Anglo-Sionismo e a Confederação da Europa

Batiushka – 07 de fevereiro de 2023 – [Gentilmente traduzido e enviado por ZT]

Introdução: As Origens do Anglo-Sionismo

Quando descobri o Saker em 2014, descobri imediatamente seu genial termo “Anglo-Sionismo”. Afinal, é exatamente isso. É o Anglo-Sionismo que tem envenenado o poço europeu por mais de 300 anos. Os banqueiros que trocaram Veneza por Amsterdã e depois se mudaram para Londres, tendo financiado seu agente, o sanguinário Anglo Cromwell e, assim, colocado a monarquia na Inglaterra sob o controle dos banqueiros (“parlamentares”), fundando o Banco da Inglaterra em 1694 e subornando o Escoceses à união em 1707, eram Sionistas.

Assim começou o Anglo-Sionismo. Os Anglos eram os comerciantes do imperialismo britânico e os Sionistas eram os banqueiros do imperialismo britânico, qualquer que fosse sua nacionalidade. Claro, houve mistura, já que alguns Anglos se tornaram banqueiros e alguns Sionistas se tornaram comerciantes, por exemplo, até mesmo se mudando para o Caribe para o comércio de escravos, do qual a família do ex-primeiro-ministro do Reino Unido Cameron ganhou seus milhões. E o tataravô de Cameron era um banqueiro judeu alemão que se tornou cidadão britânico em 1871. É um mundo pequeno.

Anglo-Sionismo na Europa

De tudo isso nasceu o sistema político Anglo. De um modo geral, o partido de direita (os Conservadores) eram os Anglos, o partido de esquerda (hoje chamado Trabalhista) eram os Sionistas, embora novamente houvesse exceções, por exemplo, o primeiro-ministro judeu Disraeli, estava na ala direita do partido. Este sistema continuou no Reino Unido até hoje, onde, sem surpresa, eles falam sobre sua civilização “judaico-cristã”. Assim, os supostos ministros do regime trabalhista de Blair eram quase todos escoceses, homossexuais e judeus.

Quando o ultraconservador Blair, “filho de Thatcher”, foi despachado depois de cumprir com seu dever determinado, um homem chamado Jeremy Corbyn acabou se tornando o líder do Partido Trabalhista. Ao contrário de Blair, ele na verdade era de esquerda, um socialista convicto. Como resultado, ele era naturalmente pró-palestino e foi imediatamente rotulado pela imprensa britânica Anglo-Sionista como um “Anti-Semita”. Eles se livraram dele por meio de intrigas, inclusive induzindo-o a ser anti-Brexit (dois terços de seus apoiadores, sua espinha dorsal da classe trabalhadora, eram pró-Brexit e, portanto, anormalmente, mas sem outra escolha, votaram a favor do Brexit-Conservador). Corbyn foi substituído por um milionário do Establishment chamado Starmer, que parece um recorte de papelão de um Conservador. Como ele conseguiu o emprego? Simplesmente porque ele é casado com uma judia e seus filhos são, portanto, judeus.

No entanto, o mesmo sistema foi exportado para toda a Europa. Na União Soviética o ideólogo da Terceira Internacional era Bronstein (Trotsky) que queria a Revolução Mundial. Na Romênia, o homem que substituiu Ceausescu em 1989 era judeu. O atual líder romeno é alemão. A situação na Ucrânia é bem conhecida, desde o bilionário traficante de armas Poroshenko (nome verdadeiro Walzman) até o milionário ator Zelensky (seu nome provavelmente é uma tradução de Gruen). Na França, o lobby Sionista tem sido forte desde o século 19. Embora o atual presidente francês Macron seja francês, ele é um banqueiro Rothschild. Franco-Sionismo. Existem dezenas de outros exemplos em toda a Europa nos últimos 300 anos, especialmente desde Napoleão.

Anglo-Sionismo nos Estados Unidos

No entanto, o principal bastião do Anglo-Sionismo é, sem dúvida, os EUA, que os banqueiros de Londres colonizaram seriamente durante a Primeira Guerra Mundial, especificamente durante a virada de 1916, quando ficou claro para a organização da Mesa Redonda que haveria apenas um vencedor, nem a Alemanha, nem a Grã-Bretanha, mas os EUA. Assim que a Rússia foi retirada da equação pelos banqueiros estadunidenses por meio de seus agentes britânicos e traidores russos em Petrogrado (atual São Petersburgo – NT) no início de 1917, as primeiras tropas estadunidenses apareceram na França menos de um mês depois. Tudo tinha sido pré-planejado.

Hoje nos Estados Unidos, o Partido Republicano representa os Anglos e o Partido Democrata os Sionistas. O bilionário Trump, como Bush, é um típico branco Anglo nacionalista WASP (White Anglo-Saxon Protestant / Protestante Anglo Saxão Branco – NT): América em primeiro lugar. Por outro lado, Biden é um típico Sionista, assim como Obama e Clinton antes dele, embora bem diferente de Kennedy. Um acidente eleitoral, ele obviamente tinha que ser eliminado. E ele foi.

Durante 250 anos, os Anglos e os Sionistas trabalharam juntos nos Estados Unidos, tendo eles os mesmos interesses egoístas – dinheiro e poder. No entanto, agora há discussões entre eles sobre a Ucrânia. Já a metade dos Republicanos Anglo quer sair da Ucrânia. É muito caro e eles querem salvar os EUA (e suas próprias fortunas) de suas múltiplas feridas autoinfligidas, no caso a Ucrânia afundar. Mas os Sionistas estão pensando na mesma linha. Existe apenas uma solução.

A Ucrânia

Os Anglos queriam a Ucrânia para derrotar sua rival tradicional, a Rússia. No entanto, para os Sionistas a Ucrânia tinha outro propósito, que era destruir a Europa Branca, o mesmo propósito que eles tiveram ao fomentar a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, garantindo assim o domínio Sionista do mundo – “Globalização”. Nem todos os neocons são Wolfowitzes, Kagans e Nulands. Muitos são Anglos. Hoje, já estamos vendo que os Republicanos estão começando a apoiar cada vez mais Zaluzhny, o comandante militar de Kiev, enquanto os Democratas ainda apoiam o judeu Zelensky, mas agora estão vacilantes.

Os Republicanos originalmente queriam enfraquecer a Rússia. Os Republicanos são nacionalistas, assim como os russos. Agora está começando a perceber que a Rússia não quer recriar o Império Soviético nem qualquer outro tipo de império, tudo o que eles querem é proteger os russos, não invadir outros países. Em todo caso, eles não vão mais enfraquecer a Rússia através da Ucrânia. Tudo o que eles fizeram até agora foi fortalecer a Rússia. A Ucrânia não tem servido a esse propósito. Quanto aos Sionistas, eles estão felizes em matar o maior número possível de europeus brancos, especialmente russos e ucranianos, mas acima de tudo eles querem o poder mundial.

Os interesses de Anglos e Sionistas coincidem. Pois se os russos não querem o poder mundial afinal, então o verdadeiro rival é a China, que tem o poder mercantil real. Portanto, o giro para a China, onde há dinheiro real. Assim que os EUA perderem na Ucrânia e Kadyrov prevê com confiança que isso terminará no final de 2023, os EUA voltarão sua atenção para a China. Mas isso já está acontecendo. É disso que se trata o show de balões. A China é uma opção muito mais interessante para os gananciosos, sejam Anglos ou Sionistas. Mas como isso pode levar a Europa às trevas?

Demônios da Europa

Há muito um fantasma assombra a Europa, ou melhor, dois fantasmas, ou melhor, duas Legiões de Demônios: os Demônios Sindicalistas e os Demônios Nacionalistas, forças Centrípetas e Centrífugas, ambas com instruções estritas para nunca permitir a Unidade na Diversidade.

Os Sindicalistas são representados por todas as grandes instituições supranacionais, inimputáveis e tão violentas, corruptas e intimidadoras, cujas mãos encharcadas de sangue atormentam a Europa há mais de 2.000 anos: o Império Romano pagão, o “Sacro Império Romano” franco bárbaro, o Papado centralista reformado com suas “Cruzadas” e a “unidade” medieval tirânica, Napoleão, Hitler e a UE. Todos esses tormentos saem exatamente do mesmo caldeirão Sindicalista, fervendo de amor ao poder, ganância e ódio pelo Estado-Nação e pelo povo humilde. Os demônios dançam ao redor do caldeirão, gozando infernalmente com o imenso sofrimento e derramamento de sangue que causaram aos inocentes por dois milênios.

Sempre as mesmas vítimas.

Os Nacionalistas são representados pelas guerras e massacres entre os alemães e os Wends, os ingleses e os galeses e os escoceses, as cidades-estado medievais italianas, os principados da Rússia medieval, pela Guerra dos Cem Anos Anglo-Francesa, as Guerras da “Religião” da Europa Central, os normandos e os ingleses, os turcos e os gregos, os ingleses e os irlandeses, os russos, antes e depois de 1917, e os poloneses, os finlandeses, os letões, os georgianos e os ucranianos, os suecos e os finlandeses, os alemães e os franceses, os franceses e os bretões e corsos, os dinamarqueses e os noruegueses, os gregos e os búlgaros e macedônios, os austríacos e os sérvios, os sérvios e os búlgaros e croatas, os espanhóis e os bascos e os catalães, os tchecos e os eslovacos, os húngaros e os romenos, os ucranianos e os Cárpatos-Russos, a UE e Brexit, Grexit, Nexit, Frexit etc., e por todos aqueles muitos outros conflitos intermináveis de intimidação entre grandes vizinhos e pequenos vizinhos, entre capitais e províncias. Um desses conflitos está acontecendo neste exato momento na Ucrânia, já com centenas de milhares de mortos. Todos esses tormentos também saem exatamente do mesmo caldeirão Nacionalista, fervendo com amor ao sangue e o ódio à Unidade. Os demônios dançam ao redor do caldeirão, gabando-se infernalmente do imenso sofrimento e derramamento de sangue que causaram aos inocentes durante dois milênios.

Sempre as mesmas vítimas.

Vencendo os Demônios

A coisa mais perigosa na história da Europa não é a estupidez suicida dos europeus, mas quando estrangeiros pioram ainda mais ao interferir.

Por exemplo, em alguma medida, até que ponto exatamente ainda está sendo debatido, a elite britânica em sua ilha foi responsável pela intromissão na Europa Continental, criando assim tanto a Primeira como a Segunda Guerras Mundiais. No entanto, a Europa moderna é a invenção dos EUA. Eles próprios uma União, construída sobre o sangue de mais de 600.000 pessoas, quis construir uma União similar na Europa. No entanto, a Europa moderna é a invenção dos EUA. Ela própria uma União, construída sobre o sangue de mais de 600.000 pessoas, quis construir uma União semelhante na Europa. O resultado é a UE com seu anel de estrelas prisioneiras: “Um anel para governá-los todos, um anel para localizá-los. Um anel para conduzir a todos, e na escuridão os prender; na Terra de Mordor onde jazem as sombras”.

Mais claramente, o último conflito na Ucrânia surgiu completamente por meio da intromissão do valentão mundial, que se autodenomina “o policial do mundo”, os EUA. Como os EUA estão perdendo neste conflito, e perdendo muito, o que acontecerá quando o valentão mundial EUA sair de cena, não apenas da Ucrânia, mas da Europa em geral? Afinal, a saída dos EUA da Europa parece ser inevitável na próxima geração, talvez no centenário da ocupação estadunidense da Europa em 2045, se não bem antes disso.

Será que os atuais Estados Unidos da Europa Unionista, idealizados pelos EUA, a UE, que está prestes a entrar em colapso com seus Demônios do Sindicalismo, cairá novamente em nacionalismos mesquinhos e massacres intertribais como antes? Os europeus mais uma vez terão que obedecer aos Demônios do Nacionalismo? Os europeus não poderiam finalmente aprender a viver em paz depois de dois mil anos interferindo na vida de outros europeus e, pior ainda, após mil anos interferindo na vida de não-europeus? O que poderia substituir o Sindicalismo e o Nacionalismo?

Conclusão

Não pode haver paz na Europa até que o Leste e o Oeste da Europa se aceitem em pé de igualdade. E o único eixo que pode unir a Europa é o eixo Moscou-Berlim-Paris, aquele que foi interrompido antes de 1914. Este eixo é o único que também poderia incluir Budapeste, Bucareste, Belgrado, Atenas, Varsóvia, Estocolmo, Roma, Madri e até Londres, mesmo que esta última tenha primeiro que derrubar seu brutal Establishment pela violência, mesmo que os EUA o tenham abandonado. E incluímos Vilnius, Riga e Talin nisso. Os bálticos podem não gostar dos russos por causa da ocupação soviética, mas isso foi há muito tempo e os bálticos, ao contrário de suas elites fantoches, não gostam da ocupação estadunidense que a substituiu e que foram forçados a se exilar no exterior apenas para viver.

Para garantir a paz na Europa e evitar tanto o Sindicalismo quanto o Nacionalismo, é preciso haver uma Confederação da Europa de Moscou a Berlim a Paris a Londres. O resto se reunirá em volta deles. Se tal Confederação puder ser concebida com cuidado, ela poderá alcançar aquele difícil equilíbrio de Unidade na Diversidade que a Europa precisa há muito tempo. Por muito tempo, a Europa esteve do lado errado da história, através de seus impulsos suicidas de convidar seus inimigos a entrar. É hora de parar de sentar-se na cerca dos EUA e subir nela. A cooperação com Moscou, em vez de conflito, é abrir a porta de entrada para os recursos e toda a Eurásia e acabar com esse isolamento tolo, que por mil anos transformou a Europa em uma sede de orgulho etnocêntrico e violência agressiva.


Texto original em: http://thesaker.is/anglo-zionism-and-the-confederation-of-europe/

One Comment

  1. Cel. Horácio da Silveira said:

    Serei o primeiro novamente!?

    Na disputa entre banqueiros e a Americanas quem ganha? Quem vocês esperam ver triunfante nesta questão?

    17 February, 2023
    Reply

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