas dúvidas de que os ataques aéreos contra a Rússia são uma espécie de Plano B para compensar o fracasso do abjecto regime apoiado pela OTAN nos campos de batalha na Ucrânia. A tão alardeada “contraofensiva” que começou em Junho tornou-se um desastre para os patrocinadores da OTAN. A viragem para ataques de drones contra a Rússia parece ser uma mudança de táctica como forma de aterrorizar a população russa e desestabilizar a autoridade do Presidente russo, Vladimir Putin, bem como de desviar a atenção da incompetência militar da OTAN.
A doutrina de defesa da Rússia exige o uso de armas nucleares se a segurança existencial do Estado estiver ameaçada. Até agora, os ataques de drones apoiados pela OTAN contra a Rússia não atingiram esse limiar. Mas o processo incremental caminha perigosamente nessa direção terrível.
Se invertêssemos a situação, a audácia tornar-se-ia ainda mais evidente. Alguém pode imaginar, por um segundo, como reagiriam os Estados Unidos se um adversário estrangeiro permitisse o lançamento de ataques aéreos sobre Washington DC e outros centros estratégicos, através dos quais aeroportos fossem encerrados e infraestruturas militares fossem destruídas?
Tucker Carlson, ex-apresentador da Fox News, disse esta semana que ele acredita que os Estados Unidos estam caminhando para uma guerra quente catastrófica com a Rússia no próximo ano. Ele ressaltou que a administração Biden e a maioria dos políticos em Washington são incapazes de evitar tal resultado devido à sua arrogância, ignorância e russofobia irracional. Os lacaios dos EUA na União Europeia são também igualmente patéticos na sua aquiescência a tal cenário apocalíptico.
A tolerância da Rússia tem sido notável dadas as provocações implacáveis e escandalosas dos EUA e da OTAN. Atingiu a fase em que a Rússia tem o direito legal de se defender atacando diretamente os membros da OTAN. A Terceira Guerra Mundial e o fim do planeta são praticamente iminentes e apenas controlados por causa da imensa fortaleza moral e militar da Rússia.
Os líderes em exercício dos Estados Unidos e os da União Europeia (com algumas honrosas excepções como Viktor Orbán da Hungria) estão se mostrando ao mundo como os criminosos imprudentes que são. Eles estão dispostos a arriscar a morte de milhões de pessoas e, muito possivelmente, a extinção planetária.
A Rússia superou o ataque existencial da Alemanha nazista. Fá-lo-á novamente contra o desprezível eixo da OTAN. A força formidável do povo russo e as suas defesas militares garantirão isso.
Contudo, o destino final dos estados ocidentais corruptos é um fracasso histórico e definitivo. Quanto mais tempo este conflito geopolítico na Ucrânia persistir, mais profundos serão os danos fatais às presunções ocidentais de autoridade moral, governança e às suas economias capitalistas impulsionadas pela guerra. As rãs ferventes não estão na Rússia. Eles estão nos regimes ocidentais endemicamente corruptos.
Fonte: https://strategic-culture.su/news/2023/09/01/boiling-frogs-towards-nuclear-armageddon/
Yazar Haber – Haberler, Son Dakika, Gündem, Güncel Haberler
Em parte, eu parei de me preocupar com a SMO pelo fato do Putin estar vivo. Já era pra ter dado merda há muito tempo. Mas, paciência têm limites.
Muito boa a recomendação de leitura, o livro parece ir no ponto da questão.
E como se já não fosse loucura de napoleões de hospício atacar a Rússia, ontem, 02.09, Zelensky mandou Putin desocupar a Criméia, as repúblicas do Dombass, Kherson, Zaporozieh, como medida sine qua non pra resolverem diplomaticamente, senão vai ser pra ele, Putin e pra Rússia.
Completaram a provocação com a remessa de mísseis rápidos de alcance de mais de 180 km que podem ser lançados de jatos, encomendados pelos EUA e que deverão chegar à Ucrânia daqui há 1 ano. Lembremos que a desmilitarização da Ucrânia é uma exigência justa da Rússia, que pode tramquilamente fazer a defesa de uma Ucrânia neutra.